“Vais entrar ou tenho que de arrastar para dentro?”
“Huh?” Olhei para cima para ele com os olhos abertos e curiosos.
Ele abanou a cabeça. Agarrou o meu braço e puxou-me para dentro, antes de fechar a porta da frente atrás de nós. Ele virou a cabeça e olhou para mim. “Segue-me”, e subiu pelas escadas. Assenti. Quando ia a subir as escadas mordi o lábio, e olhei sempre para baixo, com o cuidado de não chamar a atenção de ninguém que pudesse aqui estar a esta hora.
Ele encolheu os ombros , entrando no quarto, fechando a porta atrás de nós.
Olhei à minha volta. Era enorme. Ele tinha uma cama estilo Rei no meio do quarto, com lençóis castanhos, e uma colcha preta por cima. As paredes eram castanhas-escuras. Eu estava completamente surpreendida no mínimo.
“Gostas?” Ele exibiu um grande sorriso e arqueou uma sobrancelha.
Mordi o interior da minha bochecha antes de assentir. “Isto é tipo… o triplo do tamanho do meu quarto!”
Ele riu. “Bem, não te habitues. Vais embora brevemente. Só tenho que tratar de umas coisas antes.”
No entanto, enquanto eu e ele estavamos a falar, subitamente a porta do quarto abriu-se, revelando uma pequena rapariga, mais ou menos do meu tamanho, com cabelo loiro encaracolado, e uns olhos azuis oceânico.
Paralisei em choque.
Ela era linda.
Quando os olhos dela passaram por mim, mostrou uma expressão de horror misturado com nojo. Eu encolhi-me.
" Quem é esta miuda ? " Ele cuspiu as palavras como veneno, com as íris azuis a queimarem os meus olhos.
Tentei desviar o olhar mas havia alguma nela que prendia o nosso olhar.
O Sebastian virou-se, com a expressão a endurecer. “Não comeces”. Ele exclamou, e ao dizer isto eu arrepiei-me.
Num ar de gozo ela mandou o cabelo para trás do ombro, movendo o olhar de mim para ele, antes de voltar outra vez para mim e revirar os olhos. Dando-me um último olhar de nojo ela virou os saltos dos sapatos Louis Vuitton, e sair do quarto.
Eu engoli em seco. “O que é que acabou de acontecer?” Consegui dizer.
“Não te preocupes.” Ele passou por mim e saiu do quarto também, deixando-me sozinha, a pensar no que tinha acabado de acontecer e se eu tinha alguma culpa.
Pelo que eu aprendi no passado: Quando as pessoas normalmente dizem “não te preocupes”, deves mesmo preocupar-te!
Deve ter sido super desconfortável, ele pensou enquanto suspirava e andava até ela. Olhou para baixo para a Maddi e mordeu o interior da bochecha. Ela era linda, não haviam dúvidas, mas havia algo nela que fazia o Justin querer gritar.
Ou era porque ela o tinha apanhado num dos seus melhores momentos (note-se o sarcasmo) ou pela merda que ele tinha passado alguns dias atrás, ele sabia que aquela miúda significava problemas.
Inclinou-se e pegou no corpo dela como se fosse um bebé, antes de se levantar e a deitar na cama intocada. Agarrou num cobertor e colocou-o em cima dela, tapando-a desde os pés ao pescoço.
Olhou para ela uma última vez, virou-se e desceu as escadas casualmente e foi ter comigo ao quarto.
" Sebastian, quem era aquela miúda de olhos azuis ? " Perguntei eu com um ar desconfiado.
" Esquece esta cena ! " Exclamou.
" Bem, eu tenho de ir para casa. "
" Espera, não queres dormir cá ? " Perguntou-me enquanto punha a mão no meu ombro "
Definitivamente ele é bipolar.
" Bom, sendo assim aceito o convite " Precisava que a aminha tivesse ação, bom na verdade agora não me posso queixar desta, estava farta de ser uma boa filha, uma boa aluna , até mesmo fazer as coisas perfeitas ( e dormir na casa de um gangster é demasiada aventura ).
" Dormes na minha cama, que eu durmo no chão "
" Que gentil, obrigada " Disse-lhe eu a olhar profudamente e sorri com um sorriso leve.
De manhã.
“O-Olá.” Eu engoli em seco, a forçar-me a não olhar para os abdominais dele.(Pelo que eu conseguia ver sem estar a olhar diretamente).
“Dormiste bem?” Ele virou-se de costas para mim enquanto remexia nas gavetas, provavelmente à procura de alguma coisa para vestir.
“Perfeita muito obrigada. O chão de madeira é super confortável?” Fingi um sorriso na direção dele, o que o vez rir.
Oh, quem me dera arrancar-lhe aquele sorrisinho da cara neste momento.
“Bem, isso é bom de ouvir. Tenho a certeza que o meu chão adorou ter o meu cabelo sexy espalhado em cima dele. Eu sei que ia gostar.” Ele piscou-me o olho, o que fez as borboletas no meu estômago começarem a voar em todas as direções.
Estou a começar a sentir que estou a perder a cabeça. Tem que haver alguma coisa errada comigo. Para não mencionar que ele está ainda mais bipolar do que antes, e eu juro que pensava que isso não era possível.
Abri a boca para dizer alguma coisa mas apercebi-me que não tinha nada para responder. Suspirei e revirei os olhos antes de cruzar os braços contra o meu peito.
“O que foi? O gato comeu-te a língua?” O Justin riu-se enquanto puxava uma camisola com decote em V pela cabeça.
“Cala-te. Seu bipolar!”
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o diário da nossa paixão
RomanceUma história de amor. Um amor impossível. Uma história de aventura.