Capítulo 21

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Notas Iniciais:

Oi gente
Desculpa a demora pra atualizar
Eu estou atolada com tantas provas
Mas prometo que vou tentar atualizar com mais frequência <3

POV Normani

Sabe quando você fica totalmente paralisada diante de uma situação ruim?

Foi assim que eu me senti no minuto em que a voz de dona Milika ecoou por todo o local interrompendo meu beijo com Dinah.

Os minutos seguintes foram os piores da minha vida.

Era como se todo um mundo perfeito no qual eu me encontrava, fosse brutalmente destruído na minha frente, sem que eu pudesse fazer nada.

Naquele momento, a mãe de Dinah não se parecia nem um pouco á mulher gentil com a qual eu me encontrei diversas vezes nos corredores do colégio.

Ela estava transtornada.

Eu não tirava sua razão. Afinal, aonde eu estava com a cabeça quando me envolvi com uma aluna?

Esse é o problema.

Dinah não era só uma aluna.

Eu estava completamente apaixonada por ela.

Aquele sorriso perfeito, os olhos castanhos que me hipnotizavam, as piadas não tão engraçadas, mas que mesmo assim, me faziam rir. Tudo nela era totalmente apaixonante.

Eu sentia como se a maior preciosidade da minha vida, estivesse prestes a ser arrancada de mim.

Dona Milika repetia a mesma pergunta diversas vezes, mas eu não acho que ela realmente estivesse a procura de uma resposta.

Ela praticamente empurrou Dinah porta a dentro, mas antes de adentrar virou-se em minha direção e disse "Não se aproxime da minha filha ou eu vou chamar a polícia".

Aquela simples frase não saia da minha cabeça.

Fiquei uns quantos minutos - ou talvez horas - naquele mesmo gramado, em frente a casa de Dinah.

Algo no meu interior ainda tinha esperança de que de alguma maneira a polinésia voltasse ao meus braços e me envolvesse em um de seus abraços aconchegantes que só ela conseguiria dar.

As lágrimas rolavam por minha face, escorrendo lentamente, até encontrar meu ombro. Eu não conseguia me mover um milímetro sequer.

Eu sabia que ela estava tão mal ou até mesmo pior de que eu. E saber que a pessoa mais importante para mim estava possivelmente se derramando em lágrimas nesse mesmo instante, me trazia um sentimento de impotência, acompanhado por um vazio que inundava meu ser.

Eu não tinha como fazer sorrir, a pessoa que sempre me fazia sorrir.

Depois de muito tempo sozinha naquele gramado, acompanhada somente pela luz da lua, resolvi que ir para casa era a melhor solução.

(…)

Tomei um banho longo. Eu realmente esperava que a água que corria pelo meu corpo leva-se consigo toda essa angústia que percorria meu peito.

Eu só queria acordar e encontrar cachos loiros esparramados pelo travesseiro ao lado do meu.

Lágrimas e mais lágrimas corriam por minha face.

Eu não podia evita-las.

Eu tentava ser forte e pensar em coisas positivas, mas pensamentos negativos invadiam incentivando cada vez mais às minhas lágrimas.

Terminei meu banho e coloquei um blusão confortável.

Rondei pela casa, à procura da bebida mais forte que eu poderia encontrar.

Bebi, na esperança de que o álcool me desse algum tipo de alívio.

Os momentos que passei com Dinah naquele park de diversões, não saiam da minha cabeça. Estávamos tão felizes, e de repente toda aquela felicidade se converteu em uma imensa tristeza.

Tudo o que tínhamos construído desabou como uma torre de cartas.

A bebida se infiltrou sorrateiramente para dentro de mim, e não demorou muito para fazer efeito.

Em pouco tempo adormeci, com as lagrimas descendo pelo meu rosto como uma cascata em direção ao rio.

(…)

Acordei com uma dor de cabeça horrível.

Garrafas de bebida estavam espalhadas ao redor de mim na cama.

Me levantei e fui em direção ao banheiro.

Dizer que eu estava horrível, ainda sim poderia ser considerado um eufemismo.

Olheiras fundas - que indicavam o choro praticamente incessável que tive na noite passada -  cabelo totalmente desgrenhado, e um inconfundível cheiro de bebida.

O aperto em meu coração ainda estava lá. Não tinha sido lavado pela água ou amenizado pelo álcool.

Eu sentia a falta dela e não tinha a mínima ideia de como resolver todo esse problema.

(…)

Resolvi ligar para Camila, que provavelmente ainda não estava sabendo do ocorrido.

- Mila - eu disse com uma voz triste assim que ela atendeu o telefone

- Mani?! O que aconteceu?! Por que está com essa voz?! - ela perguntou preocupada

- A mãe da Dinah descobriu... - eu disse sentindo outro nó se formar na minha garganta

- Como assim ela descobriu? Como isso aconteceu? Ai meu Deus Mani… - Camila disse atordoada

- Ela viu a gente se beijando na porta da casa dela - falei e uma lagrima silenciosa começou a escorrer por meu rosto

- Eu sinto muito - ela disse com uma voz triste - O que você vai fazer agora?

- Eu não sei - eu disse com voz embargada enquanto sentia mais lágrimas descerem por meu rosto

- Ai Mani, não chora - ela disse, mas eu não conseguia evitar nem que tentasse

- Eu nunca mais vou vê-la, Camila - eu disse. Eu nunca me senti tão arrasada em toda a minha vida.

- Não se preocupe, nós vamos dar um jeito nisso… - Camila disse tentando me tranquilizar.

Conversei por mais alguns minutos com Camila, que tentou a todo custo me consolar, distribuindo palavras de ânimo, mas nenhuma dessas palavras teve algum efeito sobre mim, eu sabia que dona Milika não deixaria que eu me aproximasse de Dinah, e que provavelmente me denunciaria.

Eu não podia evitar minha preocupação com Dinah. Ela provavelmente estaria agora, deitada em sua cama, assustada, esperando que esse pesadelo acabasse. Eu queria tanto estar a seu lado, a protegendo de todo o mal.

Outras tantas coisas passavam por minha mente. Entre elas, as perguntas.

Será que dona Milika iria me denunciar?

Eu perderia meu emprego?

Ou pior, eu perderia Dinah?

Eu realmente esperava que tudo isso fosse um pesadelo, e que no dia seguinte eu acordaria com uma loira sorridente ao meu lado na cama.


Notas Finais:

Relevem os erros pfv <3
Desculpa qualquer coisa
Eu sei que ficou meio triste mas não desistam de mim
Eu amo muito vcs
Vocês são lindos e maravilhosos

Forbidden Love (Norminah)Onde histórias criam vida. Descubra agora