III

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hold the moon. pt3.

- Poema legal o da última classe, Styles. - É em momentos como esses que Louis sabe que é realmente um idiota. Porque ele é benevolente pra caralho mesmo quando realmente quer dizer o que está dizendo.

Harry olha para o caderno. O garoto está sempre escrevendo notas no papel. Louis não o entende. Especialmente quando ele tem um belo MacBook situado a seus pés em sua bolsa. - Oh, uh, obrigado, sim. A classe pareceu gostar bastante.

Eles gostaram, eles gostaram, eu gostei. - Kingston certamente gostou, - Louis murmura em voz baixa.

- O quê? - Harry diz inocentemente. Louis também não sabe como ele mantém essa imagem. Ingênuo, mas simultaneamente inteligente e alarmantemente encantador. Kingston realmente estava dando em cima dele depois que ele executou sua peça, no entanto. Não ajudou que Harry fosse o último a sair. Está começando a ficar muito estranho, realmente.

- Nada. - Louis diz rapidamente. - Mas você está certo, sim. Todo mundo pareceu bastante impressionado com suas habilidades de poesia. - Louis pausa e parece bastante dramático, mas é honestamente apenas um momento de contemplação tranquila. - Você tem uma musa?

Louis é suave.

Harry gesticula seus polegares, e Louis estaria mentindo se dissesse que não estava prestando atenção. - Não, não realmente, - Harry diz. Ele parece tão profundamente imerso no pensamento e Louis se pergunta se é assim que ele se sente o tempo todo, se é assim que ele pensa. - A maioria dos personagens que eu escrevo são fictícios, de qualquer maneira. Mesmo na poesia. Eu só gostei da ideia disso. Sem mencionar, como, e.e. Cummings está sempre escrevendo sobre amantes. Além disso, eu não tenho um namorado. - Harry ergue as sobrancelhas e brinca com um de seus anéis. -Certo, sim. Eu sou gay, então. Espero que isso não te incomode.

Louis apenas ri, trazendo o punho para a mesa. - Isso faria de mim um pouco hipócrita, não é?

Os olhos de Harry se iluminam com uma risada. - Sim, uh. Suponho que sim.

Louis apenas balança a cabeça, olhando para longe por um segundo porque ele não estava brincando sobre ser suave. Ele apenas brincou com Harry.

- Bem, eu acho que você é muito talentoso, garoto. Mesmo que a poesia seja estúpida.

Harry cora e ignora seu comentário idiota. Louis quer continuar fazendo isso acontecer, mais ou menos. Ele se pergunta, só por um segundo, por quê Harry não questionou o porquê dele estar nesta classe se odeia tanto a poesia. Tanto faz. - Oh, obrigado. Eu estava muito nervoso para compartilhá-la com a classe, porque é um pouco pessoal, você sabe? Pode não ser sobre mim... mas, ainda são meus pensamentos e ideias e palavras, e as vezes pode ser realmente difícil de receber críticas sobre algo que importa para você.

Louis respira fundo. - Sim, quero dizer, absolutamente. Eu nunca me deixei ir exatamente assim, mas enfrentar qualquer tipo de julgamento - sendo bom ou ruim - pode ser meio áspero, então. Eu te elogio, Harry.

- Eu, uh. Obrigado. Sinceramente, significa muito.

- Yeah.

Yeah.

Há alguns momentos de um nervoso silêncio, onde Louis está cavando as unhas em sua palma como um pau e Harry está apenas olhando para o seu caderno encapado, mas o cacheado fala antes disso chegar a suas cabeças.- Posso te fazer uma pergunta?

O você acabou de fazer é empurrado contra a costura de seus lábios, mas ele ignora. Ele pode baixar o seu lado idiota se quiser. - Claro, eu suponho.

- Você gostou, tipo. Gostou de fazer o seu projeto?

Ok, então talvez não fosse isso o que Louis esperava, mas o sentimento é o mesmo. Ele leva um minuto. - Sim. Quero dizer, eu acho. Tipo, Emerson foi legal de ler e eu acho ele interessante, mas eu gosto. Foi a poesia certo? - Louis tem que se forçar a zombar. Ele nem sabe porque terminou sua frase assim. Ele sabe que Harry não vai concordar com ele.

