14 - 💏.

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•Amy On

Hoje tem aula de artes cênicas.

"Quero que vocês montem um script dessa peça, vocês vão apresenta-la quando ficar pronta."

Foi o que John disse para mim e Kim na última aula que tivemos. Fiquei apreensiva quanto à isso, mas depois de pensar cheguei numa conclusão.

Não serei uma bonequinha nas mãos do idiota.

- Professor John, posso falar com o senhor? Prometo que não vou demorar... - Cheguei mais cedo para falar a sós com o professor.

Ele concordou.

- Eu quero sair das aulas do senhor.

Depois de algum tempo e desculpas inventadas e esfarrapadas, ele cedeu.

- Okay.. - Suspirou e assinou um papel - Leve esse papel para o diretor e peça a ele para que te transfira.

- Certo, obrigada!!

Eu não vou fazer Script nenhum com você, Kim.

Dobrei aquele papel importante e saí da sala antes que me esbarrasse com algum aluno.
Tal cuidado não foi tão eficaz, escolhi o caminho errado e encontrei quem eu não queria;

Jiwoo, Kim e Jungkook.

O que Jiwoo também fazia ali? Foco, Amy, não erre agora.

Respirei​ fundo e continuei a andar tranquilamente. O idiota sorriu ao me ver, JK olhava para o chão pensando e Jiwoo.... Bem, Jiwoo permanecia com sua cara de lambisgóia enjoada.

- Amy, você não vai pra aula? - O mais velho questiona.

Balanço a cabeça negativamente​ e mudo de assunto;

- Onde está Hobi?

- Ele tá dormindo noona.. - Responde o maknae.

A expressão de Kim tornou-se ilegível depois de eu ter falo sobre seu Hyung.

- Entendi... Até mais! - Voltei a andar apressadamente. Prolongar aquela conversa seria um erro.

Guardei o papel de transferência no bolso e meu rumo era a diretoria.
O idiota frustrou meus planos. Quando percebi seu braço estava envolta de mim, e nós andávamos lado a lado.

Eu paro.

- Kim, você tem que ir pra aula, já vai começar. - Falo tentando ser severa.

Ele revira os olhos.

- Amy, pense. Porque você acha que eu comecei a fazer essas aulas?

Permaneço calada.

- Pelo professor John que não foi - Faz uma careta engraçada, que me arranca um sorriso - Pelas aulas dele também não...

Eu não queria que ele continuasse, então voltei a andar, agora, quase com pressa.

- Onde vai?

O ignoro.

- Vou com você. - Seus passos venciam os meus facilmente.

Logo à frente, tinha uma sala com TV e 2 sofás grande. Era o lugar onde os alunos podiam passar suas tardes desocupadas de sábado e domingo. Mas agora serviria.

Entrei ali mesmo, sendo seguida. Sorte - ou não - é que não havia mais ninguém além de nós.

- Esse papel no seu bolso é de transferência né? - Pergunta inexpressivo.

- Uhum... Mas não vou mudar de faculdade. - Rio amarga, como se tivesse graça.

- Hum... - Quando olha pra mim, me flagra o encarar, e esboça um sorriso tênue.

Desconcertada, eu coro e foco na TV. Minha atenção era tanta que parecia estar passando um programa interessante, mas ela estava desligada.

Kim coloca as mãos grandes nos meus ombros e se aproximar devagar, me olhando fixamente.

Por que parece ser em câmera lenta?

Quando ele já está realmente perto, a menos de um palmo de distância e relativamente inclinando, recuo com um pequeno passo para trás, por um impulso idiota.

O garoto morde o lábio inferior discretamente e desvia o olhar, me puxando para um abraço afim de esconder seu rosto que começava a ficar vermelho, igual o meu.
Sinto seus batimentos cardíacos loucos, totalmente descontrolados e respiração pesada.

Engulo seco.

Prometo pra mim mesma que qualquer coisa que ele falar nesse momento, vou me fingir de surda e não escutar.
Porque as palavras dele me afetam, mesmo que eu negue vez após vez. Afetam, ok?

Eu quero perguntar o porquê do abraço repentino mas provavelmente já sei dá resposta.

O menino me solta, senta no sofá de costas pra mim e cruza as pernas.
Minha curiosidade exagerada, faz-me ir até ele com as pernas um tanto bambas. Vejo sua expressão levemente atordoada e os olhos fechados com força.

Que garoto bonito...

O mesmo impulso​ que me fez hesitar de Kim, me fez andar até ele, puxar seu maxilar bem marcado com uma das mãos e selar nossos lábios delicadamente.
Ele fica surpreso e aperta os próprios punhos contra o sofá, se proibindo de fazer qualquer coisa, como se essa fosse a minha punição por ter o rejeitado.
Aos poucos, Kim deixa seu pescoço tenso relaxar, acho que ele não esperava que eu fosse me afastar ligeiramente.
Não acredito.
NÃO ACREDITO.
Que merda eu fiz!?!

Nunca estive tão confusa antes, um turbilhão de perguntas se repetem em minha mente.
O que estou sentindo?
O que é isso?
É bom,
Mas eu não quero!
Vai demorar pra passar???

Sento no chão quando a força das minhas pernas se vão de vez e minha garganta se fecha.
Por favor Kim, eu não quero precisar de você!!
Eu não queria chorar ali, mas foi o que acabei fazendo.
Esfrego os olhos para minimizar a cena vergonhosa que causo mas o rímel borra e só piora.
O garoto esta mais perdido que eu e não sabe o que fazer.

Vou morrer de vergonha.

- Porque está fazendo isso comigo, Kim? - Murmuro entre os soluços.

Kim fica inquieto, aflito, não sabe o que fez de errado exatamente. Sinceramente? Este garoto me faz trocar o racional pelo irracional e isso me frustra profundamente.
Vagarosamente, ele senta-se no chão à minha frente e me encara, esperando que eu continue a falar.

Mas eu não tenho palavras.

Então ele simplesmente me abraça, como fez no dia que fugimos do inspetor e entramos no tronco oco da árvore, como fez há alguns poucos minutos atrás.

O abraço também, com todas as minhas forças, como se eu precisasse dele. E é disso que tenho medo;

Precisar dele.

- Você está chorando... Porque? - Pergunta calmo.

- Por que eu te odeio...

- Sério? - Kim solta um suspiro humorado - Eu também! - Ele sorri e se afasta um pouco com uma terna e doce expressão para ver meu rosto - Parece que estamos kits, Amy.

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Parece que alguém tem complexo em não conseguir dizer "eu te amo", não é msm? Rsrsrsrs

Split • kthOnde histórias criam vida. Descubra agora