New Age.

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- eu sou a criação do inferno

Charlotte Brown

Dois anos depois .

sentei-me na cadeira giratória, cruzando minhas pernas cobertas pela calça de couro preta, com zippers nas laterais. Era provocante é extremamente sexy. Endireitei minha postura, ficando completamente reta, e analisei o mapa no notebook em cima da mesa de madeira escura e fosca. Deslizei meus olhos pelas letras em negrito, destacando os pontos que faziam a adrenalina em meu corpo aumentar em apenas imaginar aquilo em pratica.

— não acha bom Charlotte?– levantei meu olhar até Maicon, que tinha um sorriso travesso em seus lábios. Revirei os olhos, rindo amargamente. Inclinei meu corpo para frente, ficando o mais próxima de seu rosto. Seus olhos esbanjavam uma luxúria altíssima. Eu podia ler sua mente, imaginando seus pensamentos mais travessos e repugnantes, que me fazia querer matá-lo.

— você é um completo imbecil Maicon, eu tenho o poder e eu controlo ele. Não importa que seus planos sejam os melhores, eu tenho algo que supera. você sabe do que eu estou falando, babaca.– ele recuou, ficou em silêncio, o maravilhoso silêncio que eu tanto gostava de ouvir em minhas vítimas.

— sabe que ele não pode ajudar vocês. Nem sabe se aquele filho da puta está vivo ainda. Henry já o matou querida. – meu corpo entrou em um colapso, arregalei os olhos, minhas mãos fecharam-se em punhos, eu sabia que não iria conseguir lidar quando ouvisse isso. A vontade de ver o sangue dele em minhas mãos, e não poder mais ouvir seu coração emprestáveu batendo, era tão grande que conseguia se igualar com meu sentimento de saudades. 

Eu me levantei da cadeira, passando a mão pelos meus cabelos, os agarrando para não colocar minha mão em outro lugar, em seu coração. Meu desespero começou a me deixar em pânico, eu sentia como se fosse a dois anos atrás, quando eu havia conseguido sair daquela prisão, quando fiquei trancada por meses em uma sala sendo dopada. Eu consegui superar minha dor, pois o evitava em minha mente, tentando imagina-los bem, e que apenas estavam esperando a mim para salvá-los.

— ele morreu e você sabe disso, Charlotte. Ele é sua filinha. Mortos.– tirei minhas mãos do rosto, o encarando com tanta fúria que sentia minha cabeça latejar, minhas mãos quererem arrancar sua cabeça, ver seus olhos esbugalhados para fora. Empurrei seus ombros, para tirar seu corpo da minha frente.

— não fale isso. Não ouse falar isso.– levantei minha voz, passando a mão por trás da minha blusa.– ou quem vai morrer e você Maicon, você é Henry, seus dias estão contados.– ele se aproximou rindo friamente.

— então porque não me mata logo? Você precisa de mim mais que precisa deles, vadia.– meu corpo não aguentou o choque de raiva, acertei um tapa em seu rosto, e rapidamente tirei minha arma da calça, apontando para sua cabeça.

— está duvidando?– ri, andando em sua direção, enquanto ele recuava um passo para trás.– bobinho, tem certeza que passou por sua cabeça que eu iria conseguir controlar minha fúria? Você não sabe o quanto eu estou louca Maicon, não tem ideia. O quanto eu quero arrancar sua cabeça.

Ele me olhou amedrontado, ele tinha uma arma e podia usar, mas eu havia controle sobre as pessoas, controle mental que eu havia adquirido depois de ter a companhia de Bieber. Ele me ensinou a ser a pior pessoa do mundo, e eu iria salvá-lo, junto à minha filha. E Maicon, era só um no meu jogo que já tinha que ser descartado a muito tempo. Mas eu fui boazinha e queria poupar sua vida, para ter menos um para contar na minha lista em direção ao inferno. Eu estava farta do seus jogos, e de sua falsa manipulação dos meus homens contra mim, sentia o desejo de matá-lo e fazer-lo sofrer, até cada gota de seu sangue está derramado para fora do seu miserável corpo. Meu dedo apertou acidentalmente o gatilho da arma, imprevisível, ele não esperava. A bala  acertou em seu estômago, ele se ajoelhou e caiu no chão jorrando seu sangue tão desejado para fora. Abaixei-me ao seu lado, empurrando seu corpo para que ficasse mais visível o ferimento, ele ainda estava vivo, e olhou-me pedindo piedade por sua merda de vida. Eu ri, e passei o cano da minha arma em seu sangue, esfregando em seu rosto.

My DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora