Depois do último beijo, ficou a mansidão do cansaço, a saudade gostosa do que se foi, pelo que ficou para trás. A gente se abraçou com carinho e quis - sussurros nos ouvidos, carinhos demorados - que aquele momento jamais se acabasse, que ele se eternizasse como como uma coisa muito boa.
Amor... Amor... Amor...
A gente não disse nada.
Pra quê ?
A troco de quê ?
Ficamos calados, abraçados, estrelas no céu cintilando para nós, pensando os contras e muito mais os prós, de nossa decisão.
- Quer casar comigo ? - perguntou ele, meio rindo, meio sério, cheio de amor.
- Quando você quiser - respondi, olhando em seus olhos, pensando em falar e falar, em dizer que queria amá-lo para sempre.
Abobrinhas sem sentido.
Pra dizer mais ?
Amor.
Calor.
Carinho.
Vontade nenhuma de ser separada, de largar.
Posse.
Vontade de gritar.
É meu! É meu! É meu.
Paixão desenfreada, feito soneto apaixonado, angustiado, enfastiado, de Vinícius de Moraes.
Quis.
Fiz.
Adorei.
Amei.
Amei.
Amei de mais.
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Um sonho dentro de mim
RandomCom 17 anos, Ana tem todo o tempo do mundo pela frente, nenhuma pressa para decidir sua vida. Deixa que as coisas aconteçam, até o amor, os planos de casamento e a gravidez não-planejada. O bebê é só um pontinho no exame de ultra-som, quando os inva...