Mastiguei um pedaço de frango, tomei um gole de água, e percebi que o Sebastian mal tinha tocado na sua comida.
- Hey! – Ele olhou para mim – Não vais comer? – levantei as sobrancelhas, comendo outro pedaço de frango.
- Não estou com fome. – respondeu.
Homens e as suas faltas de palavras: uma das coisas mais irritantes.
- Então porque é que pediste? – Ele lambeu os lábios.
- Porque achei que estava com fome. Ouve, já terminaste? – Ele apontou para o meu prato.
Olhei lentamente para meu prato, olhando para ele novamente.
- Eu…
- Ótimo! – Ele cortou-me as palavras, ficando de pé e pegou na sua carteira. Colocou algumas notas debaixo do meu copo, antes de pegar no meu pulso, levantado-me da cadeira.
- Qual é a pressa, Sebastian? – o olhei para ele, mas ele nem me olhou, saindo do restaurante, em direção ao seu carro. – Terra chama Sebastian!
Ele virou a cabeça para olhar-me.
- O que?!
- Eu não tinha terminado! – reclamei como uma criança de cinco anos. Eu sei, é vergonhoso. Eu não tinha comido nada desde a festa!
- E daí? Eu compro-te alguma coisa no caminho de volta. – Ele entrou no carro depois de soltar meu pulso.
Caminhando para o lado do passageiro e apertando aquele bendito botão, eu fechei a porta depois de entrar.
- No caminho de volta para onde?
- Sente aí e coloca o cinto. Não tenho tempo para as tuas perguntas irritantes. – Ele murmurou enquanto acelarava.
Depois de alguns minutos, curvas e voltas pelos bairros,o Sebastian finalmente parou o carro.
Juntando as sobrancelhas, eu olhei pela janela para ver que ele havia parado na frente de um velho armazém abandonado. Eu não sabia como me devia sentir.
O Sebastian abriu-me a porta e esperou ao lado dela para que eu descesse. Saindo, eu fechei a porta antes de caminhar até ao seu lado. Eu estava prestes a falar alguma coisa quando Justin me interrompeu.
- Segue-me! – ele apontou para o armazém.
Assentei sem dizer uma palavra sequer, o seguindo quando ele começou a caminhar. Abrindo a porta, o Sebastian entrou, segurando a porta aberta para eu passar e a fechando suavemente atrás de nós quando entrei.
Quando ele se aproximou de mim para fechar a porta, percebi que seu maxilar estava relaxado e ele havia estava calmo.
Como é que alguém poderia ir de normal para a raiva e então para a calma no período de uma hora?
- Vens ou não? – saí dos meus pensamentos para descobrir que o Sebastian já estava do outro lado do sitio misterioso.
Olhando ao redor, eu comecei a andar lentamente, sem dizer uma palavra. As paredes estavam rachadas, alguns pedaços do telhado caídos fazendo questionar a cada segundo o que se tinha passado naquele lugar.
- O que aconteceu aqui?
O Sebastian não se virou. Invés disso, continuou a caminhar.
Por um segundo, pensei que ele estivesse a ignorar-me e eu estava prestes a perguntar novamente quando ele parou do lado de fora e colocou as mãos nos bolsos nas calças, e olhou para o céu.
Eu tirei meus olhos dele e vi o que ele olhava. Instantaneamente, os meus olhos arregalaram-se.
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o diário da nossa paixão
RomanceUma história de amor. Um amor impossível. Uma história de aventura.