O peso do destino

269 29 30
                                    

*Marie*

Estou morando em Nova Orleans à  um bom tempo, ontem minha filha completou dois aninhos, não é querendo me gabar, mas ela é muito linda. Parece de mais o Nicolas em tudo praticamente, é uma criaturinha adorável, seu nome é Nicole, já dá para perceber de onde eu tirei o nome não é?

Minha vida é totalmente normal: trabalho, cuido da Nicole, da casa e a anormalidade é que sempre ando ajudando minha mãe com rituais, afinal de contas esta cidade é uma loucura em todos os ângulos sobrenaturais. Só que tudo isso não passa de uma fachada e preparação para algo: Mandar Jeffrey Woods para o inferno. Eu nunca me lembrei da noite de halloween à mais de dois anos atrás completamente, mas sei de uma coisa, ele nunca desistiu de mim e sabe que eu também nunca desisti dele. Preciso manter a Nicole segura e irei cria-la naquela cidade, por isso preciso por meu plano em prática.

Em dois dias eu, minha mãe e Nicole estaremos voltando para a cidade, pois até agora os pais do Nicolas só à viram por fotos. Como quero manter minha criaturinha linda segura, ela ficará vinte e quatro horas com a dona Melissa e sobre fortes magias de proteção.

***

Ao entrar na cidade já senti o clima mudar, varia pessoas haviam "desaparecido" nos últimos tempos e por conta do medo, varias outras saíram. Soube que até o Henry foi um dos desaparecidos. Nunca achei que pensaria isso, mas: Bom trabalho Jeffrey.

Fomos para meu apartamento que nunca vendi e nos arrumamos para ir ver o che- quer dizer, o senhor Felipe avô da Nicole. Quando chegamos lá fomos muito bem recebidas, a Nick ficou encantada e brincando com os avós por um longo tempo até adormecer e nós começamos a conversar.

-Marie, você não voltou com a idéia de se vingar, certo? -perguntou dona Eline.

-Não pense como uma vingança por favor, pense como um acerto de contas, mas não se preocupe não vim aqui para ser imprudente dessa forma. Tenho uma filha para criar -disse sorrindo,  claro que era mentira.

-Marie por favor não seja imprudente -disse o senhor Felipe.

-Sem problemas -respondi.

Ficamos conversando e até  resolvemos irmos em bora com a promessa de retornar amanhã.
Visitamos as outras pessoas pela cidade no dia seguinte e levamos a Nicole para brincar.

A noite caiu logo e eu estava de saída.

-Marie. Me deixe ir com você -disse minha mãe.

-Mãe apenas proteja a Nicole. Se acontecer algo comigo, nem pense em ir atrás dele. Só a proteja como puder -sorri e ela me abraçou -Desculpe colocar este peso sobre a senhora.

-Minha querida, o único peso que carregamos na vida é o do destino -ela falou e eu sai em rumo a floresta.

-Pois bem é a hora do show Jeffrey, quer dizer Jeff -disse me aproximando do lago para ser mais exata do pequeno píer que havia ali. Ao olhar para trás vi um vulto -A quanto tempo Jeff, saudades de mim?

-Claro que sim linda, contei os dias para termos esse maravilhoso encontro -ele disse saindo de trás da árvore.

-Então vamos nos conhecer melhor seu desgraçado -fiz com que uma grande rocha se levantasse e arremessei contra ele que desviou sem dificuldades.

-Você continua do tipo agressiva? Adoro -ele veio correndo em minha direção.

Iniciamos uma luta corporal e mais uma vez eu me via em desvantagem contra o brutamontes.

-Como sempre parece um animal mal criado -disse me defendendo de um soco e subindo no píer.

-Sabe. Sempre quis lhe perguntar uma coisa: Você é burra ou só inocente de mais? -ele perguntou também subindo no píer. Que desaforo.

-Talvez os dois -falei invocando uma magia sobre a água que a fazia  virar uma espécie de lança (em Nova Orleans me especializei em magias envolvendo água, aprendi até a curar com ela) e joguei contra ele que passou de raspão em seu braço esquerdo.

-Como sempre uma caixinha de surpresas  -ao falar partiu para cima de novo então resolvi usar as previsões, mas a velocidade em que eu recebia e a velocidade que ele atacava era totalmente desregulada e eu tive que começar a recuar -O que foi? Não consegue acompanhar? -disse ele debochado.

-IMPULSĀRE - o lancei para longe e ele se segurou na entrada do píer.

-A não querida. Eu não caio nessa novamente -mas era isso mesmo que eu queria. Foi o tempo para preparar um globo de água grande o suficiente.

-Depois a ingênua sou eu -ironizei e lancei o globo em sua direção e o prendi sobre seu rosto o sufocando. Em alguns segundos tenho certeza que ele já estava sem ar. Pronto era só me certificar que ele morresse e tudo estaria acabado -Adeus Jeffrey!

Quando terminei de falar ele de forma humanamente impossível puxou um revólver do bolso e atirou em minha perna o que me levou a perder o controle sobre a água, dei um passo para trás com a dor, mas não me permitir cair. Ele tomou ar, pegou impulso e veio com tudo pra cima, recuei mas cheguei ao limite do píer e a dor não me permitia concentrar.

Era meu fim. Resolvi me jogar para trás, morrer afogada nesse profundo lago era melhor do que deixa-lo me matar, porém ele não permitiu segurando meu braço e me voltando, não me surpreendi com o "abraço" e sim com uma sensação gelada em minha barriga que ficou quente e se transformou em uma dor imensa. Ela subiu de forma intensa e minha força foi completamente tomada, percebi que era uma faca e então ele subiu o corte, a imagem de Nicolas e Nicole tomaram minha mente que começará a escurecer, Jeff encostou em meu ouvido e sussurrou.

-Sempre achei voce gata, que disperdicio não? Ah! Não se preocupe com sua filha, eu cuidarei bem dela.

-F-filho da...

*Narrador*

Jeff jogou Marie já sem vida no lago e saiu cantarolando uma música qualquer com uma grande expressão de vitória e felicidade. A presa de anos finalmente lhe deliciou. Os olhos da garota perdendo a vida tinha lhe deixado tão feliz que lhe proporcionou um novo plano.

-Hora de cuidar da filha....

Fim?

Ou 
Um
Novo
Começo
?
...




O peso do destino - [Jeff The Killer] (Concluído/Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora