Capítulo 9 - Um favor.

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A ruiva arrumou-se e ficou à espera do guitarrista na porta de casa, onde tinha dois degraus e a menina se encontrava sentada no segundo deles.

Estava uma noite muito fria e Daniella, por pura preguiça, quando começou a sentir frio não quis ir pegar um simples casaco. Pois teria que entrar, abrir as portas, subi as escadas até o quarto, procurar um casaco que combinasse, descer novamente as escadas, abrir as portas e trancá-las novamente. O que parecia ser um enorme trabalho sendo narrado deste modo, mas não era. E uma ruivinha abraçava a si mesma em uma rua deserta, esperando seu guia de hoje.

Já o tão esperado guia, ainda estava na metade do caminho, se perguntava porque havia demorado tanto tempo pra resolver uma idiotice daquelas. Lá estava ele indo a casa do seu amigo pra pegar um mísero celular que esquecera mais cedo. Não, ele corrigia seus pensamentos, ele estava indo até a casa do seu amigo pra fazer um favor a uma ruiva, uma certa mimada e irritante ruiva e depois ganhar seu celular como recompensa. Na realidade, aquela menina poderia fazer o que quisesse com o celular do guitarrista, ele não se importava. Lá no seu íntimo - lugar que ninguém, nem mesmo ele, ousava mexer - a vontade do garoto era outra. Ele só queria ter a oportunidade de vê-la, ele tinha algo inacabado com aquela menina e antes de sair de casa se convencera que de hoje não passava. 

O garoto caminhava tranquilamente pensando em que tipo de favor a menina queria lhe pedir. Muitas coisas de caráter bem sujo passavam pela sua mente, provando pra gente que ele não conhecia de verdade aquela ruiva. Enquanto isso, nos degraus da casa do Gui, a Ella já estava perdendo a paciência e tramando o que ia fazer se aquele garoto não aparecesse em menos de cinco minutos.

Dois minutos se passaram com muita impaciência e lentidão que para Daniella pareciam uma eternidade, mesmo sem querer e sem entender ela começou a ficar nervosa, pois ela sabia o que ia acontecer a partir do momento em que o Dudu aparecesse na frente dela, isso se ele aparecesse. Será que ele continuaria com a indiferença de hoje a tarde? A menina se perguntava, receosa. Mais um minuto se passou, Ella levantou-se puta da vida, virou para a casa e ameaçou jogar o telefone no chão, ali na escada, pra quando o Dudu chegar, isso se ele chegar um dia ver a sua irritação, mas o seu “grande” plano foi por água abaixo quando ela escutou uma voz suave às suas costas.

Dudu: Nossa, jura mesmo que eu vim até aqui pra ver você jogando meu precioso celular no chão?

Ella tomou um baita de um susto e virou-se lentamente, apertando o celular com força entre seus dedos, pra confirmar que ele continuava ali.

Ella: Ha, há. Idiota você, hein, Eduardo. Foi por pouco, mas seu celular ainda está “vivo”. - falou virando-se para a porta de saída, onde o menino estava, enquanto o Dudu foi se aproximando com a ideia de intimidar a ruiva, pensava ele que estava iniciando um jogo de sedução e que ela não escaparia, não hoje.

Dudu: Será que eu posso pegar meu celular agora?

Ele falou no ouvido dela com a típica voz sexy dele, rouca e suave. Percebendo imediatamente que seu alvo se arrepiou toda, mas em uma tentativa super frustrada Daniella tentou fazer o mesmo, interrompendo o momento conquistador dele.

Ella: Não, se você não está lembrado, ainda tenho um favor inegável seu.

Dudu: Hmm… Favor inegável, não sei porque, mas eu estou gostando dessa história.

Ele deu um sorriso malicioso e a ruiva correspondeu com o mesmo tipo de sorriso, mas acabou cortando a onda do guitarrista.

Ella: Não. Não é nada disso que você esta imaginando ai. Como ta tarde, eu to meio sem sono e você está aqui… Quer ser meu guia esta noite ?

Destroyed SensesOnde histórias criam vida. Descubra agora