"Então, isto é tudo um jogo para ti? "

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Estávamos no topo da colina, o céu atingiu as cores rosa, laranja e roxo. As nuvens passeavam, o sol pos-se na nossa frente. Dava para ver metade da cidade daqui de cima. Era incrível.

" Mas Sebastian... Isto é tão..." 

Cortou-me as palavras. 

" Lindo, não é? " 

" Sim, bastante. " Respondi - É simplesmente incrivel, nunca tinha visto nada assim" 

Ele assentou. 

" Como encontras-te este lugar ? " Finalmente tirei os olhos daquela paisagem " 

O Sebastian teve 3 minutos , aquele seu silêncio deu para refletir. 

" Este lugar pegou fogo. - Isto respondia a minha pregunta- E despois encontrei este lugar e vi-o assim... " 

Eu coloquei o cabelo atrás da minha orelha. 

" É mesmo muito bonito, adorava ter uma lugar assim" Admiti , enquanto olhava para o céu. 

O silêncio envolvianos até que o justin falou mais uma vez. 

"Agora tu tens." Afirmou com clareza. 

Olhei para ele sentindo o meu coração aos pulos e as borboletas a encherem-se na minha barriga. 

Nós ficamos ali num silêncio puro entre nós dois e alguns animais a fazer barulho atrás de nós. Além disso conseguia distinguir era o som dos nossos coraçoes. 

" Porque é que isto pegou fogo? " Saiu-me assim do nada, mas tenho de admitir que tinha uma certa curiosidade em saber, por isso deixa-me estar com a mesma pergunta. 

Ele lambeu os lábios. 

" Negócios " Foi tudo que disse. 

" Que tipo de negócios? " Mordi o lábio. 

Ele suspirou. 

"Os mesmos negócios que enfrento os dias inteiros. Um grupo rival tentou jogar connosco, eles tentaram mais uma vez e para nos atingir, eles atearam fogo num dos nossos locais. " 

 " Havia alguém dentro quando aconteceu? " 

Ele encolheu os ombros. 

-" Não sei, não ligo. " – disse simplesmente. - " Tinha outras cenas na cabeça." 

 Então tu não ligas ao fato de pessoas inocentes possivelmente terem morrido? – falei, em grande temor por as suas palavras. 

Quer dizer, eu sabia que ele era  sem-coração, mas não pensei que ele não ligasse tanto assim.

Ele puxou os lábios, fazendo com que se juntassem em uma linha.

" As Pessoas que entram neste negócio sabem o que pode acontecer. Elas escolhem este estilo de vida. Elas deveriam saber que as suas vidas estavam em risco no momento em que concordaram em vender as suas almas."

- O que quer dizer? 

- Uma vez dentro, não tem como sair. Tu vais ser sempre  um alvo e serás enganado por um inimigo por muitos grupos , Isto é o que eu quero dizer.

- Tu sabias disto? 

Pergunta estúpida, eu sei, mas não consegui me impedir

Ele riu-se. 

- Porque é que achas que eu sou este tipo de gajo  todos os dias? – Ele olhou para mim com uma sobrancelha arqueada. 

Eu encolhi os ombros. 

- Tu com certeza consegues agir como se fosses. 

Ele riu ameaçadoramente. 

- Chama-se saber jogar de acordo com o jogo, babe.  

- Então, isso tudo é um jogo para você? 

- Talvez sim, talvez não. – eu sabia que ele queria sorrir pela forma como seus lábios se levantaram, mas rapidamente se acalmou. 

Revirei os olhos.

Ele permaneceu quieto, olhando para longe. 

Suspirei. E eu pensei que estávamos conseguir tirar alguma coisa desta porcaria. 

Eu tirei o meu celular do bolso e  olhei para as horas por um instinto. 

Merda.

- Temos que ir. 

Ele virou a cabeça para mim.

- Porquê? 

- Porque já é tarde e meus pais vão  descobrir que eu não estou em casa. – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. 

O  rosto dele transpareceu a sua compreensão por mim.

- Ah, sim. – Ele  virou-se, caminhando de volta para dentro do armazém.

Eu  segui-o através da construção até chegarmos à porta de entrada. Caminhei para o seu carro, abri a porta e  sentei-me no banco e esperei por ele. 

Após alguns minutos de espera, olhei pela janela para ver que o que estava a fazer e pegou num cigarro e acendeu-o.

Suspirei com amargura.

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