Mudar de casa era das piores coisas de sempre para mim e ainda para mais nesta nova que estou vivendo que parece uma mansão assustadora daquela de filmes de terror.
A minha mãe está gravida e para o meu pai estar com a minha mãe se caso ela precisar, ele decidiu que seu o seu consultório sería em nossa casa, isso porque também ele ainda não tinha arranjado um ainda.
Meu pai tinha poucos pacientes ultimamente, visto que nos mudamos as pessoas acabam por procurar outros psicólogos.
Normalmente vinham pessoas do costume, ninguém novo... Até que há umas semanas para cá tem vindo um rapaz de cabelos castanhos e um olhar meigo fazer sessões com o meu pai.
Eu nunca fui muito curiosa sobre os pacientes do meu pai mas este, este eu queria saber até o seu lado obscuro, o porquê que ele se encontrava lá.
Pego na minha lamina e faço mais um corte. Desde há dois dias que não faço um e sinto a necessidade. Esta dor de ter uns pais muito stressados e pouco preocupados devido à agitação do dia a dia acaba por ser libertada assim que faço mais um corte no meu pulso.
- O que estás a fazer? - pergunta alguém vindo até mim e tira-me a lamina da mão.
- Como entras-te aqui? - pergunto assustada visto que foi algo que não estava à espera.
- Estava a procura da casa de banho e pois bem, aqui está a casa de banho. Eu vi o que fizeste e ...- fala o rapaz de olhar meigo e logo para de falar assim que começo a chorar.
Eu sentia-me envergonhada por ele ter visto isto, este ato que quase todos os dias me vejo obrigada a fazer. Eu queria muito ser amiga dele mas agora que ele me viu assim ele vai procurar outro psicólogo só mesmo para nunca mais me ver.
Precisava agora de aliviar esta dor. A lamina está um pouco distante, ele a colocou em cima da prateleira. Olho para esta com a intenção de a pegar mas o rapaz pega me nos bracos e acaricia o meu rosto com as suas mãos e acabo por desabar em lágrimas mais uma vez e faço isso tudo no seu ombro.
- Hey, hey está tudo bem. Eu sei como te sentes. Olha - e assim que o rapaz termina de falar, este amostra-me os seus pulsos, iguaizinhos aos meus.
- Já agora sou o Shawn - agora eu sabia o nome dele e sorrio assim que este fala seu nome.
- S/N - falo e este esboça um sorriso.
- Não estás sozinha nisto e eu quero-te ajudar, tal como o teu pai está a fazer comigo - fala Shawn.
- Obrigado, a sério muito obrigado - abraço Shawn e mais uma vez choro, mas de alegria por ter encontrado alguém que me entende e que passou por isto e que está disposto a me ajudar.
Eu nunca contei para os meus pais nem iria contar. Não tinha coragem de lhes dizer isto porque não queria ser o centro das atenções nem a razão das suas discussões. Shawn poderia-me ajudar e isso eu tinha a certeza.
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Foi um imagine diferente dos que já fiz. Para quem já viu ahs acho que já entendeu que este imagine foi inspirado na temporada de murder house.
Gente, se vocês estiverem em baixo e precisarem de alguém falar podem vir falar comigo :)
