Capítulo 7

36 15 0
                                    

Capítulo 7

Quando chego ao meu apartamento Andreza já está me esperando sentada diante da minha porta.

- Não sei se eu te abraço e agradeço por você está bem ou dou na sua cara por me deixar tão preocupada. – ela fala enquanto se levanta.

- Olha quem fala – rebato, olhando-a da cabeça aos pés - Você está vestindo a mesma roupa de ontem – continuo. Ela desvia o olhar, desconfiada.

Ignoro-a e abro a porta.

- Não estou aqui para falarmos de mim – fala entrando no apartamento.

Tranco a porta atrás de nós, e vou direto para a cozinha preparar um café.

- Então – ela começa atacando o meu pacote de bolachas – onde você estava?

- Já te disse, sai com um cara. – respondo como se não fosse nada demais.

- E fala isso com essa naturalidade? – ela pergunta com a boca cheia.

- E de que forma você quer que eu fale? – rebato

Ela parece pensar numa resposta, não encontrando nenhuma continua comendo.

- Ele pelo menos era bonitinho? – ela tenta novamente.

Solto um longo suspiro, e abro a geladeira a procura de algo para comer. Estou faminta!

Andreza continua parada na minha cozinha, com o pote de bolachas na mão, me encarando de forma interrogativa.

- Você saberia se ele é bonito ou não se não tivesse me largado no bar sozinha cinco minutos após termos chagado lá – solto as palavras de uma vez. Mas para irrita-la do que para machucar.

Não estou chateada por ela ter me deixado sozinha, afinal já estou acostumada com o seu comportamento, mas ela não precisa saber disso.

- Ah, não foram cinco minutos depois de chegarmos – ela fala na defensiva – até tomei um Martine com você, e sabe que nem sou fã de Martine. – ela continua.

- Claro, Claro – eu resmungo de volta, de forma irônica.

Preparo dois sanduíches de queijo e presunto e lhe entrego um.

Minha chaleira apita, e termino de preparar o café.

- Mas você ainda não me respondeu – ela continua, se recusando a dá o caso por encerrado – preciso fazer o que esse cara fez para levar você pra cama.

Tento puxar na memória algo para responder essa pergunta e não encontro nada. Charles não fez muito mais do que jogar uma cantada barata e ter covinhas nas bochechas.

E conto isso a Andreza.

- Você tá de gozação com a minha cara – ela fala, quase aos berros. Até levanta-se da cadeira, para dá mais ênfase a sua decepção.

- Tá bom Mel – ela fala soltando uma risadinha esquisita – pode me contar a verdade agora. – pedi

Agora é a minha vez de rir.

- Mas essa é a verdade – conto a ela – eu estava sozinha no bar, tomando, sei lá, meu quarto Martine, ele sentou-se ao meu lado, me ofereceu uma bebida, soltou uma cantada e depois de beijou. – explico mais uma vez.

Ela solta o corpo na cadeira.

- Simples assim – ela comenta.

Assinto uma vez.

Deu Match, e agora? {DEGUSTAÇÃO}Onde histórias criam vida. Descubra agora