O Adeus

Só o amor é capaz de fazer à espera se tornar passageira.

Há milhões de anos, os guerreiros de NotDan travam uma guerra com eles mesmos. A missão de partir para a batalha arriscando a própria vida pra proteger o reino, ou à decisão de ficar e ser a vergonha da família.
É costume, os meninos que atingem a maior idade, são arrancados de suas casas pra servir ao rei. Um tempo depois são mandados para à guerra constante entre NotDan e Constantinopla, dois reinos próximos que vivem em contendas à muitos anos. O resultado disso é milhares de jovens mortos, mães que não se conformam em perder seus filhos, e pais orgulhosos dos filhos terem perdido a vida num campo de batalha.

A Esperança do reino agora, está depositada em Tyo, um líder nato que comanda as tropas, para mais uma batalha sangrenta entre NotDan e Constantinopla.
O rei só não sabe, que à sua filha mais nova a princesa Dafne, vive um romance proibido as escondidas com o jovem guerreiro.

Se conheceram num baile, e nunca mais se afastaram. A notícia da partida de Tyo tem sido dolorosa para Dafne conseguir suportar. A princesa está com as mãos atadas, perdida desesperada, sempre soube que seu amado teria que ir para a guerra, mas chegando o dia, nunca imaginou que seria tão difícil se despedir.

_- Nunca irei entender...--- Dafne entre lágrimas sussurra no ouvido de Tyo, que a puxa pra mais perto de si.

_- Queres entender? Sabes, que esse sempre foi o meu destino. ---
O guerreiro não queria se despedir, mas a princesa fazia questão de que tinham que se ver pela última vez.

_- Mas não há algo que eu posso fazer? Se tu quiseres vou pra batalha com tu, mas não me deixes aqui sozinha. --- Dafne preferia à morte do que ter que ficar longe do seu amor, ela nem podia imaginar ficar sem ele. Olhando fundo em seus olhos Dafne o pediu pela última vez.

_- Ficas comigo? Fareis o que tu quiseres, só não me deixes sozinha, não vivo mais sem tu.---as lágrimas desciam, e Tyo, sentia seu coração despedaçar por dentro de dor. Era um sentimento dilacerante que o impedia de dizer não.

Então foi caminhando pra trás divagar, se desvencilhando da princesa, sem parar de olhar pro seus olhos. Dafne entendia, aquele gesto, ele não conseguiria dizer não, porque era honesto demais pra desistir de sua missão.

Ele foi caminhando, e ela o perdeu entre as montanhas. Algo forte à dizia que ele não iria voltar. Seu coração batia descompassado, e não sabia como iria explicar para o filho que ele iria nascer sem pai. Não falara nada pro guerreiro porque ele teria que ficar por amor, somente por amor à ela.

Seria uma vergonha para o seu pai, que assim que descobrisse da gravidez iria a fazer prisioneira, como exemplo pras outras não cometerem o mesmo erro.

A saída era fugir, partir pra longe. E salvar o fruto do seu amor com Tyo. Mesmo com dúvidas, iria esperar o amado o tempo que fosse necessário.