Uma Banda em Hollywood [18+] REVISÃO

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Quando chegamos ao restaurante Elle's Travia, o ar estava carregado com o aroma delicioso de pratos sofisticados. O ambiente era elegante, com uma decoração clássica que exalava luxo e sofisticação. Segurei a mão da Lori enquanto entrávamos, meu vestido de cetim branco balançando suavemente a cada passo.

Minha mãe, Moira, estava sentada em uma mesa próxima à janela, conversando animadamente com um homem de cabelos grisalhos que exalava poder e confiança. Ao lado dele, um garoto de terno totalmente preto, aparentando ter minha idade, estava sentado. Meu coração deu um salto quando percebi quem era. Holt O'Connor, o vocalista e guitarrista dos SIDES, estava ali, com um sorriso malicioso no rosto.

— Vamos, Lori. — disse, tentando manter a compostura enquanto nos aproximávamos da mesa.

Minha mãe nos avistou e acenou, um sorriso iluminando seu rosto. 

— Speedy! Lori! Que bom que chegaram.

— Oi, mãe. — respondi, tentando esconder o nervosismo. — Oi.

O homem grisalho se levantou e estendeu a mão.

— Olá, sou Robert O'Connor. É um prazer conhecê-las.

Apertei sua mão, sentindo a firmeza e a confiança em seu aperto.

— O prazer é nosso, Sr. O'Connor.

— Por favor, me chame de Rob, e este é meu filho, Holt. — ele disse sorrindo, indicando o garoto de terno.

Holt se levantou, seu sorriso se ampliando enquanto olhava para mim. Malditos olhos azuis.

— Prazer em conhecer você, Pandora. - ele pegou minha mão com delicadeza e depositou um beijo singelo nela.

— O prazer é todo meu. — respondi secamente, tentando disfarçar minha irritação e nervosismo. Tudo bem que ele era um cara mala, mas caralho, que garoto bonito da porra!

Nos sentamos, e Holt não perdeu tempo em iniciar uma conversa.

 — Então, Speedy, você é uma grande fã de carros, certo? Já ouvi falar sobre suas habilidades ao volante. Sua mãe falou muito disso.

— É, eu gosto de dirigir. — respondi, tentando manter a conversa curta e meu nervosismo quieto dentro de mim. Ele estava me provocando e causando coisas que eu não queria sentir por ele.

— Deve ser incrível ter essa liberdade. Aposto que você deve fazer sucesso nas corridas ilegais, hein? — ele disse, com um tom provocativo olhando diretamente para mim.

— Eu não corro ilegalmente. — retruquei, sentindo a irritação crescer. — Prefiro manter minhas habilidades em lugares seguros.

— Claro, claro. — ele disse, levantando as mãos em sinal de rendição. — Só estava brincando. - sorriu de lado.

Durante o almoço, Holt continuou com suas cantadas e comentários provocativos, deixando-me desconfortável em relação ao que estava me causando: estava nervosa e mexia minhas mãos, pois onde ele deixou seu beijo continuava formigar. Ele tinha um jeito de se inclinar para mais perto enquanto falava, seu perfume caro que exalava toda sua masculinidade enchendo o ar entre nós. Era um ar de perigoso, e o efeito que ele causava em mim me irritava demais, eu juntava minhas pernas tentando aliviar a tensão entre elas. Merda!

— Sabe, Pandora, você fica ainda mais bonita quando está irritada. — ele sussurrou perto do meu lóbulo, o calor de seu sussurro estava próximo demais, fazendo meu sangue ferver e causar arrepios. Ele sabia que estava me provocando, sabia que eu estava nervosa e brava por sentir isso, eu sabia exatamente o que ele estava fazendo comigo.

— E você fica ainda mais irritante quando fala. — retruquei, tentando manter meu tom calmo.

Minha mãe e Rob pareciam alheios à tensão entre nós, conversando animadamente sobre negócios e projetos futuros. Lori, por outro lado, parecia encantada com a atenção que estávamos recebendo.

— Speedy, você viu os carros na entrada? São incríveis! — Lori exclamou, tentando mudar o foco da conversa.

— Sim, Lori. São realmente impressionantes. — respondi, agradecendo pela distração.

Holt aproveitou a deixa para se inclinar ainda mais perto. 

— Que tal darmos uma volta depois? Eu adoraria que você me contasse mais sobre tudo. - olhou profundamente com aqueles olhos azuis, eu podia me afundar nele de tão profundo que era seu olhar.

— Prefiro andar sozinha, obrigada. — disse, tentando manter a distância e a calma.

Ele riu, claramente se divertindo com meu desconforto: 

— Você é dura na queda, Speedy. Gosto disso. - sorriu maliciosamente. - Tenho certeza que vamos nos divertir muito.

O almoço parecia se arrastar enquanto Holt continuava com seus comentários. Cada sorriso e palavra provocativa aumentavam minha irritação e nervosismo perto dele, mas eu me mantive firme, não querendo dar a ele a satisfação de uma reação maior.

Finalmente, minha mãe se levantou, sinalizando que o almoço estava chegando ao fim. 

— Foi um prazer, Robert. Precisamos fazer isso novamente em breve. Holt terá um futuro promissor em minha gravadora com os meninos, pode ter certeza!

— Com certeza, Moira. — ele respondeu, apertando a mão dela.

Enquanto nos despedíamos, Holt se aproximou uma última vez. 

— Espero ver você em breve, Speedy. - ele segurou minha mão e sussurrou próximo à minha orelha. - Talvez da próxima vez você me dê uma chance. - e depositou um beijo atrás do meu lóbulo, me causando mais arrepios.

Olhei para ele, tentando manter minha expressão neutra. 

— Não conte com isso. - eu respondi, e ele levantou um sorriso desafiador. 

Você quer jogar esse jogo, Holt? Saiba que eu sou tão jogadora quanto você!

Saímos do restaurante, e eu soltei um suspiro de alívio. Lori, sempre perceptiva, olhou para mim com curiosidade.

— Você não gostou dele, não é? — ela perguntou rindo.

— Ele é insuportável. — respondi, olhando para trás uma última vez antes de nos afastarmos. — Mas não vamos deixar que ele estrague nosso dia, certo?

Lori apenas riu em diversão o quanto o garoto tinha me afetado. Isso já era demais.

Enquanto caminhávamos de volta para o carro, prometi a mim mesma que não deixaria Holt O'Connor me abalar novamente. Mas uma parte de mim sabia que ele não desistiria tão facilmente, e que talvez, mas só talvez: eu iria me foder no final.