Where?

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- Eu. - Respondeu em um tom fraco.

- Vem, eu vou te levar, Suga. - O peguei colocando seu braço envolta do meu ombro.

- Não precisa, eu sempre me viro sozinho. - Disse tentando se livrar.

- Não, você vem. - Digo o puxando. Coloco ele no banco de trás para poder ficar deitado. Sigo até minha casa e entro junto com Suga.

- Por que me trouxe na sua casa? - Pergunta tentando abrir os seus olhos.

- Porque eu não sei onde é sua casa. - Falei em um tom meio óbvio. 

- É verdade. - Dou uma risada e o coloco no sofá. 

- Agora me diz o que aconteceu com você? - Pergunto indo pegar minha caixa com alguns medicamentos para cuidar desse tipo de machucado.

- Ah... bom... err... eu... estava andando até que dois caras vieram tentar me... assaltar e eu tentei lutar com eles, mas eles estavam armados e... me balearam. - Respondeu gaguejando muito, até demais.

- Sei... - Sabia que ele estava mentindo mas decidi deixar para lá. Fui até ele com a caixa para poder cuidar dos ferimentos.

- Como você pode ter tudo isso? - Perguntou me olhando quando viu tudo aquilo.

- Minha mãe era médica, então eu peguei dela. - Menti, pois usava quando levava algum tiro.

- Ah, entendi. - Falou olhando o que estava fazendo.

- Bom, pelo o que eu vejo esses tiros não foram muito longes e esses machucados não são tão ruins. - Peguei uma anestesia e lhe dei para não sentir tanta dor quando eu for tirar as balas.

- Como você sabe de tudo isso só de olhar? - Pergunta desconfiado.

- Oh, eu via minha mãe fazendo. - Menti mais uma vez.
Peguei uma tesoura meio curva para tirar as balas, percebi que ele fez uma cara de quem sentia um pouco de dor. - Está doendo?

- Só um pouco, já senti mais dor que isso. - Me encarou.

- Entendo. - Acabei de tirar as balas de seu corpo e me levantei para tirar a jaqueta já que estava com calor.

- O que é isso, Alice? - Disse apontando para a cicatriz em minha barriga, causada por um facada que levei.

- Cirurgia. - Olhei em seus olhos.

- É uma cicatriz bem grande, não acha? - Ficou a encarando.

- Sim demais, os médicos tiveram que abrir mais um pouco. - Respondi e ele não disse mais nada. Terminei de fazer os curativos e de limpar o sangue dele, e guardei minhas coisas.

Sinto que ele estava me encarando muito, até que o mesmo se levanta vindo em minha direção e me abraça por trás. Não estava acostumada com esse tipo de ato.

- Por que isso? - Digo com ele ainda me abraçando.

- Por ter cuidado de mim. -  Coloca sua cabeça na curva do meu pescoço e sinto ele sorrir. Eu estava gostando, estava me sentindo confortável diante aquele abraço. Mas eu não podia.

- Ok, ok, você dorme aqui hoje. - Desfaço seu abraço.

- Não, eu vou para minha casa. - Diz indo em direção a porta mancando.

- Você não vai. - O puxei pelo braço fazendo ele ficar em minha frente.

- Mandona você. - Encara meus olhos e depois minha boca.

- Faz parte. - Digo fazendo o mesmo gesto que ele. Estávamos muito próximos e ele foi se aproximando cada vez mais. Por um momento eu achei que iria me render, mas não, minha consciência não deixou. Desviei de seu beijo.

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