" Estou aqui
Eu amo-te
eu não me importo
se você precisa ficar acordado
a chorar a noite toda,
eu vou ficar contigo.
Não há nada que eu possa
sempre fazer para perder o meu amor "
Saí eu descalça naquela madrugada escura e fria, sem olhar para trás, naquela rua deserta, só via uma única pessoa, uma pessoa alta, aproximei-me cada vez mais, com pequenos passos de formiga, a curiosidade dava conta de mim e o medo também, praticamente já são dois complementes que controlam a minha vida. " Sebastian ? " Disse eu olhando fixamente para ele.
" Estas aqui a fazer o que ? " Perguntou-me com curiosidade.
" Apenas estava a dar um circuito, isso é que te pergunto eu "
" Igualmente. "
" E estas melhor com aquela cena que aconteceu no bar ? " Perguntei com preocupação.
" Sim "
" Para de te meter nessas porcarias, isso não é vida para ninguém"
" Está calada, tu não me conheces, nem sabes nada da minha vida" Ele protestou.
" Sei o suficiente " Pus a minha mão na cabeça.
" Suponho que tenhas ouvido falar sobre mim " Ele levantou uma sobrancelha enquanto eu virava o meu olhar para ele.
"Yap, mais do que eu queria. Acredita em mim..."
“E acreditas no que dizem?” Ele franziu os lábios, os olhos dele centrados nos meus olhos. Ele tinha as duas mãos nos bolsos do seu casaco de pele preto.
“Não...” Os flashbacks da conversa com a Rose na festa vieram-me à cabeça. Mas antes, eu não o tinha visto matar alguém , apenas só entrou num conflito de dinheiro.
“Ainda bem” Ele tirou o maço de cigarros, do bolso do casaco. Tirando um, colocou-o entre os lábios e acendeu-o. Voltou a guardar o maço. "Porque eu tenho a certeza que a verdade é bem pior do que aquilo que eles dizem."
O meu estômago revirou dolorosamente.
“Bem, isso é bom de ouvir ...” Respondi a medo. Um pequeno riso saiu da garganta dele e um sorrisinho formou-se nos seus lábios.
" Tem calma babe, eu não te vou matar " Disse ele enquanto me acarenciava dando um pequeno riso que lhe saiu da garganta dele e um sorrisinho formou-se nos seus lábios.
“Como é qu posso ter certeza disso? Eu numa rua escura e sem gente com um gangster." Revirei os olhos e cruzei os braços.
" Vais-me atirar sempre isso a cara? " Disse ele com um ar irritado.
" Não " Abanei com a cabeça. " Desculpa... " Suspirei e engoli a seco. Eu conseguia sentir as minhas mãos a ficarem transpiradas.
" Ainda bem, não quero mais voltar a ouvir isso " Revirou os olhos.
Das duas, uma ... ou este rapaz era atrasado mental ou bipolar.
O silencios tomou conta de nós,estranho que ficou entre nós nunca ajudou muito à situação em que eu estava. Cada vez sentia o meu estomâgo a dar mais nós.
" Bom, queres ir a minha casa ? " Interrogou.
“Tanto faz.” Murmurei.
" Vá bora lá, eu depois levo-te a casa " Disse ele enquanto ponha as mãos nas minhas costas e direcionava-me até casa dele, praticamente estavamos os dois caladas.Dei por mim a olhar para todo o lado, para me manter ocupada, mas depressa os meus olhos encontraram a cara dele. Não vou mentir, ele até era bonito, aliás, ele era bastante bonito. Ele tinha o maxilar super tenso e isso dava-lhe um ar sexy. Comecei a contar os sinais no pescoço dele, e, quando cheguei aos quatro ele suspirou, e virou a cara para mim.
“O que é que se passa? Tenho alguma coisa na cara?”
Abanei a cabeça. Só queria chegar a casa dele.
Eu estou a ir para a casa de um assassino/ex-presidiário. Wow, isto dava uma bela história para contar aos meus filhos quando for mais velha. Ia mentir se dissesse que não estava super nervosa.Também estaria a mentir se dissesse que não tinha ficado um pouco contente pelo convite.
O Sebastian riu-se. “Não estás confortável?” Ele riu-se novamente,pegou no meu queixo olhando para mim muito depressa.
Senti as minha bochechas aquecerem. “Não, apenas… "
" Apenas nada , relaxa "
Tínhamos finalmente chegado ao que me pareceu ser a casa dele, visto que estavamos a ir direcionados para uma porta. Não consegui evitar abrir a boca em surpresa, wow, quando vi a casa como deve de ser. Tenho que admitir que era linda!
Na verdade não posso dizer que estava desapontada. Quer dizer, era óbvio. Mas nunca pensei que fosse acontecer desta maneira.
Eu era sempre a rapariga sossegada, fazia os trabalhos de casa, ouvia os meus pais, tirava boas notas e tinha cuidado comigo mesma. Nunca deixava nada sair fora do meu controlo quando saía, eu era uma boa pessoa. Apesar de ser tímida, peculiar, e uma boca grande às vezes…
Eu fazia coisas boas. Nunca fiz uma única coisa “má”… Até hoje à noite, quando saí ás escondidas de casa. E tinha que ser da primeira vez que fazia alguma coisa “radical”, que me envolvia em tantos problemas.
E agora, aqui estava eu ,a conversar com um assasino enquanto ele me levava para a casa dele.
Ser levada por um assassino era suficiente para me impedir de fazer alguma coisa estúpida.
Ele remexeu nos bolsos das calças à procura das chaves de casa. Eu mordi o meu lábio, curiosa sobre o que me ia acontecer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
o diário da nossa paixão
RomanceUma história de amor. Um amor impossível. Uma história de aventura.