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Acordei no meio da noite, sem conseguir mais dormir. Minhas últimas semanas na mansão de Pandora e sua família tinham sido intensas, e meus pensamentos estavam dominados por ela. Speedy. Mesmo o apelido me fazia sorrir. Ela era linda, especialmente quando estava brava. Havia algo na maneira como seus olhos brilhavam e suas bochechas coravam que me deixava hipnotizado. Provocá-la era um prazer que eu não conseguia evitar.

Desci para a sala e me sentei ao piano, deixando meus dedos correrem pelas teclas. As notas suaves preenchiam o silêncio da madrugada, e minha mente vagava de volta para Speedy. Tão doce, tão apetitosa. Qual seria o sabor dela? Queria provar a ela que podia ser mais do que apenas o cara irritante que vivia a provocando. Precisava encontrar uma maneira de mostrar a ela o quanto ela me provocava, mesmo que ainda estivesse tentando descobrir isso.

Toquei o piano até por volta das 5:30 da manhã, quando ouvi o alarme de Speedy tocar do quarto dela. Sabia que ela teria aula hoje, assim como eu, então voltei silenciosamente para meu quarto, tomai uma ducha vaporosa, pensando que Speedy ia sumir da minha mente. Grande erro, só de pensar nas bochechas coradas dela, fiquei duro e eu precisava me aliviar.

Quando terminei de me arrumar, eu coloquei uma calça preta, uma camiseta branca e uma jaqueta preta, junto com um coturno preto. Hoje estava frio, meu clima favorito. Desci para a sala de jantar, e a mesa do café da manhã já estava exposta. Moira estava na ponta como de costume, e Lori ao seu lado. Para variar, Speedy desceu pouco tempo depois que me sentei:

- Bom dia, raio de sol! - falei. Ela estava com uma carranca e assim que olhei para ela, ela corou. Merda. Já não bastava no banho e agora aqui? Eu estava me sentindo um moleque de 14 anos sem controle nenhum. 

- Bom dia meus amores, e mala. - ela disse para nós. Mordi internamente minha bochecha controlando minhas palavras. Vai ter volta Babydoll.

Ela se sentou ao outro lado da mãe, ficando de frente com Lori. Fiquei curioso sobre a moto coberta por uma lona preta na garagem, que eu notara alguns dias antes. Durante o café da manhã, finalmente perguntei sobre ela:

— Speedy, de quem é aquela moto na garagem? — perguntei casualmente, enquanto mordi um pedaço do enorme sanduíche à minha frente.

Ela hesitou por um momento antes de responder, seus olhos ganhando um brilho nostálgico.

— Era do meu pai. Ele costumava me levar para passear. Mas a moto está quebrada agora. - ela respondeu.

- Filha, você deveria vendê-la ou usá-la, a moto não pode ficar parada. - Moira interveio. - Sei que ele deixou para você, mas você tem que fazer algo em relação a isso. - ela deu um pequeno aperto na mão da Speedy.

- É só que... Toda vez que eu olho para a moto lembro do papai. - respondeu. - Eu lembro do acidente. Eu quero ficar com ela pelas lembranças boas, mas toda vez que eu vejo a moto, lembro dela toda destruída após o acidente.

Enquanto Speedy falava, eu decidi internamente que iria consertar a moto. Seria um presente de surpresa para ela, algo que poderia fazê-la sorrir e quem sabe esquecer o acidente criando memórias novas sobre. Decidi que iria comprar as peças e trabalhar nela de madrugada.

O dia passou rápido. Após o almoço, Speedy teve treino de líder de torcida e eu, Oliver e Logan tivemos treino de rugby. Damon apareceu de repente e isso me causou arrepios pela Speedy, com sua habitual hostilidade, trouxe um clima tenso. Ele se aproximou com um sorriso cínico, claramente com intenções de causar problemas:

- O que faz aqui? - perguntei olhando friamente para ele.

— Estou matriculado aqui. — disse ele, suas palavras carregadas de veneno. - Eu adoraria ficar perto daquela garota... - falou num sussurro perto do meu ouvido, eu travei meu maxilar e fechei meu punho. - Eu quero saber que som que ela faz quando meu pau ficar enterrado na bocetinha dela. 

Uma Banda em Hollywood [18+] REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora