Algumas Idéias Antibíblicas

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Acerca das aflições
"Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas as angústias," Salmo 34.19. A grande maioria dos pregadores e mestres MAL INTERPRETA esta Escritura, aplicando-a à enfermidade e doença, como resultado que centenas de crentes, redimidos no Calvário, ficam privados de seus direitos de libertação de todas as formas de enfermidades, jazendo em seus leitos, vítimas de enfermidades satânicas, sujeitando-se à perfeita VONTADE DE SATANÁS, antes à vontade de Deus.
Observe que este versículo NÂO DIZ: "Muitas são as enfermidades e fraquezas físicas do justo/' mas, "Muitas são as AFLIÇÕES do justo." Se procurarmos o sentido desta palavra "aflição", usada neste caso, no original, descobriremos que não tem coisa alguma com enfermidade nem fraqueza física. Quer dizer, provas, privações, tentações etc, não enfermidades.
Seria razoável dizer que Cristo levou NOSSAS enfermidades, tomou NOSSAS fraquezas, para que pelas Suas pisaduras fôssemos curados e que sara TODAS as nossas doenças; mas ao mesmo tempo dizer que são muitas as enfermidades que DEUS espera que levemos — mas delas, mais tarde, sob certas circunstâncias, Ele nos libertará? Isso não tem sentido. A mensagem da SUBSTITUIÇÃO é que Cristo levou nossos pecados e assim não precisamos de os levar, mas ser SALVOS DELES. E é igualmente assim acerca de nossas enfermidades.
Cristo levou-as e assim não precisamos de as levar, mas ser CURADOS DELAS.
Cristo não levou NOSSAS provações, perseguições, privações, tributações, mas Ele levou nossas enfermidades e doenças, I Pedro 2.24. Levou- as para que não precisemos nós de as levar. É por isso que Ele é nosso SUBSTITUTO. Ele tomou nosso lugar. Estamos libertados para todo o sempre, se somente cremos que- Ele o fez POR NOS. Antes disso se tornar pessoal, nunca tiraremos proveito, mas no momento em que crermos que Cristo levou NOSSAS enfermidades, seremos salvos, e no momento em que crermos que Cristo levou NOSSAS enfermidades, seremos curados.
Acerca da "vara de correção" de Deus para Seus adoradores obedientes
Outros mal interpretam Hebreus 12.6-8: "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas se estais sem disciplina, de qual todos são feitos participantes, sois então bastardos-, e não filhos."
Note bem que esta Escritura NÂO DIZ: "Porque o Senhor faz cair enfermo o que ama." A passagem NÂO DIZ: "Deus transmite doença ou torna enfermo qualquer que recebe por filho.",
A palavra "corrigir" vem de uma palavra grega que quer dizer, "instruir, preparar, disciplinar, ensinar ou educar," como um mestre "instrui" seu aluno, ou como o pai "ensina e prepara" seu filho.
Não é estranho que, quando o mestre "educa" seu aluno, emprega vários
meios de disciplina e ensino mas nunca a enfermidade; quando o pai "instrui" seu filho, castiga-o de várias maneiras, mas nunca é por meio de uma doença ou moléstia física; mas quando Deus nos "trata como filhos" suponhamos que nos "corrija" por meio de câncer, tuberculose, cegueira, perna aleijada, ou outra coisa terrível do diabo?
Em vez de levar o crente obediente e consagrado a se levantar com autoridade e reclamar seus direitos de redenção pela aliança, esta idéia de "castigo por enfermidade" deixa o enfermo na incerteza, perguntando a si mesmo qual o mal que praticou para ser castigado. Lembremo-nos de que um bom pai nunca castiga seu filho antes de primeiro explicar claramente a razão porque deve ser castigado. Quanto mais o nosso Pai celestial? E quantos, dos que crêem que sua enfermidade é castigo de Deus, não tem idéia de qual seja o pecado que cometeram, e pelo qual estão sendo castigados.
Quero fazer claro o fato que não me refiro aos que são rebeldes, teimosos, e desobedientes a Deus, mas anelo encorajar os que REALMENTE CRÊEM e são OBEDIENTES à vontade de Deus, que não mais deixem o diabo, o "arquiembusteiro," os condenar e enganar, conservando-os enfermos, fracos no físico e incapazes de "abundar em toda a boa obra" (II Cor. 9.8), dizendo-lhes que sua enfermidade é "a vara de castigo" de Deus para corrigir um erro, ou para endireitar uma coisa errada nas suas vidas etc.
Satanás deleita-se em condenar-nos constantemente, trazendo-nos à memória todo o erro e falha que jamais cometemos, e de sugerir: "Ah, sim — veja! É por isso que estás enfermo, É por isso que não recebes a cura. Teu Pai está castigando com Sua "vara de enfermidade," e não vale a pena te esforçar para sarar." Teu adversário, o diabo, portanto consegue levar-te a culpar Deus, que é quem CURA AS ENFERMIDADES (Êxodo 15.26), que ele (Satanás) tem posto sobre ti.
Um dos que proclamam esta tradição tinha a dureza de coração para declarar que noventa por cento dos crentes estão enfermos porque Deus os fez cair enfermos, usando a enfermidade como uma "vara de correção", para exprimir Seu amor para com eles, moldando suas vidas para se conformarem com Sua perfeita vontade. Ele, então, tinha a ousadia de dizer que os crentes que não sofrem, de vez em quando, a "vara de correção" da enfermidade na mão de Deus, são "bastardos" e não "filhos."
Se tais pregadores (que devem antes ministrar, Mat. 20.26) fossem consistentes, exortariam seus ouvintes a nunca recorrer a tratamento médico, nem deixar alguém orar por eles pedindo a cura — porque se isso fazem, vão estorvar a obra de seu Pai amoroso, que, conforme eles ensinam, procura abençoá-los por meio de enfermidade, ou castigo. (O pregador, a que nos referimos, depois de dizer à assistência que nove de cada dez dos enfermos entre eles, estavam sob "a vara de correção na mão de Deus," lançou o apelo a TODOS os enfermos a chegarem a oração. E ele orou e ordenou que fosse curada CADA PESSOA DOENTE, não obstante o que declara acerca da "vara de correção" na mão de Deus.) Mas os que ensinam esta doutrina são raramente consistentes no que pregam. Dizem aos enfermos que se devem submeter humilde e pacientemente à punição (?) por meio da enfermidade, e no mesmo momento, nos aconselham a lutar contra a enfermidade, entregando-se nas mãos do médico que acham melhor qualificado a evitar o castigo de seu Pai por meio da enfermidade. Isso é realmente "rebelião" e não "submissão."
Se persistimos em crer que a enfermidade ou fraqueza é punição de Deus sobre nós por certo mal que fizemos, não devemos tentar a Deus, nem por meio da medicina, nem por oração, a nos aliviar da enfermidade, mas devemos esforçar-nos para determinar qual o mau ato que praticamos. E, se conseguimos determinar isso, devemos concentrar tudo em afastar o mal que fizemos. E, depois de endireitá-lo, devemos deixar com o Pai celestial (não com um médico), o retirar a punição (?) de enfermidade ou fraqueza. Se esta idéia de "punição com enfermidade" fosse certa, deveríamos, para ser consistentes e agir com razão, recorrer à cura divina em vez de ao tratamento médico, porque, o amoroso Pai celestial, que dizem usar a enfermidade como vara de punição, certamente a retirará uma vez cumprido Seu propósito.
Acerca do sofrimento
Outra Escritura muitas vezes mal interpretada, é I Pedro 5.10: "O Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à Sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, Ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá."
Note cuidadosamente que NÃO DIZ: "Depois de haverdes passado enfermo e haverdes sofrido doença um pouco. Deus vos aperfeiçoará e confirmará. Mas diz: "Depois de haverdes padecido um pouco."
É possível PADECER de outra maneira, a não ser enfermidade ou doença?
Paulo enumerou suas privações, tais como injúrias, necessidades, afrontas, perseguições, angústias, açoites, prisões, tumultos, trabalhos, vigílias, jejuns, desonra, "como morrendo e eis que vivemos, como castigados e não mortos," "em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo." Estes eram os sofrimentos de Paulo pelo amor de Cristo. E é a tais sofrimentos que Pedro se refere neste versículo, como se descobre no contexto. Assim ninguém tem o direito de incluir enfermidade nem doença nesta Escritura. Por haver Paulo suportado esses sofrimentos pelo amor de Cristo, podia dizer: "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada . . ." II Tm. 4.8. Ninguém receberá "a coroa da justiça" por ter estado enfermo. E nenhum enfermo acha que a receberá por ter caído enfermo — ou não chamaria um médico para curar a enfermidade, nem pediria a Deus que o curasse.
Diz-se dos apóstolos que depois de "açoitados," porque, pregaram o Evangelho e curaram o enfermo no Nome de Jesus, "retiraram-se . . . regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo Nome de Jesus," Atos 5.41.
O ministério do sofrimento
Citamos o seguinte pensamento do dr. Charles S. Price, transcrito de sua revista "Golden Grain:"
Quero enfatizar o fato de que a cura de teu corpo, não meramente dos corpos do povo que sofria quando Jesus estava na terra, mas o sofrimento do teu corpo hoje, foi incluído na grande obra de redenção, consumada pelo Salvador na cruz do Calvário.
Creio que, para resolver uma dificuldade que às vezes surge na mente por causa da doutrina moderna de uma igreja apóstata, devo salientar um grande erro, sobre que muitas pessoas sinceras tropeçam, um erro recebido de TRADIÇÃO.
Não tens ouvido o povo falar no MINISTÉRIO DE SOFRIMENTO? Certamente o tens ouvido. Há um ministério de sofrimento, mas certamente não é o ministério de ENFERMIDADE. Há, também, um ministério de tributação, mas nem isso quer dizer um ministério de ENFERMIDADE. É-nos dito que se sofremos com Ele (Cristo), reinaremos com Ele. Mas isso não diz que se estivermos enfermos ou doentes com Cristo, então reinaremos com Ele.
