Helena tem memórias. Tanto boas,quanto más. Ela tem uma vida fora do comum se você for connsiderar que ter uma vida normal é como nos comerciais da televisão.O que retém no passado é motivo para traumas no presente e o que a aguarda no futuro é moti...
Completamente irritada. Ao que parece, Matheus não se contenta com minha amizade, ou tem um conceito totalmente contrário do que tal palavra significa. Para começar, sempre quando me comprimenta, rouba selinhos, não importa o quanto chama a atenção das pessoas,fofocas e murmúrios por onde passo.
Ele também tenta colocar sua mão em minha cintura, me irrita o quanto parece confortável com tudo! O pior de tudo é que Matheus conseguiu com que eu recuperasse talvez um pouco do sentimento de antes.
Hoje o clima, inclusive, parece estranho. Nem quente nem frio, com nuvens, o que dá aquele aspecto de um dia cinza. Como uma sensação de que as coisas não estão certas ou de que acontecerá algo ruim.
Entro na famosa lanchonete do bairro, talvez 2 quarteirões da escola até aqui. A maioria dos alunos passam aqui, todos conhecem, é como um ponto onde adolescentes vêm para desenvolverem a vida social -ou simplesmente aproveitar uma boa refeição.
Não é um dia com muito movimento, aparentemente. Exceto por uma dupla de garotas mais novas com o rosto carregado de maquiagem e roupas extravagantes tirando fotos,dois caras curtindo uma bebida,um pai desesperado com sua filha pequena que faz birra, não me esquecendo dos donos e...um menino sentado em uma mesa no canto, com um ar que chega até ser meio misterioso.
Tento parecer desinteressada, mas sou vencida pela pura curiosidade. Ele está sozinho comendo seu sanduíche eventualmente e com os olhos vidrados em um caderno. De repente, ele levanta os olhos e percebe minha presença, me olhando através de seus óculos meio quadrados de armação preta.
Finjo estar fazendo algo mais interessante, como olhar o cardápio enquanto sinto vergonha de mim mesma. Nossas mesas estão separadas apenas por uma das entradas, e enquanto meu pedido não chega fico observando-o para passar o tempo enquanto meu pedido não chega.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Usa uma calça preta, uma camisa xadrez vermelha e uma branca por baixo. O modo como uma mecha de seu cabelo castanho claro caía para a frente e como tentava se concentrar no que lia, fazia a cena ficar ainda melhor de se observar.
Não me considero uma louca atrás de macho, só sei perceber quando alguém atraente está em uma mesa perto da minha em uma lanchonete quase vazia.
E o Matheus?
Meu subconsciente sussurrava mas eu ignorava prontamente, não é como se eu fosse me jogar em cima do garoto a a qualquer momento.
Em um desses meus momentos de devaneios, ele percebe que eu o observo- Através do cardápio, eu sei, talvez seja algo muito ridículo, mas eu não tinha muita opção no momento- e eu quase derrubo meu suco de limão. Que deplorável.
Foi aí que algo estranho aconteceu. Meu sanduíche já havia chegado, e eu estava morrendo de fome, então comecei a comer e ele que começou a me observar nesse momento de minha distração, quando ele faz uma cara perplexa como quem diz "Ei, eu te conheço de algum lugar". Ele abriu a boca e fechou de novo, demonstrando contusão.
Quando Matheus entra de supetão pela entrada a minha frente. Agora vamos às alternativas do motivo pelo qual fez ele aparecer:
1) Ele queria comer. 2) Queria um caso com a esposa do dono da lanchonete. 3) Estava me procurando. 4) Aconteceu uma grande infestação de ratos em sua casa e ele veio parar aqui.
Bom, não sei quanto a alternativa 4, mas não querendo ser egocêntrica, aposto na terceira alternativa. Não que Matheus não seja uma boa companhia, até que é, mas ele grudado em mim o tempo todo... Não dá certo, para o meu bem psicológico.
-Olá, Leninha- Matheus dá uma piscadela e já vai se sentando na cadeira, de frente para mim e-por ironia da vida- tampando minha visão para o garoto bonitinho.
-O que temos aqui- Falo carrancuda.
-Com toda certeza deve ter sentido minha falta, não te vejo faz um dia!
-Às vezes precisamos respirar a liberdade, Matheus- Suspiro. O que ele está fazendo aqui?
-Qual o motivo do estresse?
Ele bebe um pouco do meu suco.
-Não me leve a mal, mas é que estamos muito grudados!-Reclamo indignada.
-Sabe, poderíamos evoluir essa nossa situação atual. Eu te dei seu primeiro beijo, também posso te dar outra coisa.- Ele me dá um olhar com segundas intenções e sorri de lado.
Paro de mastigar na hora com a boca aberta. Me deixo levar pelo impulso e pela indignação, pegando minha mochila e pago no caixa meu lanche e saio apressada, chamando a atenção do tal menino.
O quê ele pensa que eu sou? Não faz nem uma semana e meia que "voltamos" e ele já pensa nisso?! Eu não sou seu objeto de prazer!
Ouço ele me chamar ao longe e seus passos atrás de mim, mas ele percebe que ando ainda mais apressada e respeita minha privacidade enquanto eu atravesso a avenida.
Quando chego em casa, penduro minhas chaves e jogo minha mochila no sofá mas paro abruptamente quando vejo a pessoa do outro lado da sala que pensei que veria hoje me olhando.
E tcharãã eu lhes apresento... O garoto sem nome!! Convenhamos, vocês meninas, sempre olham para alvos em questão quando estamos em algum lugar público. Não vamos culpar Helena, ele realmente é um....
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Hum...acho que imagens falam mais do que mil palavras não é mesmo?? Rsrsrs
Não se esqueçam de votar, me motiva muito a continuar, comentem o que acharam!
#Teamgarotobonitinho? #TeamMatheus? #Team..... Esse é mais para frente, sem spoiler, sem spoiler.
Minha boca é um túmulo, surprise, posso fazer Lena ficar até com um mendigo que conheceu na rua só para surpreender! Enfim, espero de coração que tenham gostado
