TITANIUM 2 ✩ (L.T.)

Capítulo 47 - Crossing two worlds

## Summer POV ON ##

Depois da confusão que gerou aquela discussão com a ex-noiva do Louis, tudo estava mais calmo nas revistas cor-de-rosa. É claro que os rumores afetaram as vendas, no entanto eu sabia que tudo iria voltar ao normal. Ninguém se move apenas pelos boatos. Eu sei a qualidade que é reconhecida à roupa que desenho e produzo.

Louis nunca mais ligou e, fazendo muito esforço por isso decidi também não dizer nada. Após uma noite de sonho como aquela, eu esperava pelo menos mais compreensão. Quem é que dormiria com alguém sem ter esperança que desse certo? Será que ele só viu isso como uma simples saída casual?

"Em que tanto pensas?" David interrompe o meu pensamento, trazendo pastas.

"Nada de especial."

"Aquele rapaz pode ser bonito, mas é muito burro por desperdiçar isto!" Ele aponta para mim. "Qual homem normal, heterossexual, não daria tudo para estar contigo?"

"O Louis não quer que sejamos mais do que amigos, vou respeitar isso."

"Tu respiras Louis!" Ele hiperboliza. "De uns meses para cá, esse sentimento forte que sentes aí dentro tem vindo a aumentar. Não vais conseguir guardá-lo."

"Eu vou guardá-lo até ele sufocar." Uso o mesmo tom que ele. "Chega de confusão."

"Onde vais?" Ele pergunta ao ver-me pegar nas minhas coisas.

"Eu vou a casa vestir alguma coisa para ir dar uma volta com o meu pai." No seu rosto aparece um sorriso. "Deixa ficar aí o que não for urgente que amanhã venho cedo."

"Deixa comigo." Ele acena vendo-me sair.

Corri para o carro como uma criança corre para junto da árvore na manhã de natal. Eu precisava de tempo com ele e não posso negar isso. O meu pai tem-se dedicado dada vez mais à família. Tem passado algum tempo com o neto e a minha irmã mais velha, mas passa a maioria do tempo em Doncaster com a minha mãe. Hoje cedo, ele telefonou-me para irmos passear um pouco no parque e eu não tive como recusar.

"Chegámos." Ele diz fazendo-me sorrir. Abri a cadeira de rodas e ele sentou-se nela. Após fecharmos o carro, começamos o nosso passeio. "Não te tenho visto."

"Desculpa, pai. Tenho andado ocupada no trabalho."

"A tentar manter a cabeça ocupada?" Ele conhece-me tão bem. "Como correu aquele encontro?"

"Nem sei dizer." Murmuro enquanto caminho do seu lado.

"Não resultou a última oportunidade?"

"No dia seguinte ele resolveu dizer-me que não queria nada comigo."

"Como é que isso é possível?" Ele fala nervosamente.

"Não sei o que vai na cabeça dele."

"Sum!" Ele para fazendo-me parar ao seu lado. "Vais deixar que as confusões que ele tem na cabeça vos separem novamente?"

"Pai, eu tentei! Tu sabes disso."

"Summer, mais cedo o mais tarde, vocês vão ficar juntos."

"Eu esperei 4 anos."

"Não esperarias mais?" Ele sorri.

"Eu vou esperar. Esperar é a única coisa que posso fazer."

"O vosso destino está traçado." Ele repara continuando o passeio.

"Eu acredito em nós, ele não."