TITANIUM 2 ✩ (L.T.)

Capítulo 8-Past and present

"Rosana?"

"Sim, sou eu, seu tonto." Ela diz aproximando-se para um abraço.

"Estás diferente!" Comentei. "Agora trabalhas aqui?"

"Sim, ao fim da universidade." Ela confirma e senta-se num banco ao balcão. Acabei por fazer o mesmo. "O pessoal vai gostar de saber que estás cá!"

"O que é feito dos outros?" Perguntei meio com receio.

"Ninguém ficou chateado contigo por desapareceres, se é isso que estás a pensar. Achámos mal é que não nos visites quando vens à cidade."

"Eu senti a vossa falta. Só que, sabes... é difícil."

"Por causa da Summer?" Suspiro em confirmação. "Ela também foi embora. Aliás, os Jones decidiram sair da cidade, no mesmo ano."

"Entendo."

"Mas o Joe deu-nos uma despedida. Ele contou-nos da irmã e das coisas que te aconteceram."

"O Brian e o Ron?" Tentei mudar de assunto.

"O Brian está a estudar economia em Manchester. Quando terminámos o secundário ele candidatou-se a uma universidade boa lá."

"Fico feliz por ele." Consegui sorrir.

"O Ron bem, ele não conseguiu estudar mais. Sabes, os pais dele faleceram, pouco tempo depois do secundário, na queda de um avião. Desde aí, ele passa a vida numa oficina aqui perto. É o melhor mecânico que conheço." Consigo ver no sorriso dela que ele conseguiu conquistar o seu coração.

"Então e as coisas entre vocês?"

"Estão bem. Namoramos há 4 anos. Juro que já não me vejo com mais ninguém."

"Quero estar com eles." Pausei. "E a Payge?"

"Ela conseguiu seguir fotografia em Nova York e nunca mais voltou. Mas chega de falar de nós. Como estás tu? Feliz, suponho."

"A música é como um Ron para mim." Brinquei e recebi uma cotovelada.

"Vi nas fotos, a tua namorada é linda."

"Obrigado." Sorri-lhe. "Ó meu Deus. Quase me esquecia do pequeno almoço das minhas irmãs."

"Então o que vai ser?" Ela pergunta amavelmente.

Trocamos de números e combinamos que nos encontraríamos por estes dias, assim que o Brian regresse. Acho que, se enfrentar as memórias que me vem à cabeça quando estou com o pessoal daqui, consigo ultrapassá-las melhor. Eu sofri, é verdade, mas estou cansado de fugir de algo que vivi. Não voltaria a estar com ela, ou falar-lhe, logo ela não me pode afectar desta maneira.

"Desculpe!" Escapou-me quando embati numa pessoa ao virar a esquina.

"Louis?" Ele olhou para mim, seriamente. Algumas rugas cobriam a cara da pessoa que hoje usava bastante maquilhagem sobre a pele. O olhar não era totalmente desconhecido.

"Sou eu. Conheço-a?"

"Não te lembras de mim?" Ela sorriu ao levantar-se.

"Devia lembrar?"

"Sou eu, a Amy."

"Amy?!" Olhei a mulher atentamente. Eu a querer tirar a filha da cabeça e esbarro-me com a mãe? Obrigado destino.

"A mãe da ..."

"Sim, já percebi."

"Como tens andado?"