Please...

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Nayeon Pov

Começo a correr desesperadamente com o coração disparado, quase tropeçando em meus próprios pés.

Chego na casa e abro a porta violentamente dando de cara com a cena mais terrível já tinha visto.

Momo estava toda ensanguentada no chão com um corte em seu tórax.

- HIRAI! - corri até ela me ajoelhado e apoiando sua cabeça em meus joelhos - Vamos, vai, acorda!

Trêmula pego meu celular e disco o número da ambulância, falo meio embolado mas eles entenderam e disseram que já estava à caminho. Disco outro número.

- Alô?

- SANA! Vem rápido pra casa da Momo! 

- O que houve?!

- ANDA LOGO!

Olho para os lados e encontro um pano, com ele começo a tentar estancar o sangue enquanto minhas lágrimas caiam.

- Momo... - acariciei seu rosto enquanto minha outra mão apertava o pano contra o ferimento - Quem fez isso com você? 

Começar a rodar o lugar com os olhos à procura de respostas e vejo a mãe dela que antes estava desmaiada, se levantando tombando pros lados.

A ambulância chega e junto Sana também, que ao ouvir a sirene apertou o passo enquanto colocavam e levavam Momo e sua mãe em macas para dentro da ambulância. 

- Nayeon?! O que aconteceu?! - me perguntou desesperada.

- Vamos pro hospital, lá eu explico direito... Mas acho que são vocês que me devem explicações - falei a puxando enquanto ia em direção à um ponto de táxi.

- Sana... Quando disseram que Momo não tinha um bom relacionamento com a mãe, quiseram dizer que ela a agredia? - perguntei já dentro do táxi.

- É uma longa história... 

- O hospital não é tão perto assim.

- Não sei se Momo gostaria que você soubesse...

- Ela está no hospital! Se eu soubesse o que vocês tanto escondem talvez eu pudesse ter evitado isso! Me conta logo Sana! - me controlei para não gritar muito.

- Ok! Vou falar, se controle, eu também estou nervosa... Bom, tudo começou ainda no Japão, quando a irmã dela e seu pai... morreram em um acidente de avião...

- Morreram?! - falei surpresa- Ah... agora entendo o "era"... - senti meu coração se apertar ainda mais.

- S-sim... A mãe dela virou uma alcoólatra depois disso, ela perdeu o controle algumas vezes e partiu pra cima de Momo... Mas nada foi tão grave... - "as cicatrizes..." pensei.

- Por que Momo não se afastou dela? 

- Porque ela ainda se preucupa com a mãe... Que nem é sua mãe biológica...

- Oh... 

- Quando a situação se estabilizou lá ela decidiu vir para cá tentar uma nova vida... E quando a mãe dela veio pra cá tentamos convencê-la a vir morar conosco, mas ela recusou afirmando que ela tinha mudado, sua mãe...

- Deviam ter me contado antes... Eu podia ter evitado... 

Eu ia evitar... Eu devia ter evitado...



Eu irei te proteger




- Vamos, chegamos... - falou e descemos do táxi já entrando no hospital.

Procuramos a recepção e perguntamos sobre a paciente Hirai Momo, a atendente respondeu que ela estava na sala de cirurgia.

Nos sestamos em nos bancos que tinham ali e esperamos por algumas horas, Sana avisou as meninas o que tinha acontecido e disse para elas esperarem notícias, pois até aquele momento não tínhamos recebido nenhuma. 

Mina veio para o hospital também, ela e Sana sabiam da vida de Momo.

A noite chegou, eu e Sana decidimos passar a noite no hospital, Mina foi embora porque sua mãe a chamou, mas disse que no outro dia voltaria.

Estávamos em uma sala de espera onde havia dois sofás e uma janela enorme que dava vista para a cidade. 

- Ei, Sana... - a chamei enquanto eu estava sentada ao lado da janela encarando as luzes que piscavam nas ruas.

- Oi?

- Ela vai ficar bem... certo?

- Vai... pode não parecer, mas Momo é forte...

- Ah... - ainda olhando pela janela.

- Você gosta dela? 

- Eu... O quê?! - a encarei.

- Calma não precisa gritar, nem esconder - gargalhou - Eu também era assim antes de criar coragem e me declarar para Dahyun.

Senti meu rosto corar e me virei novamente.

- Obrigada... 

- Por?

- Por cuidar dela... Eu e Mina estamos ocupadas ultimamente, se não fosse por você esses dias... - suspirou.

- Não precisa agradecer, diz porque eu quis.

- É... você gosta mesmo dela - falou voltando a rir.

- Tsc... Só quero que ela fique bem.

- Está tarde, vamos dormir e deixar o tempo cuidar disso - disse se virando no sofá.

- Ok... Que esse tempo seja rápido - sussurro para mim e deixou uma lágrima escorrer por meu rosto.




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