Predadores

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*Marie*

Eu atirei. Não sei dizer se esse cara é ou não é humano ou se eu já perdi muito sangue e estou alucinando, mas ele com certeza desviou da bala, pulou em cima de mim nos fazendo cair e jogou minha arma para fora da casa. Colocou suas mãos grande e fortes a apertar fortemente meu pescoço. Vi o meu fim naquele momento, mas eu não vou deixar ele matar minha criança, olhei para o lado e vi a bola de cristal saindo da bolsa. Olhei para ela e tentei foca-la.

-V-ve..nha .. -sussurrei e ela veio com toda força acertando a cabeça dele o fazendo sair de cima de mim. Tentei me levantar mas não deu muito certo, me faltava sangue e oxigênio.

Olhei para os lados ofegante e consegui me sentar enquanto ele se levantava. E lembrei de uma coisa:

-LIBER -gritei, levantei a mão e como esperado o livro saiu do porão e veio parar na aqui.

Ele se levantou e veio em minha direção novamente, abri o livro e em qualquer página tentei ler um feitiço.

- IMPULSĀRE -gritei e ele foi jogado para fora da casa e bateu em uma árvore -Jully, saia daí -ao falar isso ela saiu do porão e veio para o meu lado, da memória puxei mais um feitiço - RADIX -a raiz da árvore saiu e o prendeu, puxei a arma que ela havia levado e mirei nele.

-Marie você não é uma assassina! -disse a Jully segurando meu braço e com os olhos marejados.

-Droga Jully! Saia pelos fundos agora -e antes que ela negasse -
IMPULSĀRE - a joguei para fora da casa pelos fundos.

Minhas mãos estavam trêmulas e eu suava muito. Me coloquei de pé com dificuldades e mirei nele, mas a porcaria da minha visão não estava funcionando bem então ao atirar provavelmente devo ter acertado sua perna e braço, talvez algum lugar do tronco não sei bem. Fui quase me arrastando para fora da casa e a Jully me ajudou a andar.

Dei velocidade a nós duas e saímos rapidamente da floresta, entramos no carro e ela seguiu para o hospital. Já estou começando a considerar este local minha segunda casa.

-Marie você está pálida de mais e o que inferno está rolando com suas unhas? -ela perguntou preocupada enquanto olhava para minhas mãos -E o que era aquele cara, isso foi uma loucura só.

-Nada de mais... Jully... nada de mais...

*Jeff*

O que foi que aconteceu aqui? Por que estou preso em uma árvore e por que estou sentindo tanta dor?

"Patético, qual o problema em matar aquela mulher?"

"Fraco"

Cale a boca, eu sei, sou patético. Por que matar esta garota esta tão complicado? Por que ela se apega tanto a vida? Outras pessoas já teriam desistido.

Apanhei, tomei dois tiros, fui arremessado e amarrado, tudo isso por uma garota ferida e debilitada. Será que eu estou ficando fraco ou imbecil com o tempo? São tantas perguntas na minha mente que nem sei organiza-las, mas mesmo sobre tudo isso ainda estou tremendo e não sei se é por ódio ou pelo desejo de mata-la que esta cada vez maior.

Depois de algumas tentativas de me soltar, finalmente consegui. Tente estancar o sangramento e fui para casa.

***

Uns três dias se passaram e eu voltei a frequentar o bar e vi que ela já estava trabalhando.

-Whisky -falei ao me sentar -Você se machucou? -perguntei apontando para o braço dela que estava enfaixado, mas é claro que eu sabia a resposta mas para meu jogo da certo eu tenho que me sair bem.

-Sou uma garota levada sabe -ela sorriu fraco e serviu meu whisky.

-Você não deveria ser imprudente sabe -digo levando o copo a boca.

-Realmente, para alguém que carrega uma outra vida dentro de si, sou bem imprudente -ela falou passando a mão sobre o ventre, caraca, agora faz sentido, ela está grávida! Isso não poderia estar melhor.

-Você esta gravida? -perguntei apenas para confirmar e me fazer de trouxa.

-Estou, vou fazer quatro meses -que maravilha a garota esta gravida, mata-la será incrível e prazeroso duas vezes mais, haha isso será muito bom mesmo.

-Hum, entendo -daqui em diante fiquei em silêncio apenas bebendo e ela trabalhando.

*Marie*

Fui trabalhar e o homem estranho estava lá, hoje ele falou bem mais e estou me sentindo muito apreensiva, isso esta me cheirando a problemas esse homem é estranho de mais. Antes de ir para casa o chefe me parou.

-Marie, me desculpe, mas nosso bar irá trabalhar na grande festa de halloween da cidade, você poderia trabalhar neste dia? -ele sabia que era um dia importante para mim, por isso estava tão preocupado em me pedir.

-Mas é claro chefe. Este ano eu não irei viajar no Halloween -disse sorrindo, me despedi e fui embora.

O halloween nesta cidade é bastante levado a sério e todos aqui respeitam esta data e a cidade faz uma grande festa onde vários bares e lojas trabalham juntos. Eu geralmente nesta data sempre vou para Nova Orleans ver a minha mãe que se mudou para lá, mas este ano eu não irei por conta da gravidez e ela virá até aqui. Particularmente me sinto bastante mal ao pensar nesta festa pois sinto que aquele homem com certeza estará por lá e provavelmente irá atar muita gente. Ele não deixaria algo tão grande passar em branco e se ele souber que eu estarei lá, com certeza ele também vai.

Fui andando para casa e no meio do caminho comecei a escutar passos, mas não eram de homens. Eram saltos. Saltos altos e que faziam muito barulho ao bater ao chão. Me virei e não vi ninguém, continuei a andar, no entanto os passos não paravam. Me virei novamente e desta vez eu vi: era a Alice, ela sangrava muito e me olhava com ódio.

"Era para ser você"
"Você! Você! Você!"

Ela praticamente gritava em um barulho ensurdecedor. Coloquei a mão na cabeça para interceptar a dor e som, mas foi em vão.

"Você me tirou tudo, tudo, tudo, tudo, TUDO!"

Ela veio em minha direção e uma dor incondicional tomou minha cabeça entre os meus olhos.

"Eu irei, me ... vingar"

*

*******

Olá pessoal, neste capítulo eu usei algumas palavras em latim, como eu não sei falar em latim se tiver algum erro me avisem por favor.

Tradução:

LIBER - Livro
IMPULSĀRE - Empurrar
RADIX - Raiz

O peso do destino - [Jeff The Killer] (Concluído/Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora