VI- A fúria da maga

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*Nicole*

Pelo meu corpo, uma espécie de corrente elétrica se fez presente, como essa mulher poderia me fazer usar poder? Já que não tenho o dom da crença, como posso usa-lo?

-Nicole, olhe para mim -eu a encarei de frente e do nada o local mudou. Estávamos em uma praça e nela tinha muito sangue, olhei para minha frente e notei um corpo completamente desmembrado e senti que iria vomitar, quando Samantha entrou no meu campo de visão me impedindo de continuar a ver aquilo -Se você não acreditar que pode, esse será seu destino.

-Ele não faria isso -disse tentando me enganar e Samantha caiu na gargalhada.

-Ele faria pior com você -ela respirou um pouco e logo voltou a ficar séria -Agora você vai ter que desfazer este espaço que criei.

-Oi? Como assim? Não sei mover nem uma pedrinha imagina desfazer este espaço que eu nem sei se realmente existe! -disse, mas voltei a ficar com medo por conta do olhar que ela me lançou.

-Para de latir e só faz! Ou se não, quem vai lhe pegar sou eu e não o Jeffrey! -ela gritou e acho que fiquei mais com medo dela do que do meu pai.

-Certo! Mas como eu faço isso? - perguntei tentando parecer ser forte.

-Você precisa fazer com que sua magia se coloque sobre a barreira e a desmanche -ela disse como a expressão de como se fosse óbvio -Entendeu?

- Sim! -falei rapidamente, mas na verdade queria dizer não. Ela me olhou com desdenho.

-Então faça!

*Marie*

Se passaram duas horas e nada da Nicole reagir me deixando ainda mais aflita. Quando de repente ela abriu os olhos e a Alba gritou irritada:

-GAROTA INÚTIL!! -ela correu na direção da Nicole e o tal do Riin apareceu do nada a segurando.

-Alba! Já chega! -ele disse tentando conte-la.

-Eu não suporto gente sonsa! Me deixa acerta-la, não quero vê-la  -ele a virou pra frente dele e fez algo realmente estranho: mordeu-lhe o pescoço e no mesmo momento ela desmaiou em seus braços.

-Nicole, o que aconteceu para que ela ficasse tão irritada? -ele perguntou e ela pareceu sentir medo. Na verdade até eu fiquei com medo deste olhar.

-Ela queria que eu desfizesse algo, mas eu não consegui, então ela resolveu me ensinar coisas básicas e eu até estava indo bem. Só que do nada ela fez uma expressão triste misturada com raiva e acho que ódio também -fui até ela que se explicava de forma muito nervosa. Me sentei ao seu lado, afaguei seu cabelo e uma lágrima escorreu em seu rosto pálido.

-Se ela é louca não culpe minha filha! -disse por impulso, meu deus o que estou falando. Ela salvou nossas vidas, eu não possuo o direito de ficar irritada, mas ela também não tem o direito de fazer o que quiser com a minha filha.

-Escute aqui, eu não tenho nada haver com vocês e muito menos quero ter. Só que o fato da Samantha querer bater em alguém mais fraco que ela não pode ser algo normal, estarei à levando daqui -o que foi que aconteceu? Por que ele está assim? O que eu fiz com nossa principal ajuda?

Ele colocou Alba no colo e como um passe de mágica simplesmente sumiu. Voltei olhar para Nicole que agora que acalmará.

-Minha filha, esta tudo bem? -perguntei a levantando da lama espessa do chão.

-Sim...

-Aprendeu algo? -ela afirmou com a cabeça e olhou para uma árvore à nossa frente e de repente ela explodiu, estendi minha mão invocando uma barreira impedindo que as lascas de madeira nos acertasse. Céus! O que demônios Alba estava ensinando a minha filha? Isso não era magia branca e muito menos magia negra, é pura destruição. Só conceito sem controle -Nicole... o que ela disse quando lhe ensinou isto?

-Que alguém como eu não preciso de dons. Tudo que precisa é de destruição -maldita Alba, ela sabe que isso é proibido, e que o certo seria lhe dar os conceitos básicos de magia.

-Droga Alba...

***

No dia seguinte nos programamos para ir a cidade. Alba não retornou então tomamos o dobro de cuidado.

A cidade estava muito estranha, haviam cochichos e olhares assustados por todos os lados. Sei que aqui nunca foi lá movimentado, mas isso já é exagero. Será que ele já atacou?

Será? Será nada, esse filho da mãe já atacou sim, o quão burra posso ser? Ele não para.

Compramos algumas coisas, e ao voltamos meu coração se encheu de felicidade e alegria. Vi o rosto meigo e gentil de Jully, em seus braços ela carregava um lindo bebê.

-Jully! -a chamei sem pensar, ela se virou completamente para mim e sorriu largo.

-Não acredito nisso... Marie -lágrimas tomaram seus olhos, ela se aproximou entregando o bebê a sua mãe que estava ao seu lado e me abraçou -Você esta viva!

-Jully! -a felicidade de ver minha amiga de tantos anos era tamanha que as palavras não me vinha.

-Como é possível? -ela separou o abraço ainda segurando meus braços -Espera, é a Marie, nada é impossível para você.

-Desta vez nem eu entendo -rimos juntas e ela se virou para Nicole.

-Meu Deus, da última vez que ti vi, você era tão pequena, e olha só: você é a copia perfeita da sua mãe -a Nicole parecia não entender nada -Você nem deve saber quem eu sou, desculpe, me chamo Julia Miller, eu e sua mãe somos grandes amigas.

-Nicole Wo -ela se interrompeu e olhou para mim confusa -Eu...

-Nicole Walker Bien, este é seu verdadeiro nome - mas não posso acreditar que ele  deu a ela o verdadeiro nome dele... estranho.

- Então foi realmente, você sabe quem, que sequestrou você? –Jully perguntou aflita.

-Se estivermos falando do Jeffrey, sim foi ele, mas se estivermos falando do Lorde das Trevas, aí eu não sei -disse e tanto a Jully quanto a Nicole riram.

-É tão bom que esteja de volta -Jully disse.

-Mas por quanto tempo esse "volta" irá durar -me virei para ver quem tinha dito isso e me deparei com o armário cão de guarda da Alba, estranhei o fato...


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Meu deus, você são maravilhosos ♡ queria agradecer do fundo do meu coração os 3K de leituras, obrigada por estarem acompanhando este meu humilde trabalho
♡ Amo vocês

O peso do destino - [Jeff The Killer] (Concluído/Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora