Imagine Cameron Dallas

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Seu melhor amigo não parava de te ligar. A cada cinco minutos ele tentava falar com você, mas você não estava afim de atender, levando em conta tudo o que havia acontecido na noite passada.

Cameron Dallas havia te convidado para ir ao Starbucks, só pra relaxar e passar um tempo com você.

Obviamente você disse sim, vocês são amigos desde o colégio e não tinha nada demais nisso, mesmo que você mantivesse uma paixão secreta por ele desde o terceiro ano. E, obviamente, você não fazia a mínima ideia se ele gostava de você da mesma forma ou não; naquela época ele namorava uma garota de outra sala, até que ela era suportável. Mais ou menos três meses depois eles se separaram.

Na noite passada, tudo corria bem, vocês riam e conversavam, Cameron fazia gracinhas só pra arrancar um sorriso de você, sempre funcionava. Ele contara todas as novidades, assim como você, mesmo que fossem poucas comparadas as dele. Porém, assim que antigos amigos encontraram vocês, Cameron mudou totalmente seus modos. Primeiro que ele ficou com raiva quando um dos meninos disse que você estava muito gostosa, em comparação a antes e pediu seu número. Você passou e recebeu uma piscada, o que não deixou Cameron muito feliz; ele fez questão de discutir com o garoto, o que te deixou constrangida. E segundo que te chamou, assim como os outros meninos, pelo seu antigo apelido do colégio, o qual você odiava. Você riu sem ânimo e pediu licença.

Desde então vocês não se falaram mais, porque você não queria e evitava de todas as formas falar com ele. Cameron tinha te magoado sem motivo algum, ele havia agido como um idiota.

Mais outra ligação dele. Essa era a décima até agora e você nem se importava; mesmo que uma pequena partes de você quisesse ouvir o que ele queria a falar.
Seu celular apitou, Cameron havia tuitado alguma coisa. Curiosa, você clicou na notificação.
"@camerondallas: Odeio quando não atendem minhas ligações"
E você respondeu:
"@s/u: Já pensou em parar de ligar? Talvez a pessoa não queira ouvir sua voz"
E, de novo, ele postou:
"@camerondallas: Eu só quero ouvir sua voz, falar que fui otário, explicar meus motivos"

Você ri e resolve não postar nada.
Então se joga na cama e seu celular começa a tocar, agora o número era desconhecido.
- Quem é? - você pergunta sem paciência.
- s/n. - ele diz com uma voz sonolenta - Oi, lembra de mim? Eu te encontrei ontem com os meninos lá no Starbucks.
- Ah, oi.
- Queria saber se você quer sair comigo hoje, a gente podia ir pro boliche, sei lá, vamos conversar.
Você suspira coçando a cabeça.
- Olha, eu tenho que ver com os meus pais, é que tá tarde, não sei se eles deixariam. Daqui a pouco eu te mando uma mensagem.
- Tudo bem, esperar aqui. - você desliga a ligação.

Seria bom sair um pouco e esfriar a cabeça, mas você não tinha a mínima vontade de levantar da sua cama.
Repentinamente, sua porta se abre, a luz continua apagada e você enxerga uma silhueta masculina.
- Você não quer sair com ele, não é?!
- Cameron, o que você quer aqui? Quem te deixou entrar?
Ele caminhou até sua cama e parou, mantendo olhando em você.
- Bom, não tinha ninguém lá embaixo pra me impedir de subir as escadas, a porta do seu quarto estava destrancada e eu sei aonde vocês guardam a chave reserva. - você revira os olhos.
- Dá pra sair daqui? Eu não quero conversar.
Você fala levantando da cama, você abre a porta para que ele saia. Cameron caminha até você e fecha a porta com uma mão.
- Não vou sair até você me dar uma chance de me explicar.
Você se apoia contra a porta cruzando os braços. Cameron fica na sua frente.
- Rápido.
- Me desculpa.
- Uh, fácil falar.
- Eu agi mal.
- Disso eu já sabia.
- Cala a boca e me deixa falar.
- Vem calar então.

Cameron revira os olhos e rapidamente te prensa contra a porta. Seus braços erguidos na altura dos seus ombros te impedem de sair, seus corpos colam um no outro. Você abaixa a cabeça num ato involuntário e Cameron a ergue, com o dedo indicador no seu queixo. Você engole em seco.
- Me desculpa, eu fui um idiota; eu sou um idiota. Eu não queria ter feito nada do que eu fiz ontem à noite, mas foi tão sem querer, porra, s/n, eu tenho ciúmes de você.
- Ótima maneira de me mostrar isso me xingando que nem os garotos. - você ri.

Devagar, Cameron aproxima os lábios dos seus, sua respiração falha e você deixa a boca entreaberta. Ele te puxa pela cintura e fala, com seus lábios raspando nos seus:
- Eu amo você. Não quero te ver perto de outros caras a não ser eu.
Você entrelaça seus dedos no cabelo dele, enquanto com a outra mão, acaricia suas contas de leve.
- Prove.

Cameron une seus lábios com os dele, sem a mínima pressa. Seus olhos se fecham devagar, ele puxa seu quadril pra mais perto, colocando a mão por dentro da sua blusa. Você arranha o peito dele, fazendo-o arfar baixo contra seus lábios. Suas línguas não mantinham sincronia, era como se ambas precisassem urgentemente do toque um do outro, a sensação era maravilhosa. Sua barriga murchava cada vez que Cameron tocava alguma parte do seu corpo.
Então ele para o beijo e olha em seus olhos. Você sorri fechando os olhos.
- Você não sabe o quanto esperei por isso, s/n.
- E você não sabe o quanto eu esperei por isso. Eu te amo. - ele beija o canto da sua boca antes de te abraçar.
- Eu te amo, s/n. Me desculpa. - ele diz baixo ao pé da sua orelha.
- Agora vai embora antes que meus pais te vejam. - você bate no ombro dele.
Ele te dá um selinho.
- Você vai atender minhas chamadas?
- Tenta a sorte.

Vocês sorriem um pro outro.
Cameron sai do seu quarto e encontra seus pais no andar debaixo. Você escuta ele dando uma desculpa qualquer e ri. Ele realmente era um idiota.


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