IRMÃOS CRAVING- POR JAQUELINE FREITAS

CAPITULO 4

Elizabeth

O taxi parou em frente ao Over e estava lotado, seria uma noite maravilhosa, até o clima estava bom.

Mercy desceu primeiro e eu logo atrás, ela usava um vestido verde florescente e salto agulha que me fazia pensar em como conseguia andar naquilo, Mercy era bonita, mas nunca parava com ninguém, dizia que queria expandir os horizontes. Era magra, não tinha muitas curvas, mas toda vez que chegava na sala, todos olhavam para ela, seus cabelos cacheados e volumosos eram longos e quando andava eles dançavam em volta dela, era baixinha, então parecia uma fada em um vestido de menina rebelde.

Eu, por outro lado era comum demais, nunca percebi ninguém me olhando, e hoje seria o mesmo, eu dançava e bebia, depois ia para casa sozinha e acordava de porre no outro dia.

Hoje usei meu vestido marfim, ele era mais longo que o da Mercy, mas tinha uns babadinhos que voavam e o corpete dele era lindo, quando o vi na loja simplesmente me apaixonei, como se ele tivesse sido criado só para mim. Então comprei. Mas nunca havia usado, até hoje.

Depois de despejar sobre o ocorrido bizarro de manhã na mansão Craving, Mercy quase me bateu, disse que deveria ter pegado os dois loucos e os feito eles esquecerem por quem brigavam, eu ri, Mercy via sexo em tudo e todos.

Entramos juntas e logo a musica nos engoliu. Uma batida alta de Titanium de Sia remixada, eu adorava essa musica, então fiz sinal para Mercy, que já tinha uma presa a vista e fui para a pista, dançava entre os corpos já loucos de bebida como se hoje fosse meu ultimo dia, e rodopiava tanto, que fiquei tonta sem ao menos beber.

No meio da musica e corpos eu o vi, mas não era possível, o recluso era totalmente diferente, o pirata gay, conversava com uma punk de cabelo rosa, e não sei por que, mas uma raiva repentina me possuiu. Ela não era boa suficiente para ele, então ele atende um telefone, tão desajeitado como se fosse a primeira vez, fala algo e procura em volta. Seus olhos passam a multidão e minha fúria aumenta. Será que tem outra aqui? Então ele me vê.

Para de falar, desliga o aparelho e vem em minha direção, a garota punk segura seu braço, e ele da um olhar mortal nela. Fiquei ate com pena.

Não sai do lugar, ele chega e fica na minha frente sem falar nada, momento estranho de novo, então toma coragem, eu ouço seu suspiro. – oi Liza, como vai?

- Bem, é Don não é? Donatello, que surpresa ver você por aqui. - mais surpresa é ver ele mais bonito ainda, como era possível?

- Dymi me convenceu, disse que deveria sair mais, e foi bom, olha, encontrei você. -

- Por quê? Estava me procurando?- Se disser que sim te levo pra cama, diga sim, por favor.

Mas fomos interrompidos, quase fiquei brava, mas quando olhei para traz mudei de idéia, Dymi, usava uma calça mais colada ao corpo impossível, tinha um sorriso enorme e me encarava como se tivesse encontrado a Megan Fox, loucura, como essa família tinha homens belos. Que genética.

A  musica trocou, e agora tocava uma musica de Selena Gomes , Come & get it, uma batida sensual, e todos começaram a dança como uma orgia musical.

-Oi morena rebelde? Dymi cumprimentou e pegou minha mão, dando um beijo, já me puxando para a pista de dança, fez sinal para Don e ele seguiu, foi tudo muito rapido e de repente estávamos dançando juntos os três na pista que nem percebi que algumas pessoas pararam para ver a cena.

Mas também não me importava, nem conhecia estes caras, mas uma coisa me ligava a eles. A musica aumentava e eles chegavam mais perto. Eu sentia seus cheiros e eles me rodavam de um para o outro. Don, o mais tímido, de repente parecia muito à vontade e me girava rebolando ao compasso da musica.