*Estejam a vontade para usar o apelido de vocês nas partes que acharem que devem.
Sentada na escada de incêndio com uma garrafa de cerveja na mão, (S/N) pensava em como sua vida havia virado de cabeça para baixo durante esses meses.
Tinha dado fim a um noivado de quase um ano, já que descobriu a traição do ex-noivo com sua própria irmã, perdera seu emprego e com isso sua casa, viu-se mudando para um apartamento pequeno em Chinatown, um apartamento com a pintura descascada e um pouco suja, mas bom o bastante para acolhê-la.Apesar de tudo, ela estava bem, é poderia se considerar em paz, dali podia ouvir os sons da cidade, o que era, pra ela, uma das melhores coisas pra se fazer.
O silêncio foi quebrado por uma batida na porta, o que a fez xingar mentalmente a pessoa que a iria fazer andar até a porta para abri-la depois de um dia cansativo como o de hoje.
Sem demora ela tomou os últimos goles da cerveja que estava quase quente pela lerdeza de quem a tomava, entrou no apartamento pela janela e andou até a porta, abrindo-a.
O queixo quase foi ao chão ao se deparar com o rapaz que se encontrava de pé em sua frente, ele era estonteante, e isso a fez ficar tonta (talvez a cerveja tenha ajudado um pouco).ㅡ Ah, no que posso ajudá-lo?ㅡ perguntou, tentando ser simpática ao extremo como pedido de desculpas pela demora.
ㅡ É, eu sou novo no prédio, e realmente não entendi como se usa o gás.ㅡ ele coçou a cabeça, mostrando confusão e (S/N) riu.
ㅡ Normal, quando eu me mudei também fiz confusão, pena que não tive nenhum vizinho simpático para me ajudar.ㅡ reclamou ela.ㅡ Bom, vamos lá, eu te ajudo, qual o seu apartamento?
ㅡ 4D.ㅡ ele apontou a porta em frente à sua.
Os dois se encaminharam para o apartamento da frente em silêncio, (S/N) explicou ao rapaz cujo nome ainda era desconhecido como o gás funcionava, como ligá-lo e desligá-lo e explicou que o gás também esquentava a água do chuveiro.
ㅡ Muito obrigada pela ajuda...ㅡ ele disse, fazendo menção para que a garota falasse seu nome.
ㅡ (S/N), foi um prazer conhecê-lo...ㅡ ela o imitou, fazendo-o mostrar seu sorriso perfeito.
ㅡ Mingyu, Kim Mingyu.ㅡ os olhos puxados sorriram para ela enquanto reverenciava.
ㅡ Até mais, tenha uma boa noite.ㅡ Ela disse e ele desejou o mesmo antes de os dois entrarem cada um em seu apartamento.
[...]
Durante quase um mês, (S/N) via Mingyu todas as manhãs quando provavelmente o mesmo ia trabalhar e quando ela saia para tentar arranjar um emprego.
Não trocavam nada mais que um "Oi" porém a curiosidade de ambos acerca do outro aumentava cada vez mais e a vontade de conversar era grande, mas a vergonha tinha a mesma proporção.(S/N) carregava com dificuldade as compras que havia feito, as sacolas de papel quase caíram diversas vezes enquanto subia as escadas do prédio.
Ao chegar no terceiro lance, pisou em falso, achando que havia mais um degrau e tombou para trás, fechou os olhos com força esperando atingir os degraus que acabara de subir, porém sentiu um par de braços a segurarem. Ao abrir os olhos, encontrou a face morena de Mingyu que obtinha um olhar preocupado.ㅡ Você está bem?ㅡ perguntou o coreano que ainda segurava a garota em seu colo.
ㅡ E-estou sim.ㅡ (S/N) respondeu, gaguejando um pouco.ㅡ só não posso dizer o mesmo das minhas compras.ㅡ se desvencilhou dos braços do maior e começou a recolher o que havia comprado.
