Capítulo 8 - Quase uma traição?!

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Quanto aos amigos, Ella nem podia imaginar o que estariam fazendo. Minto eu. Podia sim. Era até fácil descobrir o que um casal estaria fazendo à noite, fácil saber que um guitarrista drogado dormia tranquilamente em sua casa, fácil ouvir os suspiros de felicidade de uma baixinha ao sentir o cheiro de um baixista irritante, mais fácil ainda saber que dois amigos brincalhões jogavam videogame na casa do mais rico até de madrugada. 

Focando no casal, eles haviam terminado uma briga por causa de uma tal ruivinha nova e agora faziam as pazes.

Enquanto Ana já tinha se livrado de toda a roupa de Caio e mordia sua orelha, o guri livrava-se da blusa dela e ainda lutava contra o botão da calça da namorada.

Caio: Porra! - pensava alto e tentava mais uma vez após uma colherada de beijos. Se divertia em pensar nas piadas que os seus amigos fariam  ”Bem, mas pelo menos EU já tirei a calça de uma mesma menina mais de uma vez na vida”. Ana se divertia em ver seu namorado fracassar, mas estava muito ocupada para ajudá-lo, passava as mãos pela sua cueca e beijava seu pescoço, ela nunca vira uma bunda melhor de apertar do que a do seu amor, sorria em pensar nas noites em que tentava descrever a bunda de Caio para Bruna, sua melhor amiga. Não que seu namorado soubesse disso.

Ana, de saco cheio, finalmente ajudou ele, um segundo mais tarde a sua calça estava rolando joelhos a baixo, sentiu as mãos do namorado abrirem seu sutiã e tirá-lo devagar, seu corpo se arrepiou todo ao toque dele, e o do menino fez o mesmo. Estavam tão em sintonia, que ao mesmo tempo em que ele abaixava a ultima peça de roupa da loira, ela fazia o mesmo com a dele, sorriram para si mesmos quando perceberam o quão perfeitos eles eram um para o outro, mas logo voltaram a se concentrar no corpo a sua frente. Não tinham preocupações, só perderem um ao outro. Aproveitaram cada momento, como se fosse o último segundo, se beijaram como se o mundo dependesse disso. Se amavam assim, de um modo tão bonito e puro, que não era nem um pouco estranho para eles. 

Uns quatro quarteirões dali, dois guris praticamente se estapeavam na frente de uma televisão, enquanto jogavam video-game. Um empurrava o outro com o ombro, na tentativa de fazer seu adversário se distrair. Parecia que eles iriam perder uma das pernas se perdessem esse jogo.

De repente, um deles se levantou, atirando o controle no sofá com raiva.

Bill: Mas que porra é essa João! Não tinha como tu ter me matado, ô caralho, eu já tava quase te matando!

O outro garoto se encostou no sofá de um jeito convencido como se dissesse “eu sou foda, sou o melhor”.

João: Isso é o que dá quando tu quer enfrentar o mestre do UFC aqui…

Bill: Que mestre bosta nenhuma… Tem alguma coisa muito errada nisso aí seu filho da mãe…

João: Porque tu não simplesmente aceita a derrota? HAHAHAHAHAH

Bill: Manda tua mãe aceitar a derrota por ter tido um filho assim, viado.

O João já tinha aberto a boca pra dizer alguma coisa, mas os olhos do Bill se arregalaram daquele jeito tão dele quando descobria alguma coisa.

João: Pára cacete, tu sabe que eu tenho medo dessa tua cara de psicopata…

Bill: TU ROUBOU, SEU PUTO!

João: É o que viado, que é que tu tá falando?

Bill: TU ROUBOU, USOU AQUELES CHEATS DE NERD PRA ME MATAR!

O Bill disse isso e começou a bater no João com as almofadas. Repito, ALMOFADAS e não travesseiros até porque travesseiros são fofos demais pra se bater em alguém.

Destroyed SensesOnde histórias criam vida. Descubra agora