Já eram umas quatro horas da manhã e Dudu, após terminar de rir, continuava no mesmo local, olhando pra rua e pro céu, começando a amanhecer. Na realidade, ele riu tanto com o João porque ele já havia percebido que a Eva era um traveco assim que chegou na pousada.
Dudu: Ter tanto amigo idiota pelo menos serve pra alguma coisa. - brisou alto, encerrando seus pensamentos sobre aquele assunto.
Ele não iria contar para ninguém o que João lhe contara, - ou, melhor dizendo, contara pela metade e o resto Dudu deduziu - não porque era um bom amigo, samaritano, boa pessoa, mas porque não era do seu feitio sair contando piadas, mas alguns comentários sarcásticos o João não se livraria mais tarde.
O sol começava a nascer e o sono batia no Eduardo, que após muito tempo resolveu deitar novamente.
Ao entrar no quarto ouviu um choramingo baixo, de menina, e olhou pra todas as garotas naquele quarto. Pousando, por fim, seu olhar em Ella, de onde o choramingo vinha. A ruiva estava deitada de bruços com a cara enfiada no travesseiro e provavelmente já o tinha melado todo de delineador, rímel, sombra e a porra toda.
Dudu chegou em passos miúdos, não sabia se ia até ela ou dava meia volta, não existia coisa mais ridícula pra ele do que guria chorando, mas alguma coisa o puxava pra cama.
O Dudu tinha que admitir que um lado dele estava bastante preocupado com a ruiva, outro já pensava: “Pelo menos mina chorosa é mais fácil de comer”.
Ele sentou-se na ponta da cama fazendo Daniella levantar o rosto assustada e logo em seguida, esconder-se novamente em seu travesseiro.
Dudu: Eu não vou perguntar nada, mas se quiser falar tenho dois ouvidos, só não espera nenhum conselho e essas besteiras todas porque não tenho muita paciência com isso.
A ruiva continuou imóvel, na verdade estava morrendo de vergonha do guitarrista vê-la tão vulnerável ali.
Dudu: Tá, tá, tá. Eu só quero dormir então… - disse numa voz fraca, forçada a ser indiferente.
Ele deitou-se ao lado dela sem hesitar e ficou algum tempo olhando para a ruivinha, que foi parando de chorar calmamente.
Ella: Desculpa.
Dudu: Aceita. Mas pelo quê, exatamente?
Ella: Por tá chorando e tal e você… Não sei.
Dudu: Desculpa por ta chorando… Ok então, desculpa por respirar então… Nossa.
A Ella deu um sorriso pequeno e se acomodou melhor na cama, dando mais espaço pra o Dudu, que abraçou a ruiva rapidamente.
Ella: Isso me parece tão… Fofo. - disse, fazendo uma careta por fim.
Dudu: Fofo tá meu pau. Por favor, não estraga esse momento de paz.
Eles deram uma gargalhada juntos e acabaram dormindo bem rápido, sem sexo, beijos, amassos, ou qualquer coisa do tipo. “Diferente, mas muito bom” pensava Ella. Quando o sol estava quase a pino, aquela galera se levantou e comecou a arrumar as coisas, Dudu fez questao de dizer em voz alta:
O Gui foi o primeiro a acordar e logo em seguida a Duda também fez o mesmo, os dois ficaram mas 2 horas conversando merda esperando as outras pessoas acordarem para decidirem uma forma de voltar pra casa ja que quase todo mundo estava sem nenhum documento.
Depois de muito falatório finalmente ouviu-se gemidos na parte de baixo da outra beliche.
Caio: Puta que pariu que fome.
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Destroyed Senses
Novela JuvenilPassar pela adolescência não é pra qualquer um, precisa-se de uma cabeça bem forte e um estômago de mamute. É foda ser adolescente. Foda sentir todas as apunhaladas pelas costas dos seus supostos amigos. É foda pensar que é importante pra alguém e d...
