Capítulo 10 - A Observadora

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- Sofia! - Falei. - Você que é O Observador?

A garota olhou para mim com uma cara de surpresa.

- Eu não sou O Observador. - Disse Sofia.

- É sim. Eu tenho certeza.

- Se eu fosse O Observador por que pediria para você me ajudar a saber quem é O Observador?

- Por isso o plano era horrível e quase impossível de funcionar.

- O PLANO NÃO ERA RUIM! - Gritou Sofia.

- Ruim é pouco, ele é horrível.

- De qualquer maneira, eu NÃO sou O Observador. Odeio esse cara, ou grupo.

- Não sabia que você se odiava.

- Me responda, o que te leva a crer que eu sou O Observador

- A Observadora.

- Tanto faz.

- Primeiro, você só saber apontar os defeitos dos outros.

- Eu não sei apontar só os defeitos.

- Fale uma qualidade que alguém tem.

- Eu te falo um monte. A Mari, minha amiga é companheira, sabe guardar meus segredos e faz TUDO que eu mando.

- Me fale uma qualidade de outra pessoa.

- Mais ninguém tem qualidades. Eu e a Mari somos diferentes da maioria, não somos seres defeituosos como você.

O sentimento de tristeza voltou ao meu corpo. Lágrimas ameaçaram a cair, mas, por sorte, consegui segurá-las.

- Agora me conte os outros motivos. - Mandou Sofia.

- Segundo, você está com um bilhete, está perto da minha mesa e "coincidentemente" este mês eu que estou recebendo os bilhetes dele.

- Este bilhete pode não ser do O Observador. - Disse Sofia enquanto apontava para o bilhete em sua mão.

- Vamos ver. - Arranquei o bilhete da mão dela.

- Me devolva isso!

Olhei para o canto inferior do bilhete e vi que era do O Observador.

- Obrigada pela ajuda Observadora, mas não preciso mais dos seus bilhetes. - Falei.

Saí da sala. Sofia era muito chata, um pouco burra também. Ela queria que eu descobrisse quem era O Observador, ou A Observadora. Porém, pouco importava agora. Ela tinha muitos mais defeitos do que eu, ela que precisava dos bilhetes, não eu.

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