The Evil.

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- sua mente as vezes pode ser sua melhor amiga, e a sua pior inimiga.

Charlotte Brown.

Eu não conseguia pensar em nada, além do grande medo que rodeava-me. Ver Justin daquela maneira conseguia me amedrontar mais do que ver ele tentando me causar as maiores dores possível. Minha filha já não estava mais ali novamente, retirada de mim sem nenhuma piedade do que eu iria sentir ao não ter mais Cristal perto de mim. A brisa que passava pelas gretas da janela, faziam meu corpo estremecer na cama com um péssimo colchão, e sem nada para aquecer meu corpo. Justin, estava do outro lado do quarto, sentando o chão e encolhido. Ele parecia pensar, e não falava nada, apenas encarava-me sem nenhuma expressão. Eu queria saber o que estava acontecendo, mas nada com uma forma lógica explicava a situação. H, havia dito que iria cuidar de mim, mas está conseguindo me levar ainda mais para o fundo do poço. Eu realmente já não conseguia mais pensar em algo que poderia ser bom.

— Justin.– sussurrei. Eu sabia que ele tinha escutado, mas me ignorou.– Justin, o que está acontecendo?

Ele que havia tirado seus olhos do meu, voltou-me a encarar. Seus olhos estavam vermelhos, é mais escuros, típico quando Justin entra em seus surtos. Tentei transmitir um pouco de calma para que não surtasse e piorasse com tudo que já estava perdido. As correntes me impediam de chegar mais perto, o poder dizer que eu era sua luz. Então apenas implorei com meus olhos para que ele ficasse calmo e me desse uma explicação sobre tudo. Henry, não me parecia uma boa pessoa, ele assustava-me como Justin sempre fazia. Talvez seu único intuito fosse machucar a Justin. Minha cabeça ficava confusa com mil teorias sobre o caso, deitei-me de uma maneira mais confortável no colchão duro, tentando acalmar meus nervos que estavam a flor da pele.

— Charlotte.– ergui minha cabeça com o voz de Justin me chamando, encantei-o curiosa.– obedeça ele, e fique viva. Não fique perto dele, Henry não vai te ajudar. Fuja na primeira oportunidade com Cristal. E vá até o centro da cidade, preocupe na única loja de marcenaria e diga que você é a Charlotte. Eles vão te deixar segura.– ele disse ofegante.

— o que? O que você está falando Justin?

— eles vão me matar, e depois você, e Cristal. Para não restar ninguém que pode dar continuidade ao que eu faço.

— mas eu tenho que cuidar de você. Não é isso? E o meu dever.– me desesperei, querendo desabar. Mas eu sabia que tinha que me manter bem, era a única solução.

— faça o que eu mando. Sempre.– Justin aumentou seu tom, quase berrando comigo.

— eu não posso. Não dá. Tenho que ficar com você.– ele se irritou, e me encolhi no canto. Não queria o desagradar. Meu corpo dizia para aceitar e ficar calada, que no final ele estaria morto é eu livre disso. Mas a minha parte afetada pelos seus atos, completamente aérea dizia que meu dever era morrer ao seu lado. Continuar calada e aceitando, tudo, porque esse era o meu maldito destino.  

— não fale mais nisso. Você vai fazer o que eu mando. Não é isso que você aprendeu vadia?– abaixei minha cabeça e assenti, quieta como sempre.– quando ele entrar aqui, obedeça. Apenas faça isso charlotte, sempre o obedeça entendeu?

— por que? Justin, o que ele quer?– ele estava com a minha filha, e parecia ser um homem ruim. Eu não poderia continuar sendo enganada, minha mente estava confusa. É um grande labirinto sem saída estava formando-se dentro da minha cabeça.

— Charlotte sem perguntas.

— mas...

— quer que eu te bata? Cala a porra da boca.– rosnou, e vi a hora no qual ele iria arrebentar as correntes e vir para cima de mim.

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