Styles

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Hey minna! Gente eu simplesmente adoro esse capítulo, ele é muito amorzinho, enfim espero que gostem 💕

-x-

— Você tem um cheiro intrigante. — foi a primeira coisa que Liam me disse assim que se sentou ao meu lado.

— Obrigado?

— Tem cheiro de sexo, mas ao mesmo tempo virgindade. É algum tipo de pervertido? Deixa as pessoas gozarem no seu corpo porém não faz sexo?

— O que? — meu queixo foi no chão e voltou.

O que diabos tem de errado com os alunos dessa escola?

— Sofre algum tipo de abuso? É isso?— ele deu uma cheirada no ar. — Espera um segundo, você não é humano!

— Professora, o aluno novo está me incomodando.

— Senhor Payne, por favor não atrapalhe seu colega.

— Vai tomar um café. — todos viraram para Liam e a coisa mais inacreditável não foi ele ter dado uma ordem para a professora, não, claro que não, ela tinha que obedecer para tudo ficar mais estranho ainda. — Voltando ao assunto, paramos na parte que você não é humano.

— Não. Não. Não. Me recuso a continuar fazendo parte dessa palhaçada. — levantei. — Cansei.

— Louis, volta aqui.— Liam se levantou também.

— Eu disse não! Cansei, eu tô cansado entendeu? Cansado!

— Vou descobrir, pode esperar que vou.

— Fica bem longe de mim!

Em uma outra encarnação eu era Hitler, tenho certeza. Com a professora fora da sala andar pelos corredores não era um problema.

— Lou, preciso falar com você.

— Não.

A última pessoa que eu queria vê apareceu, essa mesma que me ignora sempre e do nada vem falar comigo como se nada tivesse acontecido.

— Por favor, prometo que é rápido.

— Para de me seguir, caralho! — falei apressando o passo.

— Mas...

— Eu disse não, Harry! Não quero falar nada com você.

A criatura continuou me seguindo, pensei em despista-lo entrando no banheiro masculino, mas o tapado aqui esqueceu que ele podia entrar também.

— Que porra, o que quer agora?

Eu estava nervoso, a ponto de chorar, meu coração batia descontroladamente e não conseguia formular um pensamento coerente. Tudo isso era demais, coisas demais, calor demais, proximidade demais, loucura demais.

— Conversar com você, entender o que está acontecendo. — ele pegou minha mão, seus olhos brilhavam em confusão.

— Isso vai ser difícil. Ultimamente não entendo nada. — respirei fundo, apertei sua mão. Nossas palmas estavam suadas e ele tremia um pouco.

— Eu só... não consigo acompanhar.— suspirou. — Tem momentos que eu sou eu e você é você então é tudo muito fácil, mas quando penso que as coisas vão se resolver aparecem várias pessoas e é tão difícil.

— Harry, não entendi nada do que você falou.

— Não quero machucar ninguém.

— Me explica com calma. Quem foi que você machucou?

— Todo mundo. A culpa é minha. — seu tremor diminuiu e ele largou minhas mãos. — Desculpe, Louis. Eu gosto de você, realmente gosto, mas não posso fazer isso. — o cacheado fez menção de saí.

Fúria me preencheu.

— Agora você vai me ouvir. — ele parou. — Olha no meu rosto.

— Louis...

— Eu disse para olhar! —  ele obdeceu. — Não fui eu quem foi atrás de você.

— Eu sei, a culpa é...

— Calado. Eu não te escolhi para ser meu parceiro, não escolhi deixar você vê o que viu naquele dia no meu quarto, não te mostrei meu celular cheio de nudes e não fui atrás de você nos outros dias. A única coisa que escolhi foi te beijar e se quer saber eu não me arrependo, meu erro foi deixar você ir embora naquele dia sem uns bons tapas. Se quiser continuar nessa de "sou hétero" beleza, não julgo. Se quiser dar uns amassos sem toda essa frescura, beleza também, estamos aí para isso. Agora se vai continuar nessa maldita indecisão é melhor procurar outro, não vem com essa de "gosto de você", quem gosta não faz esse merda toda.

— Eu vou acabar te machucando.

— Já está fazendo isso agindo desse jeito.

— Você não entende.

— Não, Harry, quem não entende é você. — falei me aproximando. — Se nós dois queremos que mal pode acontecer? — ele respirou fundo.

— Vou te mostrar. — puxou meu queixo e juntou nossos lábios, no segundo que nossas línguas se tocaram a lâmpada perto de mim quebrou, seus estilhaços fizeram três cortes do meu braço direito. — Isso é o que pode acontecer. — olhou para o sangue escorrendo. — Realmente sinto muito, Louis.

E ele se foi. Sem nenhuma explicação decente. Peguei um punhado de papel e pressionei no meu braço, chiando um pouco com a dor e correndo para fora do banheiro.

— Isso não prova nada! — berrei para as costas do de olhos verdes.

— Não seja teimoso, isso prova tudo.

— Aquilo pode ter sido somente uma coincidência.

— Eu sou amaldiçoado. O que eu tenho que fazer para você acreditar?

Me aproximei e o puxei para baixo
unindo nossas bocas. Imediatamente a porta do armário abriu e bateu na minha cabeça.

— Mas que porra. — massageie o local com a mão que não estava ocupada.

— Convencido?

— Nunca. Esse negócio de amaldiçoado não existe. — o arrastei para fora do alcance dos armários e tentei de novo, dessa vez foram quinze segundos inteiros até que do nada uma bola de futebol americano quebrou a janela me acertou em cheio.

Depois disso mais foram cinco tentativas, o recorde foi trinta segundos.

— Você vai acabar se matando desse jeito. — Harry disse.

Depois da terceira pancada na cabeça estávamos na enfermaria.

— Não vou desistir. Se aquele drama todo foi só por causa disso vou arranjar um jeito de anular esse negócio de maldição. A gente vai dançar em algum terreiro, jogar sal grosso nas costas, tomar banho com água benta ou seja lá o que for preciso.

O cacheado riu.

— Só você mesmo para fazer graça nesse momento.

— Estou falando sério. Quando você começou com aquela coisa de "gosto de você, mas não podemos ficar juntos, vou te machucar." eu já te imaginei como uma espécie de bipolar maníaco que saí matando todo mundo. Ainda bem que é só uma maldição, você nunca matou ninguém, né? — o rosto de Harry ficou sério. — Puta que pariu você matou?— me alarmei

O mais alto explodiu em uma gargalhada.

— Você tinha que vê sua cara!

— Não tem graça! Não brinque com esse tipo de coisa! — esmurei seu peitoral.

— Admita que foi engraçado, sua expressão não teve preço. —  ele segurou meus pulsos. — Estou muito feliz.— suas covinhas apareceram. — Realmente você é uma figura.— depositou um beijo na minha testa.

E apesar dos pedaços que perdi com todos os acidentes, me senti completo.

Incubus L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora