59 Um tempo à sós!

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Hoje combinei de almoçar com a galera em uma lanchonete perto, estou os esperando no estacionamento da escola. Faz um século que estou aqui, estou esperando desde 11hrs e já são 13hrs, mas porque larguei tão cedo? Simplesmente porque dei uns tapas ns cara da filhinha do diretor.

Estavamos na aula de educação física jogando handebol,  meu time tava ganhando claro. Ela não suportou tanto talento e jogou a bola na minha cara. Quando vir quem tinha sido corri  — mesmo tonta — fui até ela, à derrubei com uma avoadora e ela caiu, subir em cima dela e dei vários tapas nela, ela devolveu claro,  mas ela que saiu apanhada. O professor mandou nós duas pra diretoria e claro,  o papai acreditou na filhinha, fui mandada embora e só entro amanhã com o responsável.

Mas porque eu não fui pra casa? Simples, estava com preguiça, acabei deitando no banco de trás do carro do Thomas — pois não trouxe o meu hoje — acordei agora quando o sinal bateu.

— O que cê tá fazendo no meu carro? — Thomas apareceu.

— Deitada,  não está vendo? — retruco agora sentada.

— Mas, como você abriu meu carro se eu estou com a chave? — incrédulo me mostra sua chave.

— Tive um amigo dos rolos, ele me ensinou alguns truques. Bons tempos aqueles. — respondi sorrindo ao lembrar de Steven.

Thomas revirou os olhos.

— Você não cansa de surpreender. — entrou no carro e deu partida no carro.

— Não vai esperar os outros? — perguntei confusa.

— Não,  nós não vamos para a lanchonete. — simplesmente respondeu.

— O QUÊ? NÓS? — gritei. — Você disse nós? Thomas nós combinamos com eles, vão nos procurar.

— Descombinamos então. — deu de ombros.

— Para esse carro!  — mandei,  mas ele não obedeceu. — Ou você para, ou eu pulo.

— Louise se acalma, eu só quero mais tempo contigo. — ele falou e eu relaxei automaticamente. — Com o fim do bimestre, está difícil termos um tempo à sós,  sem amigos e trabalhos escolares.

— Ok. — respondi vencida. — Mas para onde vamos?

— Descubra. — vir ele sorrir pelo retrovisor.

— Não vai me contar mesmo?  — indaguei incrédula.

— Não! — vir seu sorriso crescer. Cruzei os braços bufando.

Espero que valha a pena, se não Thomas irá se arrepender por ter me feito dá um cano nos nossos amigos e não ter me dito onde vamos.

Passamos por uma estrada de barro cheia de árvores e mato ao redor, me assustei um pouco, pois eu não conhecia aquelas banda, porém confio em Thomas, sei que ele jamais faria algo para me entristecer, não quando não mereço.

— Fecha os olhos. — Ele disse.

— O quê? Por quê? — questionei.

— Só fecha por favor. — fala estressado.

— Só porque pediu por favor. — falei fechando os olhos.

Alguns segundos depois ele para o carro. Ouço a porta abrir e bater, e depois abrir de novo, ouço sua respiração perto de mim.

— Vem. — me chama pegando na minha mão. Desço do carro e damos alguns passos. Tava morrendo de medo de cair, digamos que Thomas não é lá um bom guia.

— Ai. — exclamei ao tropeçar em alguma coisa.

— Desculpa. — Thomas diz rindo.

— Idiota. — insultei.

A Garota RebeldeOnde histórias criam vida. Descubra agora