Incubus L.S

Senha Não é Uma Senha

Heeeello guys! Adivinhem? HOJE É MEU ANIVERSÁRIO! AAA PARABÉNS PARA MIM! Enfim, ontem não tive tempo de postar (aconteceu um acidente com a minha mãe), mas está aqui o cap, espero que gostem 😄

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— Você tem alguma coisa para nos contar?— minha mãe fez aquela voz que dizia Sim, você tem e eu já sei, mas gosto de te vê se humilhando.

— Não. — falei repensando tudo que tinha feito de errado na vida até hoje.

— Tem certeza?— meu pai questionou e eu quis gritar Não tenho certeza de porra nenhuma nessa existência assistida por satanás para divertimento próprio!

Imaginei que isso não fosse melhorar a situação, então só fiz que sim com a cabeça.

— Louis, eu sei que hoje em dia alguns adolescentes tem dificuldade em assumirem sua sexualidade para seus pais, mas vamos sempre te apoiar. — minha mãe despejou.

Meus olhos quase saíram do meu rosto.

— O quê?— murmurei tentando digerir tudo aquilo. Como eles poderiam ter descoberto? Tentei lembrar de qualquer coisa que poderia ter deixado passar, tenho certeza que escondi muito bem os brinquedos que vinha comprando tinha cuidado até para não passar cartão em sex shop. Então o que podia ser?

— Em momento algum quisemos invadir sua privacidade.— meu pai explicou.

— Mas você não está falando conosco e anda meio estranho, além disso a taxa de jovens que se isolam e acabam se matando tem aumentado.— ela tentou se justificar.

— Vocês acham mesmo que eu vou me suicidar!?— inacreditáveis era a palavra que definia esses dois.

— Claro que não Bobby*, quero dizer Louis, mas é sempre bom ter certeza.— minha mãe, rainha das indiretas diretas fez menção aquele filme que sabia que eu havia assistido.

— De qualquer maneira, sem querer, vimos o histórico do seu computador.

Já podem me enterrar.

— Sem querer? Quer dizer que sem querer vocês entraram no meu quarto e descobriram a senha do meu notebook?— eu estava a ponto de ter um treco no meio daquela cozinha.

— Colocar senha como senha não é uma das melhores ideias.

— Isso não prova nada. Tudo ali é para um trabalho de história.— menti na cara dura.

— Sério?— meu pai me olhou irônico. — Não lembro de nenhuma menção no plano de aula a gostosões se pegando."

Meu rosto ficou vermelho.

— Com certeza devo ter pulado a parte que pede que os alunos pesquisem ator pornô de olhos verdes e cabelo cacheado ou o trabalho que fala sobre é verdade que dói muito quando dois caras transam? Não podemos esquecer de como fazer sexo com outro homem sem dor e o questionário descubra se você é gay com dez perguntas!"

Fiquei completamente e totalmente estatístico. Minha vida inteira passou diante dos meus olhos e minha mente ficou em branco. Simplesmente não podia acreditar que isso estava acontecendo. Por que eu não apaguei o maldito histórico? Por que não sabia criar uma senha decente? Por que pesquisei coisas tão constrangedoras? A resposta era bem simples: Eu era burro. Devo ter alguma demência, um transtorno, uma doença parecida com estupidez aguda.

— Sexo é um assunto muito sério Louis. — meu pai começou e eu só podia gritar mentalmente NÃAAAAO! Essa conversa de novo​ não!

Não desejo o que passei nem para meu maior inimigo. Em algum momento da sua miserável vida, seus pais sempre vão chegar com a conversa, não tem jeito, não dar para escapar, você sempre sai traumatizado. Agora ter essa conversa duas vezes não é coisa de gente, é castigo, tortura, pior que escutar aquela musica da Maísa um milhão de vezes. Parece que nunca acaba e quando você é gay é pior. Pois é, depois daquele teste de dez perguntas eu definitivamente sou gay.

Respirei fundo pela milésima vez naquele dia, pousei a caixa de camisinhas que havia ganhado na mesa de cabeceira e troquei aquela maldita senha. Praticamente uma semana se passou desde aquele bilhete. Harry não tocou mais no assunto. Quando ainda tínhamos detenção juntos ele sempre fingia que nada tinha acontecido e se eu tentasse falar sobre, o engraçadinho sempre arrumava um jeito de escapar. Me diz se não dá vontade de matar uma pessoa dessas.

Vou totalmente esquecer Harry. Com certeza ele não merece minha preocupação. Estava debatendo com meu subconsciente se colocava ou não esse plano em prática, minha mente dizia sim, mas o vibrador na minha mão dizia não. Meu celular tocou, era Niall.

— Você não vai nem acreditar no que eu achei! — ele berrou entusiasmado.

— Um novo vídeo do Jake Bass?

— Quase.

— Fala logo.

— Vou contar a história toda. Foi assim, lá estava eu de boa procurando alguma coisa legal no twitter, até aí nada de novo, então procurando nas profundezas dessa rede social magnífica encontrei um GIF muito bom, vou te mandar, olha aí.

Alterei para o viva voz e fui checar a notificação de marcação. Ela levava diretamente para o tal GIF, quando abriu fiquei boquiaberto.

— Nem vou perguntar onde exatamente achou isso.

Aquilo era praticamente um pornô. Dois homens se beijavam num sofá. O rosto de ambos não era visível, mas a cena em si era bastante erótica.

— É melhor mesmo. De qualquer jeito fui olhar os comentários, em um deles uma menina dava o link do vídeo completo. Como não sou besta nem nada fui dar uma olhada e acabei descobrindo que um dos caras, esse que estava por cima, tinha um site só dele, enfim eu fui no tal site e olhei alguns vídeos. Eis aqui a bomba, em um deles o rosto dele aparece. Agora imagine, você feliz da vida na frente do computador, vendo uns pornôs e se masturbando então na hora mais crucial nota que conhece o ator. Quase broxei. Mentira, foi melhor ainda quando vi quem era.— aquele infeliz começou a ter um ataque de riso.

— Mas que porra, Niall, diz logo quem é!

— Não vai nem tentar adivinhar?

— Fala logo, caralho!— gritei.

— Com quem está falando, Louis?— minha mãe gritou

— É o Niall, mãe!— berrei de volta, esperando que ela não viesse checar.

— Sua mãe está aí? Oi tia, te amo!

— Deixa de ser falsa, ela nem está te ouvindo.

— Rude. Parece que nem quer saber quem é o ator pornô que estuda na nossa escola.

— Ele estuda na nossa escola!?— não vou mentir, o primeiro nome que me veio a mente foi o do cacheado. Olhei o maldito GIF de novo tentando saber se aquele poderia ser ele. Minha mente se dividia entre incredulidade pela chance de ter meu desejo concedido e pelo o que aquilo poderia significar.

— Yep.

— Quem é!? — curiosidade é coisa de louco.

— Quer mesmo saber?— ouvi sua risada no fundo.

— Quero!— ele estava adorando isso.

— De verdade?

— Sim!

— Te falo segunda na escola.

— NÃO! Me fala logo pelo amor de Deus, eu tô morrendo aqui.— choramiguei.

— Só porque pediu direitinho. É o Liam Payne.

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*A referência é a ao filme Orações para Bobby quem não viu, recomendo muito, é lindo 💕
Até a próxima semana 😉