Quando pregadores, que negam a cura divina, tentam provar seu argumento que é a vontade de Deus que alguns permaneçam enfermos, quase sempre recorrem às Escrituras acerca do ministério de sofrimento e as aplicam à enfermidade. A Bíblia não faz isso. Lembre-se sempre que quando Jesus falava de pecado e de enfermidade, Ele sempre se referia a eles como males de que Ele veio para nos libertar.
Mas Jesus não falou de SOFRIMENTO desta maneira. Já veio à sua mente que Cristo levou nossos pecados e enfermidades, mas não levou os nossos sofrimentos? Disse aos discípulos que levassem sua cruz, mas não queria dizer que era uma CRUZ DE ENFERMIDADE. Ensinava muito claramente que nos devemos resignar a levar as nossas cargas, mesmo quando chegam a ser cruzes, e às vezes mesmo quando chegam a ser cargas de sofrimentos, mas nunca disse Ele aos discípulos, nem a nós, que devemos ficar resignados com as ENFERMIDADES E A DOENÇA. Ao contrário, Ele combatia a doença, lutava contra ela, odiava-a e expulsava-a; em todos os lugares por onde andava, os enfermos foram sarados por Ele.
John J. Scruby diz:
Pedro, na sua primeira epístola, fala muito sobre o sofrimento, querendo confortar os crentes que passavam "a ardente prova." Se lemos tais passagens como as seguintes: I Pedro 1.3-7; 3.13,14; 4.1,12-19; e há muitas outras semelhantes no Novo Testamento, veremos logo, se for aberto o coração que o "sofrimento," no sentido bíblico, não tem nada com a enfermidade e a doença.
Quanto aos "sofrimentos de Cristo" (no sentido de ficarmos enfermos), como alguns ensinam, isso é inteiramente absurdo, porque Cristo nunca enfermou a não ser por causa das "feridas" da Sua expiação. E ele voluntariamente levou essas feridas PARA QUE A IGREJA NÃO SOFRESSE ENFERMIDADE. Pois Pedro, que diz tanto acerca dos sofrimentos de Cristo, diz: "Pelas Suas feridas fostes sarados," I Pedro 2.24. Basear-se em Cristo, que como nosso Substituto "tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças" (Mat. 8.17), para apoiar a doença, é tornar nula e inútil a obra expiatória de Cristo. Estas palavras são duras, eu sei, mas são tanto verdadeiras como duras, e são indiscutíveis. *
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* John J. Scruby, estimado escritor e editor de literatura religiosa, tem compilado três volumes de artigos de escritores sobre a cura divina. Já foram vendidas várias edições, sob o título: "Gems of Truth on Divine Healing," Volumes I, II e III (somente em inglês), preço é a 50c cada volume, os três, $1.40. Pedidos a John J. Scruby Printing Co., 1409 East Fifth Street, Dayton 3, Ohio U.S.A. Acerca do "espinho na carne" de Paulo?
As Escrituras, que falam do "espinho na carne de Paulo," têm. sido muito mal interpretadas. Encontra-se nossa resposta minuciosa sobre esta tradição, quase universal, de que "o espinho" de Paulo fosse alguma enfermidade, no Capítulo 36 da presente obra.
A tradição escraviza — a verdade liberta
É evidente porque Jesus disse: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará," João 8.32. Todas destas doutrinas antibíblicas, e muitas outras, tendem a prender as vítimas na escravidão da enfermidade e da doença. Quando pregamos a VERDADE, e informamos o povo de nossa LIBERTAÇÃO de todo PECADO e de toda a ENFERMIDADE, adquirida no Calvário — é então que a vontade de Deus quanto à cura dos enfermos é revelada, e o povo tem a oportunidade de pôr em ação sua fé para ser curado. O povo é levado a saber a VERDADE que Deus quer sarar todos os enfermos tanto como quer salvar todos os pecadores.
Os tradicionalistas dizem: "Sede fiéis quando enfermos; sede pacientes. Permanecei esperando em Deus e Ele vos curará quando' Ele achar bom." Por que dizem isso? Não estais esperando para Deus vos curar. Deus está esperando para vos curar. Ele quer vos salvar muito antes de concederdes a Ele a oportunidade. Ele.tem de esperar até vos arrependerdes e crerdes no Seu Filho como vosso Salvador. Igualmente, agora Ele vos quer curar, e, vos teria curado há muito tempo, se Lhe tivésseis concedido a oportunidade. Mas Ele tem de esperar até aceitardes Seu Filho como Quem vos cura — como Quem levou vossas enfermidades. Até fazerdes isso, a vossa cura fica impedida.
Amigo, crê agora na Palavra de Deus. SÉ curado agora mesmo. Olha para cima e dize: "Eu agradeço-Te, Senhor, porque levaste a minha enfermidade e me libertaste. Agradeço-Te as feridas pelas quais FUI sarado. Agradeço-Te porque me remiste do pecado e da enfermidade. Agradeço a minha libertação, tanto do corpo como da alma. Creio nisso e louvo-O por isso." Então, não te esqueças de AGIR COMO SE ESTIVESSES CRENDO NISSO.

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