VIII

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–Meu irmão? –eu repeti ainda chocada.

–Sim querida, o Emmett. –minha mãe disse emocionada. –Eu sei que você deve estar morrendo de saudades dele, faz tempo que vocês não se vêem.

Ok. Meu irmão era o Emmett! Será que é o mesmo Emmett dos Cullen? Impossível, seria coincidência demais e esse nome devia ser bem comum para esta época.

–Você nem imagina mãe. –eu disse ainda em estado de choque. Como eu poderia sentir falta de alguém que eu nem ao menos conhecia, quer dizer eu o conhecia, mas não como o meu irmão.

Emmett Charlie Swan tinha 21 anos e foi para guerra há três anos atrás, ele sempre se correspondia com a minha família, recentemente ele havia se ferido em guerra e agora ele não poderia mais lutar pelo país, pois sua perna nunca mais voltaria a ser a mesma, por isso ele estava voltando agora. Minha mãe havia me mostrado uma foto dele. Ele era alto, tinha os cabelos pretos iguais ao do meu pai, olhos claros cor de mel que nem os da minha mãe, e a pele era um pouco mais bronzeada que a minha, no todo meu irmão era um homem muito bonito e era o mesmo Emmett que conheci no futuro!

Mas eu ainda não conseguia assimilar a idéia de que eu tinha um irmão, ainda mais ele sendo Emmett. Eu estava acostumada a ser filha única, e nunca me passou pela cabeça que aqui no passado eu teria um irmão. Eu ainda pensava que era só eu. Madame Cassandra havia me alertado de que eu teria uma surpresa quando chegasse em casa, e ela não podia ter nem noção do tamanho as surpresa.

Emmett chegaria na sexta feira e minha mãe estava promovendo um jantar de recepção para ele no sábado, os Masen haviam sido os únicos convidados, o que era um consolo para mim, pois pelo menos Edward estaria comigo no meio de toda essa confusão, apesar de eu não poder lhe contar por eu não sabia que tinha um irmão. Eu queria tanto ter alguém para conversar, com quem desabafar! Eu não podia correr o risco de sair por aí sozinha a noite de novo só para conversar com Carlisle.

Eu sentia tanta falta de Alice! Ela era quase como uma confidente para mim. E eu tenho certeza de que ela me entenderia e acreditaria melhor do que ninguém se eu lhe contasse tudo, mesmo nessa época. Mas eu não tinha idéia de como encontrá-la. Afinal nem ela mesma sabia onde havia nascido e morado, eu não fazia idéia se ela já era vampira ou não agora.

Durante a noite quando deitei a cabeça no travesseiro para dormir, pela primeira vez chorei sentindo falta da minha antiga vida. Mas eu tinha o consolo de que eu teria Edward aqui comigo, vivo e feliz... Mas então eu me lembrei que logo a Gripe Espanhola chegaria até Chicago e eu não teria mais Edward, essa gripe poderia até mesmo me matar, pois até onde sei eu não era imune a ela só por ser uma viajante do tempo. E eu chorei mais ainda, pois eu veria meus pais, Edward e seus pais e agora o meu irmão, morrendo e eu não poderia fazer nada para impedir isso de acontecer. Eu poderia conversar com Carlisle e pedir para que ele transformasse toda a minha família e a família de Edward, mas como Carlisle iria lidar com oito recém criados sozinho? Eu me sentia tão impotente diante essa idéia! Então a única coisa que eu poderia pedir a Carlisle era que ele transformasse Edward, pelo menos eu sabia que ele teria seu futuro, mesmo que fosse sem mim, pelo menos nisso eu não iria interferi no destino dele. Então talvez algum dia a gente voltasse a se encontrar, talvez no futuro a minha reencarnação o encontrasse e se apaixonasse por ele –se é que reencarnações realmente existiam, se bem que para uma viajante do tempo duvidar disse seria hipocrisia demais- mas eu sabia que não seria tão fácil assim, as coisas nunca eram fáceis como gostaríamos que fosse.

A semana se passou tão rápido e todos os dias eu ia até a casa de Edward para tomar aulas de piano, e segundo ele eu havia progredido bastante, no fim das aulas Edward e eu íamos até o jardim de sua casa onde ele havia me roubado mais alguns beijos, o que me deixava delirando de felicidade.

Quando em 1918...Onde histórias criam vida. Descubra agora