Um Baile Para Os Guardiões

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Parece que quando estamos preocupados, descansar se torna uma tarefa impossível, ao chegar em meu quarto tirei minha armadura e me joguei na cama, depois de uma hora lutando para dormir acabei desistindo, minha mente se voltou para o passado, para o dia em que vesti minha armadura pela primeira vez.

Acordei com uma terrível dor de cabeça, meu corpo doía, sentei na cama por um instante, tentei me levantar, o mundo começou a girar fiquei tonto e quase caí, então resolvi esperar um pouco mais. Tive tempo para observar o quarto, que assim como tudo que eu já tinha visto em Aureum, me deixou maravilhado, era do tamanho do apartamento em que eu morava com minha família, as paredes eram de ouro, com detalhes de prata e bronze, no teto havia uma imagem do universo, igual a da sala do trono, e na parede oposta à cama tinha uma imagem feita com bronze e prata, cinco guerreiros, todo imponentes, com armas nas mãos, o guerreiro do meio era o mais assustador, usava uma armadura que tinha ombreiras dívidas em três partes, haviam alguns detalhes em seu peitoral que pareciam escamas, os seus braceletes tinham detalhes irregulares, em seu cotovelo haviam pontas parecidas com garras que poderiam ferir um adversário gravemente, ele carregava uma espada samurai de prata, mais parecia um monstro do que um guerreiro, sua imagem era feita de bronze e dava a entender que ele era sanguinário, sem escrúpulos, que nada sobrevivia a ele, dava medo só de olhar, eu não queria aquilo no meu quarto, pediria para que Caos o tirasse de lá. Após alguns minutos de transe por causa da beleza do quarto, exceto o monstro-guerreiro, consegui me llevantr, estava caminhando em direção a janela quando bateram na porta.

--- Pode entrar.

Ninguém entrou, instantes depois bateram novamente.

--- Pode entrar.

Ninguém entrou, imediatamente bateram na porta de novo. Dessa vez eu fui abrir a porta. Parado havia um homem de costas, tinha a pele clara e os cabelos curtos e negros, usava um terno preto assim como os sapatos.

--- Perdoe-me incomodá-lo senhor - disse o homem ainda de costas - Sou um dos servos do palácio, bati em sua porta nos últimos três dias esperando que o senhor acordasse...

--- Eu dormi por três dias? - disse surpreso e interrompendo o homem.

--- Na verdade o senhor dormiu por nove dias, mas já imaginávamos que ficaria em coma por um tempo após receber a bênção de Lorde Caos, por isso esperamos seis dias para vir aqui pela primeira vez - explicou o homem.

--- Eu fiquei em coma por nove dias? - disse impressionado.

--- Sim, senhor.

--- Nossa!!!

--- O senhor está bem, precisa de alguma coisa?

--- Eu estou bem, não precisa se preocupar.

--- Ok, mas o senhor precisa se arrumar, lorde Caos quer vê-lo.

--- Tudo bem, mas não há roupas aqui e eu estou apenas de cueca.

--- Tem roupas no armário ao lado direito da cama - olhei para o lado e não vi nenhum sinal de armário - É só colocar a mão na parede e ela se abrirá.

--- Certo, obrigado.

--- Senhor, não esqueça de pôr a máscara, lorde Caos ordenou que ninguém pode ver seu rosto ainda.

--- Ahh claro, por isso você está de costas?

--- Sim, senhor.

--- Tudo bem, logo falarei com Caos.

O homem se foi e eu caminhei até a "parede-armário" encostei minha mão e ela se desfez, como se abrisse um portal, silenciosamente, então apareceu um tênis branco, uma calça jeans, uma camisa polo branca, um capuz preto e uma máscara preta vestindo um ser invisível, coloquei a roupa, olhei mais uma vez para o guerreiro assustador da parede e fui ao encontro de Caos. Caminhei por vários corredores, admirando sua beleza, virava para a esquerda, para a direita e quando haviam dois caminhos diferentes eu seguia um sem parar pra pensar ou pra perguntar, de alguma forma eu sabia exatamente o caminho até a sala do trono. Quando cheguei na entrada haviam dois guardas, um de cada lado, os dois se ajoelharam diante de mim.

PERCY JACKSON O ÔMEGA os guardiões de Caos (livro dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora