— Dean, acorda. — o cutuquei. Eram 06:30 e precisávamos ir para o colégio.
— Desculpa, Bia. — ele estava com a voz fraca. — Eu não vou conseguir prestar atenção na aula. — seus olhos se mantinham fechados.
— Tudo bem. — sorri mesmo sem ele ter visto. — Te respeito.
Acariciei seu cabelo e levantei.
Vesti sua blusa e uma calça qualquer e sai para o colégio.
Eu queria muito ficar e cuidar dele, mas eu não posso faltar tanto.
Tive que explicar a Eddie o que aconteceu de bom e ruim nesses seis dias de greve.
Ela ficou bastante preocupada e disse que passaria na casa de Dean mais tarde.
Eddie, pelo contrário, disse que ocorreu apenas coisas boas nesses dias que não teve aula. Ela também passou junto com o namorado, e até está pensando em ter filhos.
Essa sim é uma responsabilidade que eu não me imagino tendo.
***
Voltei para a casa de Dean e o deparei ainda deitado, de bruços, com seu quarto totalmente apagado.— Ei. — sussurrei ao entrar e fechar a porta. — Eu trouxe o diário da sua mãe.
De alguma forma eu conseguia perceber que ele estava acordado.
— Beatriz, por favor... — sua voz saiu abafada por conta do travesseiro que estava cobrindo seu rosto.
Sentei na beira da cama e abri na página 13.
— “Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.” Confúcio. — li para ele.
Ele virou-se para o meu lado, deixando de esconder o rosto.
Olhei para ele e dei um meio sorriso.
— De acordo com a sua mãe... — me aproximei e deitei ao seu lado. — Você vai ter que ser forte e resistir. — a frase parecia ser perfeita para a ocasião.
Ele fechou os olhos e colocou sua mão em cima de meu cabelo, acariciando-o.
— Obrigada. — sorriu e suspirou. — Por estar ao meu lado.
Dei um rápido selinho em sua boca e levantei.
— Eu respeito seu luto, Dean. Mas você não pode ficar nessa escuridão por muito tempo. Eu sei que é triste, mas sua mãe também não gostaria de te ver solitário assim. — me aproximei da janela e abri as cortinas, permitindo o sol entrar e a claridade tomar conta do quarto.
Coçou seus olhos e se sentou. Olhou em direção à paisagem que estava lá fora e passou a mão entre os fios de cabelo.
— Sam já acordou? — perguntou.
— Não o vi pela casa. — abri a porta.
Dean se levantou e caminhou até o banheiro.
Andei pelo corredor e fui até a cozinha. Esbarrei com Sam no caminho.
Levei um susto gigante.
— Aah! — exclamei e em seguida coloquei a mão na boca, pois percebi que ia gritar. — Que susto! — falei suspirando ao ver quem era.
— Calma. — ele riu. Parecia estar um pouco mais conformado com o ocorrido. — Boa tarde.
— Boa tarde. — respondi.
Entrei na cozinha e vi Jéssica preparando o café.
— Deixa que eu te ajudo. — cheguei perto do fogão e tirei a água fervida.
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Um Romance Diferente
RomanceO amor não é fácil de lidar. As vezes você se apaixona sem querer se apaixonar. Sim, esse é um romance diferente, onde nem tudo é uma piscina de rosas vermelhas (talvez algumas sejam pretas). Esse livro conta a história de um casal com diversos obs...