Capítulo 1

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                    Pov. Rick Ernead

Em casa deitado na cama, pego controle da televisão e passo os canais aleatoriamente a procura de algo interessante. Quando meu celular começa a tocar no criado mudo, olho no visor do mesmo vendo que é a Luna, ignoro a mesma, reviro o olho e levanto, tiro a minha camisa a jogando na cama e indo em direção ao banheiro.

Tomo um banho rápido e vou até o closet, la pego uma calça jeans, um tênis e uma regata preta, me troco, logo depois desço as escadas checando que não esqueci de nada, pego a chave da Ferrari e vou para a festa de comemoração da última carga.

             
                  Pov. Luna Dust

Eu havia batido a cabeça e a mesma doía, estava enxergando tudo embaralhado, pude ouvir um grito assustado e logo em seguida conversas, mas não consegui decifrar o que era, em seguida um barulho alto de ambulância tomou conta do lugar, pude apenas sentir que me tiraram do chão, e depois disso apaguei por completo.

                  Pov. Rick Ernead

Estava na festa quando meu celular começou a tocar, atendi o mesmo.

- alô? desculpe o encomodo senhor.. - uma voz masculina falou, não reconheci a mesma. - bem, eu não sabia para quem deveria ligar, encontrei seu número nas últimas ligações do celular da moça, Luna, de acordo com os documentos, o senhor teria como vir até o hospital? o estado dela  não está muito bom..

– O que aconteceu com ela? – perguntei preocupado.

Antes que ele respondesse peguei as chaves e fui até o hospital. Em casa farol batia minhas mãos sobre o volante impacientemente.

Quando chego ignoro o manobrista e estaciono o carro em qualquer lugar, desço e vou correndo até a recepção, após ser informado aonde Luna estava fui para lá em passos longos.

         
                  Pov. Luna Dust

Acordei após muito tempo desacordada e logo uma dor de cabeça forte veio, olhei em volta e vi que estava no hospital, suspirei e olhei meus braços, que estavam roxos e com alguns curativos, vi alguém entrar no quarto e fiquei olhando, vendo que era o Rick.

- M-me desculpe.. eu achei que tinha tudo sobre controle.. eles.. - senti minha barriga doer e tussi.

– MAS NÃO TINHA, QUE MERDA, VOCÊ NÃO PODE FAZER AS COISAS ASSIM. – gritei com as mãos na cabeça, andando de um lado para o outro no quarto.

– Senhor! Por favor, o senhor está em um hospital – disse uma voz feminina atrás de mim, cuja não me virei para ver quem era.

- NÃO PRECISA GRITAR OK? - suspirei. - como soube que eu estava aqui? eu liguei quando fui avisar que eles tinham fugido e o galpão explodiu, mas você não atendeu...

– Me ligaram aqui do hospital – disse abaixando o tom de voz e me sentando na poltrona – E agora o que vamos fazer?

- Ele disse que ia me pegar como garantia de que você iria fazer o trabalho que combinou com ele.. - olho para a agulha que estava no meu braço. - não gosto de hospitais..

- Você não deveria ter ido lá sozinha! - bufo e apoio os cotovelos em meus joelhos e passo a mão nos cabelos. - ele fugiu! ele ta devendo um pagamento, e agora graças a sua brilhante ideia ele fugiu Luna!

Fico em silêncio e observo a enfermeira trocar o soro de um braço para o outro e me fazer tomar alguns remédios.

- Por que você fez isso? - Rick perguntou, quebrando o silêncio.

- Por que.. por que eu queria te proteger.. já me acostumei com pessoas batendo em mim...

– E se você estivesse morta? – falei em um tom mais alto.

– Mas eu não estou – disse sem olhar para o Rick.

Percebi que estávamos chamando atenção demais, então me sentei mais perto de Luna.

- Por que não olha pra mim? eu não vou te bater.

- Não se preocupe.. eu não me meto mais nos seus assuntos, eu tinha tudo planejado, mas ele me pegou de surpresa..

Vi a enfermeira sair do quarto e olhei para o soro, ainda estava acima da metade, e parecia demorar uma eternidade cada gota que descia pelo longo fio até chegar no meu braço.

- Luna..

- Tudo bem Rick, eu só queria ajudar, mas eu só atrapalho ok, eu já entendi, eu não sirvo pra isso, eu nem estaria aqui agora se não fosse aquela garota que me ajudou meses atrás quando.. - percebi que estava quase falando sobre o dia do abuso,  fiquei quieta e virei o rosto, olhando para a porta.

– Para...– disse baixo segurando seu rosto para que me olhasse

– Só disse a verdade – disse tentando desviar o olhar.

– Eu só não quero te perder – te dou um beijo calmo

I Hate You, I Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora