XI

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Foram as quatro semanas mais perfeitas de toda a minha vida. Nunca fui tão feliz, nem tão amada e nem tão desejada. Todo o dia antes de ir ao trabalho Edward me amava como na primeira vez –aquela era uma rotina que eu não me cansaria nunca- e sempre que ele chegava para almoçar eu o recebia com um sorriso e era brindada com um lindo sorriso de volta. Quando a tarde ele voltava me contava tudo sobre o seu dia, enquanto ficávamos abraçados no sofá da sala, trocando carinhos. Edward havia se inscrito na faculdade de medicina, por incentivo meu, e agora nós esperávamos juntos a carta de resposta.

Eu tinha medo, muito medo, de que toda essa minha felicidade acabasse, ao fim, eu não queria, e sentia que algo estava para acontecer, mas não sabia o que era, eu tinha minhas sugestões, mas queria ignorá-las, e aquilo estava me deixando nervosa e eu tentava não demonstrar isso a Edward, pois ele era sempre muito cuidadoso e preocupado, uma característica tanto humana quanto sobrenatural dele, ele sempre seria preocupado de mais com relação a mim e aquilo, em sua versão humana era fofo, e ele em sua versão vampiro era obsessivo com a minha segurança, não que isso deixasse de ser fofo, mas quando você está lidando com um Edward humano que cora, dorme e se cansa a perspectiva é bem diferente.

Rolei na cama jogando lençol para o lado por causa do calor, que fazia com que a fina camisola que eu usava grudasse em meu corpo pelo suor. A janela estava aberta e uma brisa gostosa entrava, mas mesmo assim não era o suficiente para me refrescar. Sentei-me ajeitando os travesseiros de forma que eu ficasse encostada neles, meio sentada meio deitada, o calor praticamente me sufocava e suspirei pesado pensando em ir tomar um banho.

–Amor o que foi? –Edward se sentou ao meu lado com a cara toda amassada de sono.

–Calor. –falei.

–Mas está tão fresco. –ele se levantou para ir abrir as cortinas, e eu o observei caminhando por todo o percurso da cama até a janela, usando somente com um short, sem camisa, e aquilo acendeu algo dentro de mim fazendo com que eu ficasse de joelhos na cama olhando-o voltar para se deitar.

–Vem cá. –o chamei com um dedo e ele me olhou com uma expressão meio confusa que logo foi substituída por seu sorriso mais malicioso que fazia com que calafrios surgissem na boca do meu estomago.

Edward se ajoelhou a minha frente, me tocando com delicadeza enquanto subia suas mãos por meu corpo, levando junto a camisola que eu vestia, nos beijamos com intensidade e luxuria e quando ambos estávamos nus Edward me deitou gentilmente na cama ficando por cima de mim, como sempre eu o abracei apertado querendo fundi-lo a mim. Quando a luxuria era tanta, e o desejo não podia ser mais exposto com apenas carinhos vi Edward se apoiar com as duas mãos na cabeceira da cama tomando impulso em suas investidas torturantes contra meu corpo, alcançamos juntos o ápice e como sempre foi incrível.

–Meus pais nos convidaram para jantar hoje lá na casa deles. –falei durante o almoço.

–Que bom. –ele disse dando uma garfada na macarronada e sorrindo satisfeito. –Eu ainda acho que você fica muito sozinha aqui. –ele disse.

–Eu gosto de cuidar da nossa casa. –falei sorrindo me levantando para colocar os pratos sujo dentro da pia. –Oh... –senti um mal estar, uma onda gelada descer por meu corpo e então tudo ficar escuro.

–Bella... –foi a ultima coisa que ouvi.

–Ela ficará bem. –ouvi uma voz familiar. –Assim que ela acordar a examinarei melhor e então darei o diagnóstico. –abri os olhos lentamente e então vi uma figura alta parada a minha frente e observando melhor, era Carlisle ali com uma prancheta em mãos e o estetoscópio pendurado no pescoço, ao seu lado estava Edward com uma expressão mortificada em preocupação.

Quando em 1918...Onde histórias criam vida. Descubra agora