Capítulo 7

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Acordamos ao lado da lareira, com as chamas flamejando e irradiando calor para mais uma manhã gelada, e os lençóis amontoados aos nossos pés após horas fazendo amor.

Ele está deitado com um braço sob a nuca, exibindo de forma tentadora a contração dos músculos do seu peitoral. Eu deitada sobre ele, com nossas pernas entrelaçadas e um dos braços jogado sobre sua barriga esguia e durinha. Minha cabeça repousa sobre seu coração em minha forma favorita de dormir. Ouvindo seus batimentos sincronizados.

Abro os olhos com relutância, sentindo o corpo exausto e os músculos certos totalmente doloridos. Quantas vezes ele me levou ao orgasmo ontem à noite? Perdi as contas após gozar pela terceira vez. Minha mente estava em algum lugar onde a matemática e a razão não existiam. Só sei que essa foi uma das três melhores noites da minha vida, juntamente com a noite em que ele disse que me amava e a noite em que nos conhecemos.

Uma longa respiração deixa sua boca e ele se movimenta um pouco, mas eu sei que ainda está dormindo. A minha mão na sua barriga desce para um lugar bem mais atraente e sinceramente me impressiona o fato dele estar apenas meio relaxado. Faz algumas horas desde a nossa última transa e parece que para ele não faz nem cinco minutos. Aposto que ele ainda tem a capacidade de me foder todinha como se não trepasse há dias.

Pensando nisso e adorando como nossas interações matinais têm sido desde que ele largou o emprego na Universidade de Miami, esfrego-me nele de forma um tanto proposital. Distribuo beijos e lambidas pelo seu peito e garganta, fazendo ele acordar de verdade agora.

— Você é uma safada tarada. — ele resmunga com a voz rouca — Bom dia.

— Bom dia garanhão. — respondo, passando a mão pelo meu brinquedinho favorito e notando que de meio relaxado ele não tem mais nada — Vamos brincar?

— É você quem manda no parquinho, amor. — ele geme quando o aperto de levinho — Fique à vontade.

E por mais de uma hora, mostro que sou eu mesmo quem manda nesse parquinho, fazendo o bem quero com o pau desse homem.

Quando passa das duas da tarde, saímos para uma visita ao Palácio Grimaldi. Não podemos ver todos os ambientes, mas os que estão abertos ao público já são mais do que suficientes para me deixar de queixo caído.

— Nossa Nick, esse é o lugar mais lindo que eu já vi.

— Você disse isso de todos os lugares que nós visitamos.

— Não consigo decidir qual parte desse lugar é mais bonita.

E não consigo mesmo. Para todo lugar que eu olho, contemplo algo de tirar o fôlego, mas talvez seja porque para qualquer lugar que eu olhe, eu vejo o rosto do Nick sorrindo para mim, admirando minha reação. Com certeza, isso faz qualquer lugar parecer um paraíso, sem tirar o crédito do país, é claro.

Passamos o resto da tarde na praia. Não entramos na água, apenas ficamos sentamos na areia embaixo do guarda sol, comendo e conversando sobre tudo, ou quase tudo. Alguns pontos do papo me deixam de orelha em pé e a ligação do Julian, que o Nick ignora mesmo depois de eu dizer que ele pode atender, me deixa mais alarmada ainda.

Eu sei que tem algo acontecendo com os Hoffman. Eu o vi falar baixinho com o pai e logo em seguida com o avô hoje de manhã depois que tomamos café.

Estou demasiadamente curiosa e o fato do Nick não me contar o que há de errado não deveria me incomodar, mas incomoda. Talvez eu fale com ele sobre isso hoje à noite depois do jantar.

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Após o jantar, vamos dar um passeio de carro e acabamos nos perdendo nas coisas lindas e mundanas de Monte Carlo. Voltamos ao hotel por volta das onze e meia após ganhar e perder alguns euros em um dos vários cassinos do lugar.

Recomeço (SR #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora