8-Pesadelo

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-Só pode ser brincadeira!
"Ho xanaina". Foi a unica coisa que consegui pensar quando as luzes se foram e deram lugar a escuridão.

Ouço um barulho alto, como se uma tabua de metal caísse. Gritei.

-Haaaa

-Nessah? Cade você?

-Aqui!

-Aqui? Jura?

Caminho com as mãos a frente de meu corpo com a intenção de esbarrar em Zico. Dou mais alguns passos e minhas mãos encontram algo gelado, a porta, cuja estava trancada.

Virei meu corpo e senti minhas mão tocarem algo quente, forte e... Gostoso.

-Me desculpe pelo susto eu acabei chutando a porta sem querer.- Um sussurro e dado perto se meu ouvido e logo percebo que estava com as mãos no peito se Zico... Uau.

Sem perceber minhas mãos passeiam pela sua frente e meus dedos "olham" cada parte ali. Encontrei seu ombro e desci minhas mãos ali, parando em seus braços, fortes, suas mãos encontraram as minhas e ele entrelaçou nossos dedos.

-Tudo bem Nessah?-ele me disse calmo e bem perto do mim. Seu hálito quente batia em meu rosto e senti o forte cheiro de menta vindo de sua boca.

-Sim só não... Gosto muito de escuro.

-Uma mulher como você com medo de escuro?- ele puxou minhas mãos fazendo meu peito se esbarrar ao seu. Seus dedos se separaram dos meus e ele me abraçou fazendo com que eu descansa- se minha cabeça em seu ombro. Minhas mãos se enrolaram em volta de seu tronco e ele deu dois passos para trás, encostando na parede.

-É...- dei uma risada forçada no final e fecho meus olhos, tentando imaginar as melhores coisas do mundo. Oque não da certo pois ao abrir meus olhos vejo um ponto vermelho ao meu lado, esse ponto aumenta cada vez mais e eu aperto o corpo de Zico como um jeito de me proteger. O vermelho se espalha pelo chão e teto, logo o lugar antes escuro se torna totalmente vermelho. Um vermelho escuro, vinho, com um certo brilho se assemelhando a água, em outras palavras... Sangue.

Minhas mãos começam a tremer, pois sei que terei que aguentar aquela visão até a luz ser acesa novamente.

O elevador agora parece imenso, como se eu pudesse correr sem parar em uma direção e fugir de tudo.
Bem longe de mim em um banquinho pequeno de madeira avisto um cinto preto e de couro. A imagem do cinto se destorce dando lugar a um chicote. Eu consegui escutar o seu barulho, o chicote sendo estalado perto a meu ouvido. Viro a cabeça para o lado contrario e só de pensar naquele chicote me acertando sinto um soluço querendo sair de minha garganta. Zico não dizia nada era como se ele não estivesse ali. E em segundos não estava. Eu me encontrava sozinha em um lugar desconhecido. As paredes eram brancas e o teto era o céu. Eu tento andar mas meus pés estão presos no piso preto.

O céu que antes era azul e o sol brilhava intensamente deu lugar para que a lua o tomasse, nuvens a cobriam e trovões se encontravam dançando com sua luz no céu.

Ao longe avisto um homem de cinza com o maldito chicote na mão. O barulho novamente é escutado junto a um grito. Eu tento novamente correr, apesar de conseguir caminhar, meus passos não me levavam a lugar algum, o homem me alcança e levanta seu braço ameaçando me bater, olho nos olhos do homem e vejo os olhos...os olhos dele, aquele homem não...não, fecho meus olhos enquanto grito e bato com as mãos em minha cabeça.

-Hey! - Sinto braços me envolverem - Está tudo bem?-Meus batimentos vão se acalmando e ele segura meu rosto fazendo com que eu olhasse diretamente para ele.

-Sim não foi nada...-minha voz quase não saiu.

-Vem o elevador voltou a funcionar-Ele diz me ajudando a levantar nós saímos do elevador e paramos em frente a porta de seu apartamento, o meu era ao lado, ele tira a chave debaixo do tapete e abre a porta colocando a chave no lugar onde estava, entramos e ele me sentou no sofá.

-Fica ai eu já volto - Ele diz e vai a um corredor, a sala estava iluminada por uma luz não muito forte do abajur e quando olho para a janela vejo que já esta começando a escurecer, ele volta com uma caixa de primeiros socorros e deixa ela em cima da mesa indo depois para a cozinha voltando com dois copos de água, um ele me entrega o outro ele coloca na mesa e abre a caixa retirando de lá um potinho com algodões, termino de beber a água e ele me deita no sofá, molha o algodão na água e passa na minha cabeça que agora me lembro de ter machucado depois faz um curativo.

-To, vai tomar um banho - Diz me entregando uma blusa sua - O banheiro fica na porta esquerda.

-Eu não quero ir sozinha - eu estava realmente assustada. Mas admito que usei meu susto para: possivelmente, tomar um banho com Zico.

-Vamos fazer assim, você toma banho no banheiro do meu quarto e eu espero do lado de fora, pode ser? - Faço que sim com a cabeça e mesmo que um tanto forçada o acompanhando indo ao seu quarto e entrando no banheiro.

I Can't Love You ~ Kpop, Em GeralOnde histórias criam vida. Descubra agora