Capítulo 27 ( Iniciação )

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As Amazonas eram no entanto bem unidas, todas conversavam umas com as outras, como irmãs e isso interessava bastante Roxy, que mesmo sem ter nada do que se queixar em relação ao seu irmão, ela sempre quis ter uma irmã ou uma amiga, para contar seus segredos mais íntimos ou conversar sobre o dia, mas devido a sua vida bastante conturbada, ela nunca teve isso, o máximo de companhia feminina que teve na sua vida foi sua avó Claire e Kitty ( Laura não conta !), Roxy e sua avó não se viam e nem conversavam à anos e Roxy também não passou muito tempo com Kitty e nunca mais vai poder fazer isso devido ao destino trágico da mesma.

Mas Roxy não sabia se ia conseguir isso aqui, primeiro que ainda nem fora aceita, segundo ela é muito diferente das demais, e terceiro, não saberia se conseguiria amigas, porque Victoria estava fazendo a caveira dela com as outras Amazonas, estava fofocando, rindo sádicamente e olhando feio para Roxy.

Ficou assim até Hipólita se levantar do seu trono e pedir silêncio, todas obedeceram;

-Toda vez que nos reunimos contamos as histórias da nossa nação e do nosso passado, isso pode parecer bobagem para algumas, mas é importante para lembrar de quem nós somos e quem nós éramos, e também é muito importante para essas meninas, incluindo Roxy, que no futuro se tornarão grandes Amazonas - disse ela.

"As crianças sim, Roxy não"-diz uma voz que Roxy desconhecia, mas tinha certeza de que essa voz era de uma das amigas de Victoria.

-Sem comentários provocantes - ordena a Rainha.

Todas se calaram, mas continuaram encarando Roxy.

-Continuando o que eu estava falando...Tudo começou com uma jovem e bela princesa de Esparta, Otrera,filha do rei  Hipocoonte, era a mais nova de 20 irmãos, sendo a mais nova, era muito protegida, era a preferida de Hipocoonte, ele satisfazia todas as suas vontades, mas de certa forma Otrera sentia que mesmo tendo tudo que tinha ainda Faltava alguma coisa, mas ela nunca sabia o que era, tinha um reino grande e poderoso aos seus pés, mas isso não era o que ela queria, quer dizer ter vários aos seus pés não era o que ela realmente queria, Otrera sentia que podia servir a um propósito maior, mas ela não tinha certeza de como conseguiria isso, porque naquela época as princesas se casavam obrigatoriamente a mando dos seus pais a interesses lucrativos e como Esparta era um grande reino, todos queriam que seu reino se expandisse mais e mais, e isso não agradava só eles como a Ares, que era o deus patrono da cidade,Esparta também tinha o título de criar os melhores guerreiros da Grécia, e com isso eles sempre saiam ganhando nas batalhas e sempre conseguiam conquistar os vilarejos próximos, certa vez Otrera decidiu acompanhar seus soldados, para ver como eles agiam em batalha, no início seu pai ficou dizendo que ela não ia de jeito nenhum, mas Otrera sabia como amolecer seu coração, isso sem contar que estava na véspera do seu aniversário e quando chegava essa época, o rei Hipocoonte fazia uma grande festa que durava pelo menos três dias, então ele deixou sua filha ver os guardas conquistarem o vilarejo, desde que ficasse num lugar afastado e tivesse bem protegida por pelo menos quatro guardas, a jovem princesa aceitou a proposta do seu pai, e foi ver a conquista do vilarejo, a princesa Otrera nunca havia visto nada parecido em toda a sua vida, sangue por todo lado, os guerreiros fenômenais da Esparta em ação, no início ela ficou abismada com tanta morte, mas depois de um tempo, ela começou a ficar excitada e desejou entrar na briga, mas não podia porque uma princesa não entrava em brigas. A luta continuou, mas Otrera viu que não precisava dos guardas, já que ninguém via onde eles estavam, então Otrera pediu que eles saíssem e ajudassem seus companheiros, eles se negaram, mas Otrera também mandava neles, então decidiram obedece - lá, daí foram e a princesa ficou sozinha, ela não tinha percebido, mas tinha um homem do vilarejo que estava nas suas costas, esse homem estava armado, ele viu a oportunidade de salvar o seu vilarejo naquela donzela, então ela a capturou e colocou uma espada no seu pescoço, Otrera se desesperou, e alguns guardas foram ajuda - lá, mas não tinha como, o homem continuou com a espada no pescoço dela, até Otrera ter instintivamente a atitude de dar uma cotovelada na barriga do sujeito e um chute em suas partes, os guerreiros espartanos rapidamente mataram o homem e Otrera ficou horrorizada, ela poderia ter morrido, mas de alguma forma fez o que várias princesas não tinham coragem de fazer : Tentar se defender sozinha. Isso pode parecer uma bobagem hoje em dia, mas naquela época aquilo foi uma quase revolução, depois toda Esparta ficou sabendo da história da "princesa corajosa que desafiou um homem", e isso fez Otrera desenvolver um lado feminista que ela não sabia que tinha, no seu presente de aniversário pediu um punhal para que pudesse se defender sem nenhum guarda por perto, seu pai não quis, mas decidiu satisfazer a vontade da princesa, ele estava vendo isso como uma catástrofe, o fato de uma princesa querer entrar numa luta, sendo que não era possível, pois as mulheres só serviam para satisfazer as necessidades dos homens e nada mais, com o tempo Otrera se infiltrava nos treinos dos soldados espartanos e via seus modos de combate, de defesa, depois viu eles caçando, nadando e não satisfeita com a situação, tentou fazer ela mesma tudo isso. O rei Hipocoonte estava começando a se enfurecer, se Otrera continuasse assim, nenhum homem ia querer se casar com ela, mas isso tudo chamava a atenção de uma pessoa: Ares, o deus da guerra.

A Guerra do Monte Olimpo e o sequestro dos deuses menoresOnde histórias criam vida. Descubra agora