Ele apenas balança a cabeça, lento e tudo, como se ele não ofendesse Louis discordando. - Bem, eu realmente espero que você tenha aprendido algo que vai ficar com você.

- Eu aprendi - responde Louis. Ele leva um minuto para olhar para Harry um pouco melhor, não sendo assustador com seu contato visual porque eles estão realmente conversando por uma vez. Ele está usando outro de seus cachecóis, puxando os cabelos para trás com uma suave seda azul e preta. Seus olhos estão abertos - como se a tudo que Louis perguntasse ele responderia com honestidade total. Sua mandíbula está cortada e seus lábios estão sentados numa linha plana, esperando que Louis continue falando. Ele meio que quer tocar suas bochechas para ver se elas são macias. É legal. Ele força as palavras para fora de sua boca. - Havia definitivamente benefícios de fazê-lo. Não estou reclamando, amigo. Foi um tipo irritante de diversão, sim? Onde você pode estar relutante sobre, mas ainda assim, ganha com ele quando acaba.

- Legal então, - Harry diz.

Kingston começa a falar depois disso, então Louis se cala e tenta prestar atenção no seu rosto estúpido.

...

- O que você acha de tudo isso? - Harry pergunta a ele. Louis mantém sua boca na beira de seu copo e pisca um pouco atráves das lentes de seus óculos. Harry está com as mãos para fora, e Louis não tem certeza do que ele está fazendo referência. Se ele está gesticulando para si mesmo - com todas as suas bandanas, bela glória - então, bem. Louis acha que ele está maravilhosamente quente. Se ele estiver se referindo aos viciados em poemas que estão na sala de aula com o Rondeau escrito no SmartBoard, Louis ainda está um pouco inseguro com como ele se sente.

Então ele pergunta de volta: - Sobre o quê?

- Esta aula. Os poemas. Eu não sei, estou apenas curioso. Eu presto atenção em você, e você não parece gostar muito.

Harry presta atenção nele? Louis nunca teria adivinhado quando ele gasta toda a porra do seu tempo conversando com Kingston sobre mestres de haikus japoneses fodidos ou o que quer que seja. Ele não quer admitir que está lisonjeado no mínimo, então ele apenas encolhe os ombros. - Styles, talvez você devesse prestar um pouco mais de atenção na classe.

A boca de Harry abre com um sinal indignado. Louis toma outro gole de chá. - Talvez, - Harry começa devagar - Você devesse seguir seu próprio conselho.

Descarado da porra.

Louis encolhe os ombros de novo. - Sim, talvez. - Há uma pausa. Harry está olhando para ele, olhos bonitos, mãos agora juntas sobre a mesa. - Está tudo bem. - É uma admissão, mas, mesmo sendo um deslize para encontrar qualquer prazer nisso, faz Harry sorrir idiota e grande. O cara realmente gosta de poesia.

- Tudo bem? -Murmura Harry, e sua voz aumenta como se estivesse realmente animado e Louis não pode dizer se é embaraçoso ou adorável. - Isso é um começo! - Ele parece que está prestes a começar a saltar para cima e para baixo e bater palmas ou alguma merda. (Então talvez seja um pouco adorável, mas, o que tem, certo?) - Poesia é muito legal, Louis. Você verá.

Louis apenas acena com a cabeça e tenta não sorrir, sem conseguir uma chance de responder antes que Kingston esteja dizendo: - Rondeau deriva da palavra francesa que significa 'round'... - E Louis apenas tenta ouvir pelo amor de Harry. E talvez pelo seu QI. E ele pode realmente pensar que é legal, mas ele é o único que tem que saber. (Zayn também, porque olha através do histórico de Louis a procura de seus segredos e sua boa pornografia).

Ele pensa em Emerson e cummings e o poema idiota de Harry antes de escrever sobre a origem de Rondeau na música, e sobre como a poesia se tornou um sinônimo de legal. Fucking Harry Styles. É o seu rosto, provavelmente.

...

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