My Darkness

Scrambled Paths.

- meu coração bate, eu respiro, e meu sangue circula em minhas veias, mas minha alma e minha mente estão mortas.

Charlotte Brown.

As minha noites tem sido totalmente tiradas de mim, eu tinha a total certeza de que agora tudo estava em ruínas, já não existia nada que pudesse me manter mais em pé. Desde do dia em que Melanie morreu, que eu a matei, minha mente se tornou uma imensa confusão, mas do que já estava. Meus olhos não conseguiam se fechar com medo do que poderia ver, eu estava sendo atormentada pela minha própria mente. Os dias, tenham passado ainda mais rápido, porém, meu sofrimento nas mãos dele não diminuem como a minha sanidade mental.

Justin, anda dez vezes mais nervoso, o que me deixa sendo o alvo principal de seus surtos. Eu tenho ficado ainda mais dolorida, e meu corpo, ainda mais destruído. Havia arranhões, marcas, roxos e cicatrizes por toda parte. Hoje, seria um dos únicos dias que eu poderia dormir, haviam injetado as agulhas em minhas veias, e pude ver pelos tubos transparentes que passavam por todo meu corpo, escorrerem a droga líquida que iria para o meu sangue.

Acho que meu corpo já havia se acostumando com aquelas injeções de drogas, e de tantas que já haviam sido injetadas em mim, que demorou certos minutos a mais para fazer efeito, enquanto isso, eu me martirizava olhando o sofrimento da garota ao meu lado. Mas uma vítima que futuramente, se eu ainda conseguisse ficar em pé, ou respirando, eu iria matar. Agora, eu já conseguia sentir a droga fazer efeito sobre meu organismo, me deixando um pouco mais relaxa, mas ao mesmo tempo eufórica. Batia meu dedos freneticamente, contando cada milésimo de segundo em minha mente que rodava em torno de si mesma, colocando todos meus pensamentos a mil.

Essa não foi uma boa hora para começarem a fazer testes em mim.

Meu subconsciente formatava coisas absurdas dentro de mim, e eu acabei entrando em eu estado de pânico, e comecei a gritar como uma louca sendo perseguida pelo seu próprio subconsciente. Senti puxarem com brutalidade a agulha de dentro de mim, tentando me livrar das cordas, eles sabiam que não iriam conseguir. Me rebati, deixando o trabalho deles ainda mais difícil. Mas do jeito que me machucavam, eu sentia vontade de machucar eles, e sabia que Justin faria algum jeito de fazê-los sofrerem por terem me machucado. A minha pele foi cortada pelas coisas que me prendiam, mas eu não sentia a dor do corte, apenas queria que eles também sentissem a dor que eu sentia. Agora, essa era a nova eu.

Parei, quando vi que estava bom o suficiente. Eles me levaram dali, puxando meus braços e arrastando meu corpo. Eu não tinha forças para ficar em pé, e nem eles delicadeza para me levarem de um jeito melhor. Fui colocada na cama, e logo, ouvi gritos vindo do lado de fora da porta, ainda estava meio atordoada nem totalmente sóbria. Tentei me levantar, mas fui impedida imediatamente quando empurraram meu corpo para cama, eu podia sentir o seu cheiro forte, e que às vezes me dava vontade de vomitar. Não quis abri os olhos, mas fui obrigada quando Justin chacoalhou meu corpo brutalmente.

— por que não me chamou Charlotte? Eles não podem levar você mais pra lá porra!– ele estava exaltado.– não seja tão irresponsável consigo mesmo vadia!

— eles não me dão oportunidade para negar.– disse baixo, encarando meus dedos.– você sabe que não.

— não importa. Quero que você entenda que não pode mais consumir isso. Temos um herdeiro e não quero que nasça com problema.

— um herdeiro?

— será que ele já está aí?– Justin aproximou-se, mas me encolhi nos lençóis.