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*Marie*

Acordei no galpão do meu sonho da noite anterior, tudo estava bem escuro e havia sangue por tudo que é lado, em todos os cantos e todas as paredes. Vozes desesperadas que gritavam de dor e horror se misturavam a uma música cantarolada por um homem. Imediatamente Arrepiei.

"Me ajude por favor"
"Desculpe"
"Me deixe ir"
"Não faça isso"
"Socorro"

As vozes enchiam minha cabeça e me deixavam tonta até perceber que o homem mascarado apareceu no canto do galpão e começou andar em minha direção, ele arrastava um grande machado encharcado de sangue fresco que escorria deixando um rastro horripilante e cantarolava uma música macabra. Tentei fugir, mas estava presa ao chão sem conseguir me mover. Ele já estava próximo, mas ao longe escutei uma voz me chamar.

"Marie"

Olhei para o lado e vi que era Nicolas, ele estava com sangue escorrendo por várias partes do corpo, seu olhar era triste e ele tentava me falar algo para mim e eu não conseguia escutar nada.

Quando o homem estava perto o suficiente para a música estar insuportável e alta. Acordei desesperada no quarto familiar do hospital geral da cidade.

-Marie? - escutei a enfermeira Jully me chamar. Ela é uma antiga amiga de infância, um ano mais velha do que eu.

-Jully? - Coloquei a mão na cabeça para tentar aliviar a dor -A criança esta bem? Aconteceu algo? -perguntei em tom de desespero.

-Calma, não sabemos o motivo de seu desmaio nem do seu sangramento, mas tudo indica que esta tudo certo com a criança -disse ela tentando me acalmar.

-Jully, você pode pegar o baralho de tarot que esta na minha bolsa? -apontei para o lado, ela se levantou e o trouxe para mim -Obrigada...

-Achei que você tinha parado de usar seus dons... -disse ela.

-Eu tinha, mas depois da morte de Nicolas ando fazendo algumas coisas -embaralhei e tirei três cartas, não gosto muito disto mas é sempre certo quando faço.

Virei uma por uma por uma, mesmo que eu já soubesse o que iria vir, por que não tentar?

Primeira.


-É até irônico. Mas que carta em? -falei olhando para a carta da Lua.

Segunda.

-Certo, agora isso está ficando cada vez melhor -a linda carta do enforcado, realmente bem prevista

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-Certo, agora isso está ficando cada vez melhor -a linda carta do enforcado, realmente bem prevista.

Terceira e última, mas eu já sei.

Terceira e última, mas eu já sei

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-Diabo... -isto mesmo, eu sei bem, mas ainda assim me assusta.

-Marie? O que isto significa? -Jully perguntou.

-Que eu estou ferrada Jully, se eu não pega-lo, ele me pegará, mas eu não me entregarei a ele de jeito nenhum -falei arrumando as cartas e as colocando na bolsa.

-Ele quem Marie? - ela me olhava com preocupação.

-O homem que comprou briga com uma bruxa, e principalmente uma mulher que será mãe -disse com um sorriso estranho que provavelmente a assustou pela cara que fez.

***

Depois de alguns dias, fui liberada do hospital. Mesmo que eles não entendessem o que se passava, preferiram me manter sobre observação.

Fui para casa e me preparei para voltar a trabalhar, preciso conversar com o chefe.

Quando cheguei no bar vi aquele homem estranho novamente sentado no balcão e logo fui atende-lo pois já sai pronta de casa. Como sempre, pediu whisky e ficou um bom tempo quieto, mas algo incrível aconteceu, ele falou algo que não fosse "whisky":

-Você sumiu... -sua voz era rouca e grossa ao escutar-la uma corrente de energia percorreu meu corpo me deixando paralisada por alguns segundos e minha garganta travou quando ele continuou - Soube que foi internada... - não entendi o motivo dele falar comigo, mas tenho que ser educada com meus clientes.

-Estive com alguns problemas e tive que me internar, mas não foi nada de grave -falei com um sorriso forçado tentando esconder o desconforto em minha voz.

-Entendo -ele falou levando o copo a boca.

Me virei e fui servir uma mesa cheia de homens estranhos que riam alto e me irritava. Coloquei o pedido deles em cima da mesa e sai. Pude sentir os olhares em mim, mas Já estou acostumada. Tenho certeza que hoje a noite será uma noite cheia.

***

Quando o bar fechou fui falar com o chefe e lhe pedir algo. Logo sai de lá e como imaginava, alguém me barrou, para ser mais exata três dos panacas que estavam no bar.

-Não gostaria de sair com a gente linda? -perguntou um escroto de cabelo loiro.

-Não gostaria de ir para o inferno imbecil? -o empurrei e os outros dois me seguraram.

*Jeff*

Depois que sai do bar, fiquei nas redondezas para investigar minha presa, mas percebi que foi cercada novamente. Esta mulher realmente atrai perigo o que era perfeito para colocar meu plano em ação:

Os humanos costumam serem cautelosos e desconfiados, do que não conhecem, mas quando geram confiança eles facilmente baixam sua guarda e ficam mais vulneráveis a ataques externos. E o que aconteceria se esta mulher confiasse em mim? Se tornaria menos desconfiada a minha presença e baixaria a guarda.

Mas como faze-la confiar em alguém como eu? - Simples - Pessoas costumam confiar em quem elas entendem como boas ou que costumam lhe ajudar....

O peso do destino - [Jeff The Killer] (Concluído/Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora