Capítulo 2

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Ema

Acordo com o som da campaínha a tocar repetidamente e sou obrigada a terminar o meu sono de beleza. Ainda por cima estava a ter um sonho daqueles mesmo bons, bons demais para ser verdade. Saio da cama e caminho tipo zombie até à porta, abrindo-a de seguida.

-Aleluia, estava a ver que tinhas hibernado, mulher- diz Clara entrando pelo meu apartamento a dentro- Mas o que é que tu ainda estás a fazer de pijama, Ema?

-Eu estava a dormir, ok? E tu interrompeste o meu sonho- finjo estar amuada.

-Não me digas que estavas a sonhar que estavas a casar com o Isco outra vez?- gargalha gozando comigo.

-Ao menos não sou eu que sonho que estou a casar com um homem casado. Agora, pára de gozar com o meu Bae e explica-me o que é que estás aqui a fazer- tento desviar o assunto.

-Não me acredito que te esqueceste de onde é que temos que ir?- pergunta Clara.

-O evento- lembro-me e vou a correr para o quarto vestindo algo rápido e calçando as minhas sapatilhas da Adidas, afinal, vamos para um evento da marca. Acabo a minha higiene pessoal e vou a correr para a sala- Estou pronta- digo e saímos de casa entrando no carro de Clara que conduz até ao local do evento. Entramos no edifício e vamos até ao local onde os 4 jogadores se encontram. Só peço a Deus que ele não se lembre de mim e que a Clara não se atire ao Filipe e ao Casillas como disse que iria fazer.

-Bom dia, nós somos da revista desportiva "Pontapé de Canto" (Ok, eu sei que é um nome mau, mas tentem ignorar, please. Não me lembrei de mais nenhum.) e gostávamos de vos fazer umas perguntas- mete-se Clara. Esta mulher tem cá uma lata.- Eu sou a Clara, rapazes- diz e mexe as sobrancelhas para cima e para baixo olhando para Felipe e para Casillas que se riem. Só tenho uma coisa a dizer: não a conheço de lado nenhum, ok?

-Ema?- pergunta o Óliver olhando para mim.

-Óliver- deixo escapar um pequeno sorriso olhando para o espanhol.

-Vocês conhecem-se? Oh meu deus, Ema, tu conheces o gato do Óliver Torres e não me dizias nada. De onde é que tu o conheces? Quero saber de tudo- diz de repente muito alto e eu fico muito envergonhada com a sua atitude.

-Fala baixo, Clara.

-Estou muito agradecido pelo elogio, Clara. E ainda bem que ainda te lembras de mim Ema. Tinha saudades tuas, miúda. Temos que combinar alguma coisa- diz piscando-me o olho.

2 anos atrás

-Vais mesmo desistir, Óliver? Estamos quase no fim- digo abraçando o moreno que tem sido o meu melhor amigo desde que entrei para a universidade aqui em Espanha. Sim, decidi tirar o curso aqui. Achei melhor, depois talvez volte a Portugal. Por agora estou aqui bem.

-Vou Ema. Tem de ser. Tu sabes que odeio ter que te deixar aqui sozinha, principalmente com a quantidade de gajos que te querem saltar para cima- diz rindo e eu dou-lhe um murro no braço- Mas tem de ser. Sabes tão bem como eu que a proposta do Porto é irrecusável. E sempre posso acabar o curso noutra altura.

-Eu sei Óliver e tu tens de fazer o que é melhor para ti. Vais adorar Portugal e o Porto. Mas não te vais livrar de mim, ouviste, meu ursinho?- aviso-o apertando-lhe as bochechas.

-Eu sei. E ainda bem. Eu não te quero perder, Ema. És muito importante para mim, princesa- diz o moreno.

-E tu para mim. Eu prometo que quando voltar a Portugal vou ter contigo, Óliver- digo forçando um sorriso.

-Pinky promise?- pergunta esticando o dedo mindinho.

-Pinky promise- sorrio e cruzo os nossos dedos mais pequenos.

Atualidade

-Porque é que não cumpriste a promesa, Ema?- pergunta o espanhol apanhando-me desprevenida.

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Olá. O que é que estão a achar? Eu estou a amar escrever esta história, principalmente por ela ser diferente de tudo o que já escrevi. E eu sei que disse que ía primeiro acabar a Memories, mas não consegui aguentar e vou escrever as duas ao mesmo tempo. Espero que gostem.

Lies- André Silva Onde histórias criam vida. Descubra agora