Cap. 2 - Tânia

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Eu queria que aquela apresentação não tivesse fim, mas tudo que é bom acaba cedo. Após aquilo ela é aplaudida e recebe rosas da platéia, ao se retirar do palco se apóia em uma das cortinas e olha pra mim com um sorriso de levar qualquer um ao chão. Segundos depois percebo que eu estava babando, limpo. Me ergo da cadeira e assim seguindo para o mesmo touro em que me oferecera o lugar, e que agora estava de barman.

- Gostaria de fazer uma pergunta. À quanto tempo ela ficará fazendo shows por aqui? - Pergunto me apoiando á mesa.

- Por 3 semanas. Vejo que o rapaz gostou da moça. - Ele bufa e olha para outra direção, e lá estava ela, cercada de gente recebendo abraços e flores. Suponho que estariam comemorando o primeiro dia de show em que fizera um sucesso. - Mantenha-se longe dela, apenas isso que eu lhe digo.

- Mas porquê? - Perguntei e ele apenas apontou para um pitbull aparentemente boa pinta cercado de algumas garotas que estavam fazendo a atração. Cheio de colares e anéis de ouro, me pergunto se aquilo era verdade ou decoração. - Quem é?

- O dono daqui. - Olhei novamente e ele estava rindo, sorria e bebia como se não houvesse amanhã até se virar e lançar um olhar mortal, recuei com a reação. Ele olhava agora para a mesma garota que me encantou, tão bela, agora de vestido branco se aproximando dele, não sei o que estavam conversando. Até ela se virar para andar e receber um tapa na bunda. Me segurei pra não possivelmente espancá-lo. - Eles são...

- Não. Ele se acha praticamente o dono dela. - Deveria me meter? Acho que não é uma boa.

- Certo.. - Olhei uma última vez para aquela loba antes de me retirar daquele lugar. Não chovia mais e estava quase amanhecendo. Fui pra casa, precisava de um descanso (provavelmente eterno), muita coisa pra ingerir.

Infelizmente não poderei ter a paz que eu queira, encontro uma bolsa em cima do sofá, sei bem de quem é. Mal chego no quarto e já encontro uma cadela na minha cama.

- Vaza.

- Isso é jeito de falar com seu amor? - Diz Tânia fazendo uma pose (ou tentando fazer na minha opinião) sexy. - Deita aqui.

- Pode parar de ser ridícula? E veste suas roupas agora! - Digo me agachando pra pegá-las e jogo na cara dela.

- E se eu não quiser me vestir? - Ela faz bico.

- Não ligarei de te jogar na rua pelada, afinal, não importa quem seja, você tira a roupa pra qualquer um. - Digo por fim ela abaixa a cabeça. Me retiro do quarto. - Tem 3 minutos pra se vestir. - Finalizo me sentando no sofá de braços cruzados.

Pouco tempo depois a porta se abre.

- Eu só queria me resolver com você, para com isso. Eu não queria, seu irmão que me obrigou. - Sorri com suas palavras. - Se está sorrindo quer dizer que.. Estou perdoada?

- Quem disse? - Levanto indo para o quarto e pego uma câmera de vídeo. Volto. Ela me olhava com medo. - Se ele te obrigou, como me explica isso aqui? - Vou na galeria e clico no vídeo. Seus olhos se arregalaram. - Você parece estar gostando.

- Ethan, eu...

- Ethan nada. Como ousa mentir? Ainda mais se fazer de pobrezinha, quem me dera que não estiveram tranzando na minha cama hoje também? O cheiro está de merda. - Ela se mantém calada, um tempo depois pega a bolsa e sai pela porta em passos firmes.

Eu nunca perdoarei nenhum dos dois.

~~~~•~~~~

Após o ato, não quis mais entrar naquele quarto. Fiquei olhando por uma das portas, onde uma certa pessoa iria sair. Logo quando eu achei que poderia gostar de tê-lo morando na minha casa e conhecer ele melhor por nossa infância ter sido difícil. Vejo que foi um a pior ideia que já tive. Não passa de um intruso.

- Boa tarde irmão.

Continua...

Alena -Furry-Onde histórias criam vida. Descubra agora