CAPITULO 6

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Acordei bem, milagrosamente, sem sede, sem dor . era tão bom que não queria nem abrir os olhos com medo de ser um sonho, o despertador não tinha apitado , então devia ser bem cedo, mas quando abri os olhos não era a visão do meu quarto, nem de longe.

Uma cama enorme com lençois de seda azul claro e muitos travesseiros de frente a um jardim lindo com flores do campo de tantas cores diferentes que parecia um arco iris no chão.

- Onde eu estou?- resmumguei , para ninguem.

Me levantei depressa e senti tonturas, na cabeçeira havia um relogia que marcava 13:45 pm

- Mas que droga, eu perdi quase o dia todo dormindo?

Continuei meu tour no quarto e vi uma porta aberta, era um banheiro grande com tudo em louça marfim, marfim claro, eu estava na casa dos Craving. Então uma enchorrada de lembranças veio, o sangue, Dymi doente, o toque dos dois combinados e a mordida, nossa foi maravilhoso, eu nunca imaginaria que morder fosse tão sensual, orgasmico.

Mas depois da mordida não lembrava de nada. Sera que transamos? Eu desmaiei?

Eu precisava de um banho e depois de respostas, a noite passada algo aconteceu , e parecia grande . Isso estava me preocupando, eu sabia como minha sede pararia e me senti enojada com isso, mas Dymitre tambem precisava de sangue e , por mais estranho que fosse, para mim não parecia nojento nem mesmo amaldiçoado ele ter tomado direto do meu pescoço.

O banho foi rapido e como não havia roupas para mim ali, me vesti com as mesmas do dia anterior. Corri para fora do quarto , era o mesmo quarto que entrei pouco antes de encontrar com Dymitre ontem , elegante e muito feminino, mais uma curiosidade sobre esses dois, porque eles tinham um quarto particularmente feminino entre os dois deles?

Desci as escadas e procurei em toda a casa por Donatello ou Dymitre, mas não havia sinal deles em lugar algum.

- Devem ter saido ,- resmunguei rabujenta por terem me deixado la sozinha

Não havia mais motivos para ficar se não obteria respostas, então parti.

*****

Passei o resto da tarde e a noite na cama, mas desta vez não me sentia mal, pelo menos não fisicamente, mas minha cabeça estava a mil, eram muitas informaçoes e nenhuma ao mesmo tempo, eu queria toda a verdade mas sai do Vale sem nada absolutamente.

Mercy chegou as oito da noite com comida chinesa e conversamos ate as onze, eu sabia que não dormiria , nem que tomasse um caminhão de calmantes mas queria ficar sozinha, por sorte o carinha da vez de Mercy ligou e sua atenção foi voltada para ele , pelo jeito o resto da noite.

Liguei a TV , um enorme caixote antigo que eu comprei no bazar da rua no inverno e comecei assistir aos clipes então meu celular tocou. Olhei no visor e era Tom, eu sentia falta dele e era hora de fazer as pazes.

- Alo!- disse sem muito animo.

- Oi gatucha, como esta? Mercy me disse que esta doente de novo.- Tom falou no seu velho sotaque sulista e alegre.

- Estou melhor gatucho, onde esta agora?

- No “Limite” bebendo com uns amigos, quer vir também?

- Não sou boa compania hoje Tom, mas estou feliz que ligou, senti sua falta.

- Eu tambem Liza, vamos fazer um pacto, nada de bringas pra gente, nunca mais.

-Ok , eu concordo.Hei , quer pegar um cineminha amanhã? Vai passar Massacre sangrento.

- Otimo, quero sim, a que horas te pego?

IRMÃOS CRAVING-  POR JAQUELINE FREITASOnde histórias criam vida. Descubra agora