Estava de volta ao castelo, mas dessa vez não havia tempestade e um vento assustador. Tudo que tinha era a doce e calma noite. O quarto estava como sempre esteve em meus sonhos, intocado , como se ninguém ficasse realmente lá tempo o suficiente para tranformá -lo num lar. Embora sentisse a presença do homem de meus sonhos no local ele sempre aparecia de repente.
Suas mãos cercaram minha cintura e seus lábios tocaram de leve meu pescoço me dando arrepios.
- Sempre tão bonita. - Sua voz sussurrou. -Tão especial ...- disse mordiscando o globulo da minha orelha. - Adoro ver esse rubor se expandindo pelo seu rosto, fica adoravel.
Ele me virou para sí, para que pudesse vê-lo, mas sua face era apenas um borrão. Suas mãos tocaram meu rosto, meu pescoço enviando aquele arrepio novamente. Seus dedos estavam tão frios.
- Não comi hoje. - Ele disse como se esse fato fosse muito importante. Tentei ver seus olhos e acho que realmente os vi, mas sempre quando acordo ...nunca lembro de como eles eram, assim como seus lábios que me tocavam, podia senti -los mas não descreve-los.
- Me-Tome. - Minhas palavras eram apenas um sussurro. Eu não sabia por que tinha dito aquilo, mas era como se meu sonho quisesse dizer algo realmente importante, algo que nem mesmo eu poderia interferir. Ele sorriu. O borrão escuro que devia ser seus lábios se estendeu e seu rosto se aproximou de meu pescoço. Ele estava tão perto que podia sentir seu hálito frio contra minha pele. - Imagino o gosto que tem.
E com um movimento gracioso ele cravou suas presas em mim.
Acordei no meio da madrugada sufocando um grito enquanto minha mão esfregava o pescoço, prestando atenção para ver se sentia algo diferente, algum volume ou ferida , até mesmo sangue. Não havia nada, fora a dor que tinha sentido antes de acordar. Uma dor horrivel que começava no pescoço e termina na alma.
- Puta merda.- disse enquanto tirava o edredom num chute só deixando a mim mesma nua. Era desconfortavel usar roupas sem roupas intimas, então se fosse questão de desconforto que ficasse nua de uma vez. A porta estava trancada e eu tinha posto um pano grosso no buraco da fechadura, assim Edward não poderia entrar, nem ao menos me ver. Olhei para a janela e vi que ela estava aberta, o que era estranho pois tinha fechado antes de dormir. Talvez tivesse pensado que havia feito ao menos. Meu coração deu um pulo com a imagem de Edward se esgueirando pelo quarto no meio da noite, mas o quarto se localizava no segundo andar e até onde sei ele não era exatamente um atléta. Edward era fraco demais para ficar pendurado na parede do lado de fora.
Levantei e fechei a janela para finalmente voltar a dormir.
- Vampiro. - disse num sussurro para não acordar ninguém. Definitivamente a festa de Halloween estava mexendo com a minha cabeça.
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Jason ....
O sangue mais doce que havia tomado. Fazia tempo que não á via assim, tão interessada por algo que eu precisava.
Quando Katheryne era mais jovem eu havia dado meu sangue a ela para quando ela crescesse pudesse localizá -la, e deu certo. Quando surgiu a ideia de fazer uma visita no meio da noite nem sequer havia pensado ou imaginado no que ia acontecer, no gosto que ia sentir. Ela estava linda, inocente em sua cama.
Tinha visto ela gritar com um garoto magrelo por ter roubado suas roupas intimas. Senti tanta raiva do pobre magricela que pensei em matá -lo ali mesmo e tomar seu sangue indesejado para roubar suas memórias e poder devolver as roupas da minha amada, mas se fizesse ,meu plano para fazê -la se apaixonar por mim e a transformar iria para o lixo. Ela pensaria que sou um monstro e tudo estaria perdido, então fui ao seu quarto como todas as noites e entrei em seu sonho. Não conseguia entrar em seus pensamentos quando estava acordada, mas quando ela dormia, é como se a barreira de sua mente caisse.
Seu rosto belo como todas as noites. Eu não havia comido e pretendia partir já que não podia me arriscar a acordá -la daquele jeito com uma mordida, mas quando ouvi as palavras...aquelas palavras que causaram um efeito inemaginavel. " Me tome " aquelas palavras ficaram gravadas na minha mente. Eu cai em tentação como um anjo caido, desesperado, pronto para fazer qualquer coisa por ela. Era como um sonho se tornando realidade. Naquele momento senti algo que não tinha certeza se existia ou se era apenas minha imaginação. Senti amor. Um amor tão forte que apenas o sague dessa mulher podia me alimentar por toda a eternidade, e a mordi. Sentindo o gosto delicado e ao mesmo tempo forte, selvagem, descendo pela minha garganta. Me satisfazendo como ninguém havia feito em todas essas décadas.
Me controlei para não dar meu próprio sangue a ela, para poder dar a mesma satisfação que ela havia me dado. Ela abriu os olhos e desapareci deixando a janela aberta. Tive sorte da mordida ter cicatrizado, se não isso poderia trazer muitos problemas futuramente. Depois me sentei numa árvore ao longe sentindo a parte dentro da minha calça pulsar e a vontade de trocar nosso sangue. Só de imaginar aquilo as calças ficavam desconfortaveis, então pensei em passar a noite em casa dessa vez para me preparar para amanhã. Katheryne e eu teríamos um dia cheio.