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hold the moon

Louis odeia segundas e quartas-feiras. Especificamente, segundas e quartas-feiras das 3:00 às 4:30. Bem, há o fato de que segunda-feira significa uma semana inteira pela frente, e, apesar da perspectiva que quarta-feira pode ter (dia da corcunda e tudo), há ainda outros três fodidos dias para esperar sugando a vida para fora de você. (Talvez quartas-feiras seriam mais divertidas se ele tivesse alguém para encher o saco realmente.) Além disso, o período específico de ódio derivam de sua classe de História da Poesia, que é uma hora e meia de perda de tempo colossal. Ele precisava de outra aula de inglês e mais alguns créditos, e já que se matriculou tão tarde, isso era tudo o que restava.

Essencialmente, é uma merda. Poesia não tem nada a ver com jornalismo esportivo. Ele só quer escrever sobre homens em boa forma chutando bolas por aí e como o seu time favorito vai arrasar em todas as temporadas. O que há de demais em tal estilo de vida? Edgar Allen Poe e Henry David Thoreau não têm nada a ver com isso. Portanto, levando tudo em conta, segundas e quartas-feiras o sugam mais do que o habitual.

São apenas algumas semanas para a nova estação, é de congelar as bolas. Seu trajeto até o prédio não é divertido. Ele tem um casaco enorme, nenhuma meia, apesar de si mesmo, e um chapéu tão esticado sobre o rosto que ele está quase não sendo capaz de ver. É um bônus para o seu pau quase congelado. Seu chá aquece as suas mãos, mas ele tenta não se sentir triste como o céu acima de si. O sol está se pondo já. Ainda não são nem três. Por quê.

Pelo menos é aquecido dentro do edifício, um zumbido agradável de calor batendo-lhe assim que ele abre a porta de vidro para o hall. Eles têm esse tipo de inverno, com o falso cheiro de aquecimento, mas é reconfortante saber que algo ainda funciona.

Ele tem cerca de um minuto de sobra ao que se senta em sua cadeira, puxando o laptop da mochila e forçando os olhos - apesar de suas lentes - para o SmartBoard na frente da sala. Seu professor está escrevendo Mitos de Haiku sob uma foto de uma flor de cerejeira e da bandeira japonesa.

Ele começa a aula dizendo: - Boa tarde, todos! Certo. O que vocês sabem sobre haikus?

Louis já quer morrer. Ele ergue a mão de qualquer maneira. - Cinco-sete-cinco, certo?

O professor Kingston acena lentamente, como se não soubesse. - Boa! Sim, tudo bem. Eu vou fazer um gráfico. Fatos e mitos. - Ele bate o SmartBoard com o dedo e, em seguida, pega o marcador azul, dividindo a lousa ao meio e fazendo um T. - Vamos chegar a isso em um momento, mas cinco-sete-cinco é, de fato, um mito.

Louis apenas levanta as sobrancelhas e monta um gráfico em seu laptop, fazendo uma careta, essa tende a ser a sua expressão nesta classe. O que ele ganha por tentar? Ele está fodidamente errado.

Ele olha para cima quando ouve, - Harry? - Vindo da boca de Kings. - Diga-me o que você sabe.

- Bem, - ele começa, e sim, maravilhoso. Isso vai ser ótimo. O que quer que saia da boca de Styles é sempre ótimo. - Então, eu estava no Tumblr uma vez, certo? - Louis pensou que ele queria morrer antes. Agora ele tem sua arma metafórica em sua boca. Harry provavelmente tem pisca-piscas em seu quarto.- E havia a citação mais bonita desse cara chamado Matsuo Bashō, e eu queria ler sobre ele.

Em primeiro lugar, que tipo de nome é esse. Em segundo lugar, quem fodidamente pesquisa sobre poetas. Louis ergue os dedos de seu teclado antes que ele quebre sua barra de espaço (novamente). Em vez disso, ele arranha a parte de trás do seu pescoço e tenta não tirar os olhos da fonte de luz.

- Eu sei que a Wikipédia não é cem por cento verídica, mas aparentemente ele é um dos poucos mestres haiku japoneses que viveram nos anos 1600. E ele era uma espécie de nômade que vagava por aí, porque era um pouco triste? Seu trabalho é tão maravilhoso. Eu realmente aprendi muito sobre haiku por causa dele.

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