Mingyu a ajudou a recolher tudo e também não a deixou levar a segunda sacola, já que outro acidente poderia ocorrer.ㅡ Prontinho.ㅡ o moreno disse, esperando ansiosamente para que (S/N) o convidasse para ficar, queria saber mais sobre ela. Já a outra ficou com receio de convidá-lo, a timidez se fez presente e o silêncio constrangedor se instalou entre os dois, deixando o clima pesado.ㅡ Bom, eu vou indo.ㅡ ele quebrou o silêncio.
ㅡ NÃO.ㅡ Ela disse, alto o bastante para parar Mingyu que já estava de costas, disfarçando um sorriso.ㅡ quer dizer... Você quer uma cerveja?
ㅡ Quero.ㅡ ele se virou para ela, ainda disfarçando o sorriso, e quando a menor se retirou começou a comemorar com uma dancinha estranha, dando voltas em si mesmo.
ㅡ O que você tá fazendo?ㅡ A voz da garota foi como se alguém tivesse dado um choque na espinha de Mingyu, a vergonha era tanta que o mesmo só conseguiu coçar a cabeça e sorrir, pegando uma das garrafas que (S/N) segurava.
Ela foi até a janela, abrindo-a e saiu, sentando-se na escada como de costume, virou-se para Mingyu.
ㅡ Vai ficar aí? Ou vai sentar aqui comigo?ㅡ ela perguntou, ele não respondeu apenas caminhou até a janela e sentou-se ao lado de (S/N).ㅡ Eu adoro isso.
ㅡ Chinatown?ㅡ Mingyu deu um gole na cerveja.
ㅡ É.ㅡ ela respondeu, simplista.ㅡ feche os olhos, escute o barulho dos carros, das ambulâncias e dos vendedores que gritam, essa loucura de Nova York, poder sentar aqui e esquecer dos problemas é o motivo pelo qual eu gosto de Chinatown.
ㅡ Você é incrível.ㅡ o moreno admitiu em voz alta.ㅡ Você vê calmaria na loucura.
ㅡ É, minha mãe dizia que eu era meio idiota.ㅡ Ela riu, fazendo-o rir junto.
Os dois conversaram por horas sentado na escada de incêndio, os outro apartamentos do prédio já estavam com as luzes apagadas e eles estavam ali, descobrindo cada vez mais sobre o outro.
ㅡ Eu não acredito que você ainda não provou.ㅡ (S/N) estava indignada.ㅡ o yakisoba do sr. Yamato é um dos melhores que eu já comi, você tem que ir lá.
ㅡ Um dia eu vou, prometo.ㅡ o mais alto disse ao olhar o celular.ㅡ Meu Deus, já é meia-noite e meia, tenho que ir.
ㅡ Trabalha amanhã?ㅡ ele assentiu, já entrando pela janela, sendo acompanhado por (S/N).ㅡ Foi ótimo conversar com você Mingyu.
ㅡ Digo o mesmo, (S/N).ㅡ ela o acompanhou até a porta, abrindo e observando o mesmo sair. A garota já fechava a porta quando o mesmo segurou-a, sendo encarado por ela com um olhar de surpresa.ㅡ esqueci uma coisa.
ㅡ O que?ㅡ ela olhou pra trás não encontrando nada, mas ao voltar a olhar Mingyu teve seu rosto tomado pelas mãos grandes e quentes do maior que juntou seus lábios em um selinho, rápido, porém, não satisfeito, o moreno a beijou novamente, desta vez usando sua língua também.
ㅡ Boa noite.ㅡ ele disse, um pouco ofegante e roubando mais um selinho da outra.
(S/N) estava atônita, não conseguia sair da posição em que estava durante o beijo, então toscamente observou Mingyu entrar em seu apartamento.
Ainda em estado de choque, ela fechou sua porta, trancando-a e deslizando até sentar no chão formando um sorriso enorme em seu rosto.
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Seventeen One Shots [Reescrevendo]
AléatoireCada capítulo uma nova história com um integrante diferente. Pedidos por mensagem (Fechado) Capa feita por mim