Prologue.

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- há ingenuidade de alguns, e a diversão de outros.

Charlotte Brown.

O Reino Unido sempre foi um dos lugares mais lindos para mim, supondo, que eu nunca havia saído da pequena cidade do interior da Inglaterra. E possivelmente, seria um pouco difícil dizer a deus ao ar úmido e os campos verdes que florestan cada parte a volta da pequena cidade de Hawkshead, localizava-se a 150 km ao norte de Manchester e raramente eu ia até a cidade "grande". Talvez não fosse uma das melhores escolhas que eu já fiz na vida, mas a minha maior vontade sempre foi ir de encontro ao mundo.

Sair de lá para ir até a América, sempre foi algo que eu sonhei, mas sempre impossível de se realizar. Seria complicada dizer a deus ao ar puro que toda manhã, e toda parta da minha vida encheu os meus pulmões. Mas, teria a grande oportunidade de conseguir realizar o meu sonho. Que talvez, não fosse tão impossível assim. Meus olhos acompanharam até o fim o verde das flores sumirem da minha visão, e em menos de minutos pude ver os prédios, pessoas andando rápidos e apressadas, sem notar a grandeza a sua volta. Meus olhos brilharam, ao tudo novo, um mundo novo.

Foi um choque de realidade, eu já não conseguia segurar-me apenas lá. Tudo em mim, obrigava-me a sair andando sem rumo. Sentir o vento frio em meus cabelos, bagunçados, eu não poderia fechar-me para sempre. Sem nenhuma outra oportunidade, vi os olhos do meu pai em mim sorrindo e retribui. Eu agradeci aos céus ao avistar o imenso aeroporto a menos de metros de mim. Soltei alguns gritinhos animados, enquanto pulava animadamente no banco do carro.

— eu não acredito!– repeti para mim mesma, pulando para fora do carro.– eu não acredito que vou fazer isso, Oh meu Deus!

Joguei meu corpo nos braços do meu pai rodando enquanto gargalhava sobre a minha própria felicidade.

— vá com Deus minha filha.– ele disse, depositando um beijo em minha testa.– que tudo dê certo para ti, iremos sentir saudades.

— eu também pai.– disse já me afastando, puxando as minhas pequenas malas.– EU TE AMO!– gritei e corri igual uma criança, admirando cada canto daquele lugar.

As pessoas andando, famílias com crianças e todos expressando possível felicidade em seu rosto. Eu era como uma intrusa naquela sociedade, algo novo para mim, tudo dos pés à minha cabeça indicavam que eu era uma jovem sonhadora do campo. Que nunca sequer, havia pisado em um aeroporto. Me embaralhei em meus pensamentos, perdendo-me no espaço gigantesco. Meus olhos observavam um outro mundo adiante.

Depois de alguns minutos de enrolação, eu finalmente estava dentro de um avião. Minhas mãos soavam frio, de nervoso, quando ouvir a voz do piloto dizendo que iríamos decolar. Pela janelinha eu podia ver as montanhas verdes, bem pequenas, no fundo de todo, e o caos da cidade. Relembrei para mim mesma o primeira vez que eu havia deixado os campos de lado, possivelmente a cerca de 7 anos atrás. Era estupidez, para mim, mas quando eu vi os montes de prédios, a beleza da iluminação e tudo encantou-me, fazendo eu sonhar até hoje em como seria a minha saída da Inglaterra. Por mais que eu amasse os campos verdes, seria a hora de deixar as coisas para trás.

Sorri quando vi o avião já estava no ar, conseguia ver as nuvens e tudo parecia um grão de tão pequeno. Mal dava para se notar a diferença que dividia o campo e a selva de concreto. Mas ainda sim o verde predominava ainda mais, enchendo meu coração de saudades. Senti alguém cutucar-me ao lado e virei rápido. Meu coração se acelerou, ao ver seu rosto com um sorriso debochado, minha cabeça rodou latejando, agarrei meus cabelos nervosa, e um grito saio da minha boca. Senti suas mãos em meu braços, acariciando.

— calma amor, eu irei cuidar de você.

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